Em entrevista, Mano Menezes fala sobre o impacto da derrota para o Juventude, decisão de poupar jogadores, estratégia para o jogo de volta e muito mais




Foto: William Anacleto / Fluminense F.C.


Mano Menezes concedeu entrevista após a derrota do Fluminense por 3 a 2 para o Juventude

Após a derrota do Fluminense por 3 a 2 para o Juventude, na noite desta quinta-feira, no Estádio Alfredo Jaconi, o técnico Mano Menezes concedeu entrevista e falou sobre o resultado adverso, decisão de poupar jogadores, estratégia para o jogo de volta e outros assuntos. Vejo todas as respostas do treinador:

Derrota para o Juventude

“Acho que o resultado foi justo. Juventude jogou mais do que a gente. Fizemos o gol logo de início, mas tivemos uma jogada de contra-ataque em que Serna poderia ter rolado para Kauã (Elias). Não conseguimos sustentar como jogo jogado. Quando o time não consegue, você fica entregando a bola para o adversário, você vai sofrer. Juventude tem feito ótimos jogos, chegou na final do Campeonato Gaúcho, vem fazendo uma temporada muito boa.”

Impacto do resultado 

“Dos prejuízos que poderíamos levar daqui, levamos o menor, pelas circunstâncias em que esteve o jogo. Você toma o terceiro gol, fica um jogo aberto, perigoso. Tem que descontar a diferença. Acho que naquele momento a equipe teve um pouco mais de tranquilidade, naturalmente, pela entrada de jogadores como Ganso e Arias. Corremos o risco, mas aí já um pouco mais bem distribuído em campo, para tentar fazer, trabalhando volume dos dois lados, chegando na área. Até sermos premiados com um 3 a 2 no final. Mesmo não tendo gol qualificado (na Copa do Brasil), se você sai com uma derrota de diferença mínima, sempre abre a possibilidade de pensar que tem capacidade para fazer o resultado na sua casa.”

Decisão de poupar jogadores

“Sobre poupar, foi pelo fato de termos dois dias a menos de descanso com relação ao Bahia, que jogou na terça-feira, está com dois dias de perninha para cima esperando a gente no domingo. É inadmissível um calendário fazer isso. Dar dois dias de diferença para um adversário direto numa semana. Nós não tínhamos outra opção. Tivemos que correr o risco. Acho que deixamos a desejar por isso.”

Estratégia para o jogo de volta

“Isso eu pretendo não contar, mas é óbvio que vamos fazer um jogo melhor. Temos que fazer um jogo melhor, e temos feito jogos melhores para nos apoiar. Em uma condição mais normal, de igual com o adversário, ambos vão jogar no domingo… Temos condição para fazer um jogo diferente na quarta-feira. Primeiro temos que pensar no domingo, jogo pelo Brasileiro, contra o Bahia, que é um adversário difícil. Depois vamos pensar no jogo de volta.”

Psicológico da equipe após sofrer gols

“Acho que a equipe tomou gols por alguns méritos do adversário, mas com bastante demérito nosso. Primeiro gol já é uma bola estranha, que entra baixa na tua área. Fábio foi socar, bateu na nossa defesa e sobrou pro Juventude. No nosso nível, não é um gol que se toma normalmente. Segunda bola, jogador tá muito livre na nossa área, não marcamos. Deu tempo até de se ajeitar pra cabecear de tão livre que estava. No terceiro gol, afastamos muito. O jogador do Juventude dominou, acho que nem queria concluir, não se conclui muito dali. Como afastamos muito, ele criou coragem, bateu bem e fez o gol. Não tiro os méritos dos outros, senão vai parecer que você quer diminuir o que construíram. Voltamos a tomar gol que não podemos tomar. Não acho que seja questão psicológica. Foi organização, tomada de decisão, posicionamento defensivo.”

Importância de Thiago Silva e Jhon Arias

“Esses jogadores são importantíssimos a ponto de nós pensarmos em poupá-los. Quando um treinador toma uma atitude dessas num jogo de mata-mata, ele diz que os considera fundamentais pro que pretende na temporada. Precisa cuidar deles, de tão fundamentais que são. Isso vale para todos. A gente não individualiza porque o futebol, para nós, é equipe. Não estou aqui para tirar o mérito de grandes jogadores que fazem a diferença pela capacidade individual. Estamos trabalhando é para que o coletivo esteja cada vez mais forte e a equipe saiba resolver seus problemas quando esses jogadores não estiverem em campo. Se não, toda vez que os tirarmos, vamos ter que nos contentar com a derrota. Hoje seria difícil em qualquer formação que trouxéssemos aqui. Foi mais difícil porque acho que erramos acima do normal, mesmo com quem entrou.”

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Por Explosão Tricolor

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