Em entrevista, Mano Menezes fala sobre primeira vitória pelo Fluminense, reestreia de Thiago Silva, posicionamento de Jhon Arias e muito mais




Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.


Mano Menezes concedeu entrevista após a vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Cuiabá

Após a vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Cuiabá, na noite deste domingo, na Arena Pantanal, o técnico Mano Menezes concedeu entrevista e falou sobre a sua primeira vitória à frente do time tricolor, reestreia do zagueiro Thiago Silva, posicionamento do meia-atacante Jhon Arias e outros assuntos. Vejo todas as respostas do treinador:

Primeira vitória no comando do Fluminense 

“O mais importante era voltar a vencer. Fazia muito tempo, e mais ainda vencer fora de casa. É sempre muito difícil vencer fora de casa, são jogos muitos duros. O Cuiabá é uma grande equipe, vem fazendo um grande campeonato. Depois do quarto jogo com a gente a equipe vencer ajuda muito a melhorar a confiança, é o que a vitória traz. Temos que retomar como retomamos. Isso influencia porque o torcedor vai confiante para quarta-feira, contra um grande adversário que é o Palmeiras. Não adianta ficar olhando para muito longe. Vamos com esse caminho. Mais ainda no dia do aniversário do clube, para comemorar com um pouco mais de leveza.”

Entrada de Alexsander

“Não fizemos um bom primeiro tempo, conseguimos melhorar depois do intervalo. A entrada do Alexsander deu uma saída de bola mais equilibrada que a gente não estava conseguindo ter. Por ser canhoto, mais vertical, fez uma passagem que nos desafogou.”

Reestreia de Thiago Silva

“Acho que é um pouco desnecessário falar sobre o Thiago. Todos nós o conhecemos. É menino ainda, vai aguentar bem. Temos uma ideia de proteger um pouco mais o sistema para que os zagueiros tenham condição melhor de enfrentamento. Jogadores como Thiago, que tem uma leitura muito boa da jogada, conhece bem os atalhos, vai saber como economizar. Vamos estar atentos a todos os detalhes para que ele não tenha nenhuma baixa. Ele ficar fora seria muito ruim para ele e para todos. A equipe vai encorpando, vamos ter o retorno de Manoel, do Lima, daqui a pouco Felipe (Melo) e Marcelo. Vamos ter duas estreias, provável que estejam à disposição também.

A gente vai encorpando porque sabe que o campeonato é muito duro. Temos um mês pela frente entre as duas equipes com maior dificuldade e densidade de jogos. Então, o grupo vai ser muito necessário. Sempre falo que a primeira ideia, a primeira missão do treinador é organizar a equipe de tal forma para que todos saibam como tem que se comportar para aqueles que entrarem poderem produzir bem. E as vitórias ajudam nisso. A vitória de hoje tem essa importância. O Thiago foi muito bem, a equipe foi bem, o sistema defensivo foi bem. E eu sempre vejo o futebol a partir da equipe. Uma equipe boa faz as individualidades sobressaírem, mas sempre a partir da equipe.”

Equilíbrio entre ataque e defesa

“O futebol para mim é produtividade. O jogador tem que dar o retorno porque a equipe precisa. A função é muito importante. E você precisa de alguém que consiga entregar a função. Hoje, tivemos uma acréscimo importante de Jhon Arias. Um jogador que, quando pudemos jogar pela direita, que foi na segunda parte, entrega uma jogada ofensiva que ajuda bastante o atacante final. Atacantes de último terço precisam muito da equipe. Não dá mais para fazer como fazia antes: “Vamos arrumar a equipe de trás para frente”. A equipe hoje é toda, é muito completa. O que a gente pode mudar, e que não é tão fácil, é o comportamento da equipe em relação a momentos do jogo. A equipe estava acostumada a produzir bastante, a fazer bastante gols. Então, não fazia muita diferença esse gol que tomava todo jogo. Porque fazia dois, fazia três e ganhava o jogo.

Problema é que a partir do momento em que para de fazer tantos gols, precisa entender o jogo um pouco diferente, de maneiras diferentes. Hoje, a equipe já deu uma demonstração disso. Não foi fácil sustentar o resultado, a gente foi pressionado, a equipe soube se conter bem nessa hora, e isso é o mais importante. Jogar no lugar onde estamos na tabela é muito difícil, e tem que saber jogar. Falo que precisa ter uma boa dose de humildade, reconhecer que todos os pontos são importante, que os outros também têm uma capacidade muito boa de fazer o resultado. Os jogos têm sido assim. Vai ver que até quem está vencendo, está vencendo por 1 a 0, 2 a 1, os placares estão sendo bem justos. A gente tem que entender isso, é a parte mais importante para construir vitórias como construímos hoje.”

Média de idade do time tricolor

“Eu já dirigi uma equipe um pouco tempo atrás, que era o Cruzeiro, que a média era 32. Ganhamos a Copa do Brasil com uma equipe com média de 32, fomos às quartas de final da Libertadores com uma equipe com média de 32, só que um dia fui comentar isso com o Gallardo que era o técnico do River (Plate), e ele olhou e falou: “Haja tática, professor”. Porque realmente chega em algum momento do jogo, faz diferença.

Mesclar a experiência dos jogadores com a qualidade que temos com os jovens que dão essa vitalidade para a equipe, de você pressionar mais alto. Passamos a pressionar um pouco mais alto, recuperamos bola já no terço final, e isso é o papel do técnico. Tirar o melhor do grupo que tem e descobrir os caminhos de como fazer isso. Em um lugar é diferente, no outro coloca os mais experientes para fechar o jogo, depois coloca para iniciar porque a equipe precisa estar estável. Às vezes vai ser uma, às vezes, outra. É escolher o melhor caminho para continuar fazendo o resultado.”

Posicionamento de Jhon Arias

“A ideia inicial foi colocar o Arias por dentro, muito parecido de como ele jogou a Copa América. Porque entendíamos assim como eles tinham um 10 com muita liberdade, nós também tínhamos esse camisa 10 que é o Ganso. Tinha um pouco de preocupação com o tripé de meio-campo do Cuiabá, que é um tripe forte, e queria ter mais um jogador ali para o Ganso não sofrer tanto e não ter que baixar. Não acho que funcionou tão bem. Nas duas extremas, Arias rendeu melhor, tanto pela esquerda quanto pela direita. E pela direita mais ainda, onde está acostumado a jogar com Xavier e Ganso. Eles fazem um triangulação que consegue atrair o adversário para sair rápido e chegar na área e concluir a jogada. Mas sempre penso no melhor para o time, tentamos equacionar os problemas que iríamos ter para o jogo para depois tentar vencê-lo.”

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Por Explosão Tricolor

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