Em sua coluna no portal UOL Esporte, André Rocha afirma que o Fluminense é mais confiável que Atlético-MG e São Paulo para o G4




Yago Felipe e John Kennedy (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Através de sua coluna no portal UOL Esporte, André Rocha fez um balanço sobre a luta por uma vaga no G-4 e disse que o Fluminense está mais confiável para o G-4 do que o Atlético-MG e São Paulo. O jornalista ainda destacou alguns jogadores tricolores e apontou a maior virtude doo time de guerreiros durante o Brasileirão. Confira o texto na íntegra:

Sem complicar, Fluminense é mais confiável que Galo e São Paulo para o G4 (por André Rocha/UOL Esporte)

Jorge Sampaoli deixou os laterais Guga e Mariano no banco e iniciou o jogo contra o Goiás, na Serrinha, com Gabriel, um terceiro zagueiro para duelar com o solitário Fernandão no 5-4-1 esmeraldino montado pelo técnico Glauber Ramos.

A ideia era fazer o Atlético Mineiro atacar num 3-3-1-3, com Savarino e Vargas abertos pelas pontas e Sasha e Hyoran buscando os espaços entrelinhas, contando com o apoio de Alan Franco, Allan e Guilherme Arana. Deu certo na bola invertida da esquerda que Savarino completou para as redes, mas um impedimento milimétrico anulou o gol e evitou que o jogo descomplicasse para o Galo.

Só que Sampaoli não vem se ajudando muito. O Atlético se instala no campo de ataque, roda a bola, mas cria muito pouco. Ou os pontas vencem nos duelos contra os laterais, ou Arana surpreende na infiltração. Sobra um jogo aleatório, que tem 90% de efetividade nos passes, posse de 78%, 19 finalizações no alvo, duas bolas na trave. Mas nenhuma chance cristalina criada num ataque bem pensado e executado.

O Goiás concluiu três vezes, uma na direção da meta de Everson. Nas redes, com Índio completando cruzamento da esquerda após cobrança de lateral. Sem um defensor de ofício para bloquear a assistência que ajudou a definir a partida. Sampaoli mandou a campo Mariano, Jair, Nathan, Diego Tardelli e Marrony no segundo tempo. Banco recheado, mas altera pouco o modelo engessado e o desempenho só piora com o desespero.

Difícil funcionar, impossível confiar. Mesmo com tabela, em tese, mais acessível que as de Internacional e Flamengo. A cada rodada, o Galo parece mais perdido e a movimentação intensa no mercado, com a chegada de Hulk, provavelmente de Ignácio Fernández, do River Plate, e outros nomes especulados, sinaliza que o clube já pensa na próxima temporada. Talvez sem Sampaoli…

Uma incógnita, assim como o São Paulo que demitiu Fernando Diniz e parece ainda mais sem rumo. Trabalho implodido na virada do ano com a eliminação na Copa do Brasil para o Grêmio, sem criar nada no Morumbi, mais a mudança na diretoria com a eleição e a explosão de Diniz com Tchê Tchê na derrota para o Bragantino que deixou sequelas irrecuperáveis. Uma queda impressionante, mesmo para um clube em constante ebulição que sofre com os oito anos sem títulos.

É claro que o Brasileiro 2020 tem espaço até para uma improvável reação com o interino Marcos Vizolli na base da mobilização e de um certo relaxamento da equipe, que parecia a virtual campeã e agora dá a impressão que tem como única meta se garantir no Z4.

Mas há uma ameaça: o Fluminense de Marcão. Auxiliar permanente, interino efetivado que, fazendo o simples e mantendo o que havia de bom no trabalho de Odair Hellmann, recoloca o time com força na briga por G4. Em Salvador, mais uma vitória. Sobre o Bahia, gol de Luiz Henrique. Jovem meia, canhoto, aberto pela direita no 4-2-3-1 que dá liberdade a Nenê e Fred. Dando confiança a garotos como Calegari, Martinelli e o próprio Luiz Henrique.

Cada um em sua função, e Marcos Felipe demonstrando ser o goleiro mais confiável do elenco. Salvou o time no final da partida na Fonte Nova. O Bahia teve 54% de posse e finalizou 12 vezes, uma a menos que o Flu. Seis no alvo para cada lado. Os cariocas foram mais eficientes.

Em um campeonato maluco, vencer os jogos contra os adversários mais frágeis é virtude. O Fluminense sobe para 56 pontos e fica a dois do São Paulo, que tem um jogo a menos pelo adiamento do clássico com o Palmeiras que já está em Doha. A quatro pontos do Galo, adversário da próxima rodada, no Maracanã.

A essa altura, parece o time mais confíável para alcançar uma outrora improvável vaga direta na fase de grupos da Libertadores. Simplesmente por não inventar ou criar problemas para si. Um mérito neste cenário caótico.

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Confira a agenda tricolor na reta final do Brasileirão 2020:

35ª rodada

10/02 – Quarta-feira – 21h30 – Fluminense x Atlético-MG – Maracanã

36ª rodada

15/02 – Segunda-feira – 18h – Ceará x Fluminense – Arena Castelão

37ª rodada

21/02 – Domingo – 18h15 – Santos x Fluminense – Vila Belmiro

38ª rodada

25/02 – Quinta-feira – 21h30 – Fluminense x Fortaleza – Maracanã



Por Explosão Tricolor / Fonte: UOL Esporte

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