Em coletiva, Mano Menezes fala sobre perda do título carioca, estratégia defensiva e necessidade de um meia




Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
Entrevista coletiva completa do técnico Mano Menezes após o empate do Fluminense para o Flamengo

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Mano Menezes após o empate do Fluminense em 0 a 0 com o Flamengo, na tarde deste domingo, no Maracanã, pela volta da final do Campeonato Carioca 2025:

Perda do título carioca

“Perder final é sempre ruim, a gente sofre bastante. Não vou comparar a dor com a do torcedor, mas a gente vive de resultado. Do outro lado, tem bastante jogadores de seleção. Raro são os que não são de seleção. Dito isso, dá para ter bem claro o grau da dificuldade da final.

Precisávamos nos superar muito, fazer jogos perfeitos. A gente errou um pouco no primeiro jogo. Hoje, fez um primeiro tempo abaixo, bem abaixo, não porque queríamos, mas não conseguimos, ficamos encaixotados. Poderíamos fazer melhor, tanto que fizemos no segundo tempo. Não foi suficiente para superar o Flamengo. Diminuímos a diferença para o adversário na competição, mas ainda temos uma diferença.”

Estratégia defensiva

“Depois do jogo é super fácil fazer novas escolhas. Escolhemos um meio que outras vezes nos deu segurança que precisamos. A estratégia do jogo era primeiro deixar o adversário não ampliar. Depois, na segunda parte do jogo propor um jogo mais ofensivo. Tentamos tirar o Arias do meio de campo, dar mais liberdade para ele, para sair da marcação dura dos volantes do Flamengo. Achei que ele foi a única válvula de saída no primeiro tempo, porque pegou a bola lá atrás e transportar para frente porque não tivemos competência para fazer a saída e criar.

Quando nós entendermos que do lado de lá vai ter uma outra equipe mais equilibrada do que a nossa, podemos fazer várias variantes. Quando se entende que do outro lado tem muita qualidade, que você tem que neutralizar elas também, e as escolhas serão outras.”

Diferença entre as equipes

“A partir da entrega dos jogadores, do que eles fizeram em termos de tentar de todas as maneiras resolver os problemas, se estabelece um alicerce para a gente crescer. Esse time tem um potencial de crescimento grande. Partida de derrota sempre é triste mas saímos da final com um sentimento de que temos um grupo, um time e um bom caminho para melhorar.”

Saída de bola do adversário

“Eles têm um goleiro que tem uma ótima saída com os pés, tem um zagueiro que passa como 10. Lateral e volantes com boas saídas, ótima construção. A partir daí é mais difícil neutralizar. Quando a gente conseguiu pressionar no segundo tempo, eles chutaram mais a bola. São as qualidades que o outro time tem e você tem que reconhecer. Você vai ver outros times tendo dificuldades, porque é uma saída extremamente qualificada.”

Utilização de Riquelme

“No segundo tempo, era a ideia de colocar o Riquelme. Já falei outras vezes que a entrada na segunda parte do jogo é melhor para ele para estabelecer uma igualdade na defasagem que ele tem por ser um menino de 17 anos contra jogadores formados. A opinião sobre Riquelme é unânime. É um jogador muito talentoso. Vamos cuidar dele para que ele esteja com mais minutos, a equipe vai sair ganhando.”

Entrada de Hércules

“Tiramos um volante, o Otávio estava com amarelo. Colocamos o Hércules, que conseguiu transportar a bola melhor. O Arias conseguiu participar mais na segunda parte, mas o jogo continuou difícil. Toda vez que erramos, o Flamengo nos atacava. Foi o que conseguimos fazer.”

Necessidade de um meia

“Ressentimos de uma meia maduro para ajudar o Arias a fazer o que ele tentou. Sabemos que tínhamos outra condição, que foi dificultada pelo Ganso. Fomos buscar um meia para ajudar a partir de agora, que o Lezcano. Vamos construindo a equipe para que ela tenha uma ideia clara e depois tenha jogadores da qualidade para executar.”

Pressão do Flamengo

“Não acho que ficamos encaixotados no meio-campo, mas no primeiro tempo. Flamengo estabelece gatilhos de pressão. E ajudamos para que esse gatilho tivesse sucesso. Rodamos a bola lateralmente e era o gatilho que eles tinham quando chegava a um determinado lugar que vou me poupar para não expor ninguém. A partir daí você não consegue levar a bola com qualidade no meio-campo. No segundo tempo fomos melhores, começando pela parte de trás. E aí você consegue fazer com que a bola chegue ao meio-campo e transpor.”

Elenco

“Construímos um bom elenco, temos que potencializá-los. Temos bastante jovens, alguns da base, outros que chegaram. Temos um caminho, vamos seguir. No futebol você nunca fecha nada, continuaremos atentos. Temos uma condição boa.”

Excesso de bolas aéreas no fim da partida

“A gente alçou bola na área. Faltou juntar um pouco os jogadores para ganhar a segunda bola. Quando fizemos isso, a bola ficou. É um jogador que dá isso quando a gente encontra dificuldade de construir mais limpo. Quando fomos buscá-lo, foi o que pensamos. Não conseguimos fazer os dois juntos, com o meio do Flamengo, a bola não ia chegar. Ainda correríamos um risco grande. Podemos fazer em outro momento. Importante é a entrega dos jogadores. Tivemos uma derrota com dignidade de um time que procurou se superar, tentou igualar um adversário que está num nível melhor. Mas não podemos aceitar. Eles são referência, atrás deles que temos que ir. Os dois jogos finais nos dão ideia do que precisamos evoluir.”

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Por Explosão Tricolor

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