Entrevista coletiva do técnico Mano Menezes após a vitória do Fluminense sobre o Cruzeiro
4 de outubro de 2024Explosao Tricolor
Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.
Entrevista coletiva completa do técnico Mano Menezes após a vitória do Fluminense sobre o Cruzeiro
Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Mano Menezes após a vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, pela vigésima nona rodada do Campeonato Brasileiro:
Vitória sobre o Cruzeiro
“A equipe teve comportamento de jogo importante. Era o que, conversando entre a gente, nos faltou. Tivemos coragem de marcar na frente. Tivemos posicionamento na maior parte dos casos para inibir o adversário. Isso deu um pouco de confiança para a equipe.”
Cobrança da torcida
“Precisamos estar todos muito próximos, se ajudando bastante, com humildade, pouca vaidade, competir todo o jogo como competimos hoje. Eu tenho certeza que o torcedor vai estar ao nosso lado com mais paciência. Não temos medo de cobrança. Vamos trabalhar para que seja melhor sempre.”
Fim da sequência de três derrotas seguidas
“A gente tem um pouco de experiência nisso. Já viu que quando uma equipe está muito mal colocada como estávamos, você consegue muitas vitórias, depois vem um jejumzinho. Ninguém gosta. Aconteceu com a gente também. Era importante dar uma resposta em termos de resultado hoje porque é a reta final do que temos que fazer para nos colocar melhor no campeonato.”
Vantagem por conhecer Fernando Diniz
“Eu não vejo vantagem nem desvantagem. Exatamente por isso. O time conhece o técnico, mas o técnico conhece também o time. Acho que o futebol não basta você conhecer o que o outro faz. Se ele fizer bem é difícil neutralizar.
Não basta as suas ideias, o mais importante é a execução e como os jogadores fazem. Hoje nós conseguimos roubar duas bolas na frente, é porque é início de trabalho, porque depois não vai roubar. Vai fazer tão bem que não vai conseguir roubar, como a gente roubou a bola lá na pressão.
A gente sabia que era início de trabalho, então fez parte da estratégia que a gente estabeleceu para o jogo, tentar tirar uma vantagem disso. Acho muito bonito o sentimento que o Fluminense tem em relação a Diniz. Acho que é uma das coisas mais bonitas que existe no futebol, esse respeito e essa admiração por quem passou, construiu, venceu.
Mas a nossa gratidão era antes dos 90 e agora vai continuar depois dos 90, mas durante o jogo a gente era o nosso adversário e nós fizemos o máximo para poder vencer e felizmente conseguimos.”
Dificuldades na partida
“Eu estava aí com dois homens fazendo profundidade o tempo inteiro, criou algumas dificuldades para a nossa defesa, no segundo tempo melhoramos isso, mas o jogo ia ser lá e cá também, a gente sabia disso, o Cruzeiro ia nos criar dificuldades defensivas, mas nós também criamos dificuldades para eles.
Eu acho que isso é o mais importante, você ter resposta, não é porque você sofre, porque o adversário tem qualidade, que você tem que se acabrunhar e não sair mais. Teve resposta, fizemos o gol, que era algo importante no início do segundo tempo, isso deu uma tranquilidade para a equipe no sentido de tentar encontrar caminhos com mais segurança. Mas o jogo ia ser sempre assim, foi assim até o final, e a gente teve o mérito exatamente de ganhar um jogo difícil, grande nessa hora aqui, que vai dar a retomada.”
Mudanças no time do Fluminense
“Primeiro que a gente aceita comportamento da equipe porque a gente não estava fazendo o resultado nem a atuação é capaz de estabelecer uma relação como tinha uns estabelecido algumas rodadas atrás. Cada um reage do seu jeito contra isso contra aquilo.
Não vou me omitir de tomar as decisões eu preciso tomar por estar sendo vaiado por estar sendo cobrado. Está na moda a gente tem que entender que é assim. Agora todo mundo pensa que pode tirar todo mundo a hora que quer. Mas a gente tem uma boa contribuição para dar para a equipe nessa hora de pressão extrema. Já passamos muitas vezes por isso, se não tivesse capacidade para estar aqui e poder entender esse processo todo, não tinha aceitado o convite para dirigir o Fluminense nas circunstâncias que estava.
Você não pode ter medo de errar, senão você não joga, mas a escolha do Manoel é porque a gente também sabia que o ataque era muito rápido do adversário. Manoel é um jogador de mais velocidade para fazer junto com Thiago nas coberturas dos dois lados.
Quis dar um pouquinho de respiro para Facundo que vinha tendo um pouco de dificuldade, não conseguia completar os jogos. Estava sofrendo um pouquinho, mas Facundo está em adaptação. Veio de um clube pequeno no Uruguai sem tanta estrutura quase nada. Fez os primeiros jogos sem sentir, depois você começa a sentir a carga a sequência de jogos e não podemos perder, então foi para dar uma respirada.
Entrou bem foi a segunda alteração a outra foi Keno. A gente achava que precisava ter um homem de válvula de escape com bastante velocidade com drible porque ia ser necessário que que estivesse assim.
Precisamos estar todos muito próximos, se ajudando bastante, com humildade, pouca vaidade, competir todo o jogo como competimos hoje. Eu tenho certeza que o torcedor vai estar ao nosso lado com mais paciência. Não temos medo de cobrança. Vamos trabalhar para que seja melhor sempre.”
Vaias para Martinelli
“É importante nós confiarmos um nos outros, só nós podemos resolver os nossos problemas. Não adianta todo o jogo escolher um para Cristo, porque daí eu perco um jogador a cada jogo e não tem outro às vezes com característica própria. Talvez o Martinelli tenha sido o jogador mais criticado nos últimos dias e fez um grande jogo. Fez o papel que eu precisava fazer. Vai errar. Todo mundo erra, né?! Faz parte do jogo.”
Queda de desempenho em 2024
“Eu acho que essas temporadas elas são assim, se você ver em outros lugares também acontece isso. O mesmo grupo, o mesmo técnico, inicia o outro ano, você não entende, às vezes não sai o resultado. Só para citar um exemplo de um lugar onde aconteceu isso, no Liverpool, com um dos melhores técnicos do mundo em termos de trabalho, quando iniciou a Premier League do outro ano, também não conseguia fazer resultado depois que foi campeão.
Então acontece, é meio que inexplicável, você não consegue encontrar às vezes justificativas para dizer porque que não está rendendo, mas é uma série de fatores que acontece com uma boa parte das equipes e a gente tem que entender isso e aí encontrar outras soluções, encontrar outros caminhos, pelo menos momentâneos, para retomar.
A única coisa que dá segurança e confiança para uma equipe que eu conheço que é a vitória. Pode fazer tudo bem, se o resultado não vem, daqui a pouco começa o que começa em todos os lugares, né?
Então acho que está dentro dessa oscilação, realmente de agora em diante não pode acontecer mais, ela já aconteceu. Se você vê, acontece com outras equipes às vezes disputando o título na ponta da tabela, esse tipo de oscilação. Acontece, né?
O problema nosso é que o custo desse negócio é alto demais para nós, a gente não tinha poupança nenhuma. E aí ficar 9 pontos sem fazer nenhum, volta muito na tabela, não pode acontecer. A reta final, com tudo que aconteceu e pela entrega dos jogadores, pela maneira como eles estão encarando o fato e a maneira como nós temos que sair disso, eu acho que teremos uma reta final melhor.”
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