Em coletiva, Mano Menezes fala sobre crescimento ofensivo, importância dos estrangeiros e capacidade do elenco




Foto: Reprodução / FluTV
Entrevista coletiva completa do técnico Mano Menezes após a goleada do Fluminense sobre o Volta Redonda

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Mano Menezes após a goleada do Fluminense por 4 a 0 sobre o Volta Redonda, na noite deste domingo, no Maracanã, pela ida da semifinal do Campeonato Carioca 2025:

Goleada sobre o Volta Redonda 

“O jogo resume bastante o que vem acontecendo com a gente nas últimas rodadas. Estamos com uma série de sete jogos sem derrota, isso foi dando afirmação para a equipe. Antes era impossível entregar atuações melhores, o início de temporada é muito ruim aqui no Brasil. A gente fica com uma ânsia ao colocar uma equipe C porque o resultado não chega e o torcedor já começa a ficar nervoso, a gente também. Você quer colocar (jogadores) antes da hora, e se coloca antes da hora machuca. Pela experiência, seguramos ao máximo o que a gente pôde. Também tivemos um pouco sorte, é importante dizer, mas agora estamos com condições de ter um jogo melhor. A exceção foi o jogo contra o Bangu.”

Importância dos estrangeiros

“Dos volantes para frente, todos eram estrangeiros. Serna, Arias, Cano e Canobbio… Com nove possibilidades de estrangeiros no futebol brasileiro, que eu acho que é demasiado exagero, vai te abrir possibilidades. Ele vão fazer gols porque têm qualidade. Depois que cheguem aqui a gente cuida para que eles se sintam bem. Tenho brincado muito com o Canobbio, que está fazendo gols como nunca fez. Quando ele veio do Athletico, a gente alguma coisa de que ele era muito bom mas não fazia gol, tendo alguma sorte ele vai muitos gols pela a gente.”

Crescimento ofensivo 

“É um somatório, chegaram jogadores importantes… É uma sensação boa de enxergar algo que te agrada. A produção ofensiva nos últimos jogos, contra o Nova Iguaçu foi bem, o clássico contra o Vasco teve boa produção ofensiva, contra o Flamengo foi mais parelho porque o jogo em si valia mais passar. Vamos construindo na medida que a equipe vai se afirmando para a gente conseguir se entregar mais. Estamos criando dificuldade para os adversários e virando fortes.

Um dia em uma entrevista eu devo ter falado em algum lugar que a gente não faz bastante gols porque futebol não é basquete, não dá para ser 32 a 31. É 2 a 1, 2 a 0… Os placares são mais ajustados. Ganhamos vários jogos por 1 a 0 naquele momento difícil do ano passado e o torcedor relacionou bastante a isso, é legal. É uma parte legal do nosso trabalho.”

Investimentos e capacidade do elenco tricolor 

“O que falta geralmente nessa hora é dinheiro, que é importante para a gente realizar nossos sonhos (risos). O elenco do Fluminense é bom, me dá alternativas para jogos diferentes. O mais importante para as pessoas entenderem é que nem sempre dá para ganhar assim, às vezes vamos jogar contra um adversário que não vai deixar. E aí nós vamos ter que ter outras escolhas. Não porque eu goste mais daquilo ou aquilo, mas porque nos aproxima da vitória. Isso vai exigir maturidade de todos, do torcedor também, que as vezes pode ver um jogo não tão esteticamente brilhante. Nem sempre é assim… Você já viu o nível de jogadores que o pessoal está contratando, nem sempre as coisas são como a gente quer, mas estamos trabalhando. Quero ter coisas boas para o Fluminense no ano.

A gente vive o dilema da capacidade de investimento que cada um tem e cada um escolhe o rumo com o dinheiro que pode investir. Nós escolhemos trazer jogadores jovens da América Latina e colocar junto com eles jogadores que têm um lastro, maduros, para sustentar as oscilações que os jovens vão ter. Acho que isso é importante. Há três rodadas discutia se Arias podia jogar no meio ou de ponta. Ele jogou bem nas duas. A equipe vai se construindo.

É visível que hoje temos um jogo mais posicional. Mudou a característica do que a equipe fazia há dois, três anos porque existia uma necessidade e ansiedade de aproximar quando as coisas ficavam difíceis. Hoje a equipe está ficando mais posicional. Os resultados vêm trazendo mais tranquilidade para a gente ter isso. Jogo posicional não significa ficar parado na mesma posição, significa que você espera em um determinado lugar para depois fazer a movimentação correta. Com os resultados ganhamos confiança.”

Planejamento para utilização de Lavega e Lezcano

“Penso em relação aos jogadores da mesma maneira. Sempre que você traz alguém se traz uma expectativa. Eu procuro dar a eles uma condição para que quando eles entrem, que eles entrem bem. Se não a expectativa vira frustação. Lembra quanto tempo o Fuentes demorou para entrar? Fuentes estava com dificuldade na parte física, tivemos que trabalhar, construir o atleta para essa necessidade que é jogar de três em três dias no Brasil e quando ele entrou foi muito bem. Para os outros também vale a mesma coisa, até um pouquinho mais para os jovens. Tenho muita confiança neles. Todas as contratações a gente discutiu muito. É bom essa parte de ter menos dinheiro porque faz a gente pensar bastante. Todos eles têm coisas diferentes para acrescentar no que a gente precisa para nos transformar em um grupo capaz de lutar por todas as competições.”

Possibilidade de Arias seguir atuando como meia-armador

“Olha como o futebol é duro… A primeira que jogamos com Arias no meio, Serna na direita, Canobbio e Cano foi contra o Botafogo e perdemos. E aí foi uma chuva de críticas. É por isso que treinador tem que ter confiança na avaliação. Ele pode fazer a função. Você vê o Arias jogando como o antigo ponta de lança, os antigos sabem do que eu estou falando. O time tem que estar muito bem compactado atrás, tem que estar muito entrosado… Você ganha muito potencial ofensivo, ele é brilhante seja pelo lado ou por dentro. Ele nunca jogou só pelo lado, sempre apareceu pelo meio, fiquei muito feliz pela renovação porque ele é diferenciado e dá um status para a equipe. Equipe que quer ser campeão precisa de jogadores como o Arias.”

Beijinho para torcedor na arquibancada

“Os brutos também amam (risos). Sempre brinquei com as pessoas do lado de fora. Tenho maior respeito pelo torcedor, é a razão de tudo que a gente faz. Não tem a menor razão a gente trabalhar no Fluminense se não for pelo torcedor do Fluminense. Chego todo dia aqui sete horas da manhã nesse solzinho para ver o torcedor feliz.”

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Por Explosão Tricolor

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