Em entrevista ao SporTV, Abel Braga faz balanço de seus três primeiros meses de trabalho no Fluminense






Abel Braga analisou os seus três primeiros meses de trabalho à frente do time do Fluminense

O técnico Abel Braga tem vivido fortes emoções no seu retorno ao Fluminense. O treinador foi de eliminado na Pré-Libertadores a campeão do Campeonato Carioca. Em entrevista concedida ao programa Seleção SporTV, o comandante tricolor avaliou os seus três primeiros meses de trabalho.

– Nós tentamos criar de imediato uma identidade, comissão técnica, equipe e jogadores. Por já ter trabalhado nesse clube, praticamente conheço todos. E nós, quando criamos essa identidade, o que foi legal é que aquilo que pensamos em usar como estratégia, como formato de jogo, todo mundo foi muito de acordo. Primeiro jogo foi com 10 dias de treino, veio a derrota para o Bangu, depois oscilamos, mas já sem perder, sem sofrer gol. A equipe pegou uma estrutura defensiva muito boa, e as coisas foram se desenrolando. Sempre foram três centrais entre aspas, porque o Felipe (Melo) em alguns jogos subia para o meio de campo. O pessoal fala dos três centrais, mas não dos três atacantes, que eram Luiz Henrique, Fred e Willian. Depois o Fred saiu, entrou o Cano muito bem.
– Perto do jogo do Olimpia as coisas caíram um pouquinho. Mas o que nos deu um sustento legal foi que nós não nos abalamos no primeiro jogo, aquela derrota para o Bangu. Sabíamos que teríamos um grupo que não se abalaria por nada. Se chateia, tem essa coisa toda, mas tem esse lado da superação. O que nos chateou foi a maneira como perdemos do Olimpia. Porque sabemos que é uma equipe que joga fundamentalmente cruzando bola na área. Os paraguaios não são altos, mas tem característica de subir no corpo para desequilibrar. Dessa maneira nós sofremos dois gols, um quando estávamos no ataque, uma jogada de um para um com o William. Ele driblou, chutou e o goleiro pegou. Nesse contra-ataque saiu o segundo gol. Bola cruzada também, isso nos chateou. Nossa recomendação foi diminuir para acontecer o mínimo de cruzamentos possíveis. Depois tivemos que reagir imediatamente.
– O grupo é muito interessante. Chegou um momento não é que não estivesse legal, mas a gente sentiu que poderia estar melhor tirando um atacante e colocando o Ganso. O que aconteceu? A equipe considerada B tinha vencido Vasco, Resende… Com o Ganso, os setores começam ficar mais próximos, ele pegou a posição. Não significa dizer que se hoje atingir o nível até intelectual e tático, e nós da maneira que marcamos alto podemos marcar num ponto médio ou baixo, a equipe se sai bem. Não quer dizer que serão sempre os três centrais, não é por aí. Já usei em 1988 no Athletico-PR. Hoje o que me chama a atenção é a equipe do Atalanta (Itália) e do Chelsea (Inglaterra). Um é o campeão mundial, e o outro está fazendo uma campanha extraordinária, é gostoso ver o Atalanta jogar.

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Por Explosão Tricolor

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