Enrolados




(FOTO DE MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)



A única vitória do Fluminense para cima do Atlético-GO no ano foi graças a um gol contra. Isso diz tudo! Mais uma vez não conseguimos fazer nada diante dos goianos. Dos 400 minutos contra eles, devemos ter sido (um pouco) superiores em uns 50 minutos. Perdemos por 2 a 1, e a verdade é que temos que comemorar não termos sido goleados com uma atuação vergonhosa como essa.

Para começar, fomos mais uma vez ao campo com a dupla Yuri e Hudson. Inviável. Um é pior que o outro e o outro é pior que o um. Vai colocar quem? O André, até porque não tinha mais ninguém. Yago, suspenso; Martinelli, lesionado; Dodi, adeus! Se os volantes prejudicaram lá atrás, o trio mais à frente não incomodou ninguém. Mas deveriam! Me lembro de apenas um bom lance criado pela equipe — teve o gol, é verdade, mas ali o jogo já estava acabado.

Conseguimos criar algumas chances contra o Vasco nos primeiros 15 minutos; dessa vez, nem isso. Nossa atitude foi de time pequeno desde o início. Jogamos na defensiva, e apenas isso, contra adversário esforçado, porém limitado. Aos 19’, quase fomos punidos, mas Yuri conseguiu cortar. O mesmo Yuri quase entregou um gol aos 39’, quando errou na saída de bola e viu Marcos Felipe fazer defesa à queima-roupa. Poucos minutos depois, o volante errou mais uma vez ao não acompanhar o atacante deles, que só teve o trabalho de escorar uma bola que cruzou a área.

Sinceramente, durante o intervalo eu já estava revendo o filme da Copa do Brasil se repetindo. Deveria estar confiante, acreditando na virada… Só que jogando como estávamos era quase impossível imaginar uma reação. Não à toa, o Atlético-GO também foi a equipe mais organizada nos últimos 45 minutos.

A primeira chegada do Fluminense em todo o jogo foi já no segundo tempo. Marcos Paulo recebeu bom passe de Fred e parou no goleiro. Esse foi o único lance bem construído pela equipe. Depois, Marcos Felipe teve que entrar em ação mais uma vez. O goleiro fez uma grande defesa de mão trocada em chute de fora da área. Aos 23’, quase achamos um gol após Nenê cruzar e Hudson chegar atrasado. Inclusive, o volante batizou esta coluna quatro minutos depois. Pressionado pelo rival na saída de bola, ele simplesmente se enrolou e deixou a pelota sair para escanteio. Se estivesse na direção do gol teria sido ainda pior. De qualquer forma, foi grotesco.

Com 30 minutos da etapa final, eu já estava completamente disperso. Minhas anotações foram do tipo: “ridículo”, “desanimado” e “deprimente”. Aos 41’, o VAR entrou em ação para dedurar a mão de Nenê na área. Era o que faltava levar gol até do goleiro. Bom, não falta mais. Nos acréscimos, com a partida já decidida, Lucca levantou e Felippe Cardoso se antecipou para testar para o fundo das redes. Eu nem consegui acreditar no que vi. E, em uma partida em que comemorei chute, no singular, defesas e cartão amarelo — para o suspenso Hudson — nem sabia como reagir ao tento.

O que veio foi até lucro com a bola que jogamos. Dominados do início ao fim, vemos o G4 escapar mais uma vez. Se bem que tenho a impressão de que quem escapa dele somos nós. Só tenho medo de até onde iremos nesta fuga. Hoje, fomos longe. Voltamos alguns meses e me sinto novamente naquele que foi o “jogo do ano”.

Curtinhas:

– Tinha dito que só passaria a avaliar como positivo ou negativo o trabalho do Marcão a partir de janeiro. Me ajuda a te ajudar, ídolo (dos campos)!

Luccas Claro saiu lesionado ainda na primeira etapa. Me sinto seguro com a dupla Nino e Matheus Ferraz, mas perder o nosso melhor jogador no ano é sempre um baque.

– Marcos Felipe foi o nosso melhor jogador em campo na minha opinião. Se não fosse ele, poderia ter sido mais.

Calegari deve e tem que voltar contra o São Paulo. Já que não teremos o Hudson e o Yuri foi desastroso, poderia ser uma boa utilizá-lo ao lado de Yago Felipe.

– Fizemos apenas um bom jogo no segundo turno: a vitória por 3 a 1 contra o Athletico-PR. De resto, um nada.

Saudações Tricolores, galera!

Carlos Vinícius Magalhães