Em entrevista, Fernando Diniz fala sobre críticas ao seu trabalho e improvisações no Fluminense




Foto: Reprodução / GE


Em entrevista ao site GE, Fernando Diniz falou sobre as críticas ao seu trabalho e voltou a defender a improvisação de jogadores 

Eleito o melhor técnico da América após conquistar o título da Libertadores com o Fluminense, Fernando Diniz ainda precisa lidar com críticas ao seu trabalho. Em entrevista concedida ao site GE, o treinador falou sobre o assunto:

– Não me identifico com isso. Tem gente que não tem nada a ver com futebol e me lê muito melhor do que pessoas do futebol. Gente do mundo artístico. Pessoas que não entendem muito do jogo, mas dizem que sentem uma sensação gostosa. O futebol é para promover isso. Tem gente que não gosta (do meu estilo de jogo), mas não acho que as pessoas não gostam de mim. Elas não me conhecem (risos). O mais importante é ganhar tudo? Quem acha isso está mais perto de perder. No seu dia a dia, você está perdendo e ganhando diariamente. Isso está no centro das questões para melhorarmos como sociedade.
– Por exemplo, só porque uma pessoa tem dinheiro, se veste bem, as pessoas acham que ela é melhor do que a outra. Não é isso. Quanto mais você entende essa complexidade, você vive melhor. Temos que melhorar as questões de humildade. Se a gente olhar de uma maneira cartesiana, nós vamos morrer. Você não vai vencer a morte. Então você vai perder. Mas para mim, o importante é deixar um legado, deixar o meu melhor para as pessoas. Estamos conectados com a humanidade. Se você não tomar cuidado, você vai perder muito mais do que uma vitória. Você perde sua humildade, sua garra, sua vontade de desfrutar. Ganhar e perder fazem parte do jogo, mas temos que fazer tudo que é possível e ao nosso alcance para ganhar.
– Por exemplo, agora o Nova Iguaçu não foi campeão. Não foi histórico? Claro que foi. Olha o orçamento que eles têm. Temos que elogiar o trabalho do Cal (Carlos Vitor, treinador do Nova Iguaçu), dos jogadores que tiraram o Vasco. Essas pessoas também ganham títulos.

Fernando Diniz também foi questionado sobre as críticas que recebe de parte da torcida tricolor por conta das improvisações no time do Fluminense. O técnico voltou a defender a sua decisão de escalar jogadores fora de suas posições de origem:

– Primeiramente, eu acredito que o fundamental é saber onde cada jogador pode render mais. Normalmente, avalio onde ele vai ter mais chances de ser titular, de jogar bem, de ter uma ascensão social. Não é só ser titular, também tem que sentir prazer em jogar. A improvisação do Samuel Xavier foi lá atrás, no Paulista de Jundiaí. Ele jogava mais por dentro e eu o coloquei pelo lado. Achei que tinha a ver com ele (pelo estilo de jogo). De novo, o jogador quer ser titular, mas quer jogar bem.
– O Caio Paulista jogava de ponta. Ele sai daqui (do Fluminense) muito por conta do que a torcida criou com ele por antes (foi contratado por R$ 10 milhões, um valor considerado alto na época). Porque como lateral ele nos ajudou em muita coisa. Foi para o São Paulo e contratado pelo Palmeiras como lateral. Esse é o ponto fundamental. Léo Pelé jogava na lateral no São Paulo. Nunca foi um jogador de ter muita profundidade e dar assistência. Num time grande, lateral que não dá assistência está fadado a receber criticas. Mas ele sempre foi bom defensor, tem bom passe, e fui convencendo a jogar por dentro. Ele foi vendo que ali é a parada dele. Ele saiu de um patamar de jogador e subiu muito. Era questionado no São Paulo e hoje é capitão do Vasco.
– Martinelli é pontual. É um dos jogadores mais completos com quem já trabalhei. Jogou nas duas pontas, jogou de 5, de 8, de 10… Jogou nas duas laterais e agora de zagueiro. Ele consegue corresponder bem. O nosso negócio é jogar bola. Jogar bem. Ele é uma necessidade de momento. Pode jogar bem. A tendência natural é ele jogar na posição dele.

Clique aqui e realize a sua inscrição no canal do Explosão Tricolor!

VEJA AINDA:



Por Explosão Tricolor

E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com