Esse é o caminho

Venceu e convenceu. Uma parte da torcida pode até não concordar, mas a verdade é que o Fluminense mandou muito bem na vitória sobre o Athletico-PR.

Logo no início, o bom sistema de marcação tricolor foi quebrado através de uma excelente troca de passes do time paranaense. Hudson ficou na saudade, Egídio chegou um pouco tarde para bloquear a finalização do Léo Citadini, mas os rubro-negros tiveram méritos.

O interessante é que o Fluminense ligou o “220” logo após o gol sofrido. A rapaziada tratou logo de correr atrás do prejuízo. Teve pênalti perdido pelo Nenê, domínio territorial, posse de bola, finalizações, mas nada do gol aparecer. Porém, isso era uma questão de tempo. E ele veio através de grande jogada do Michel Araújo, que partiu para dentro da marcação como um meia de verdade. O excelente goleiro Santos ainda espalmou a bomba do uruguaio, mas o talentoso Marcos Paulo deu um leve toque por cima para o Nenê empatar.

É claro que a expulsão do Thiago Heleno, ainda no primeiro tempo, facilitou a vida tricolor, porém, mesmo antes dela acontecer, o Fluminense já merecia estar vencendo. Inclusive, o empate no primeiro tempo foi muito injusto.

Na etapa final, o Tricolor se impôs ainda mais. A movimentação do ataque, em especial, do Marcos Paulo, deixou o sistema defensivo do Athletico perdido. O Fluminense pecava apenas na finalização. No entanto, o Marcos Paulo, que foi o dono do jogo, ressurgiu das cinzas. Com dois golaços, o garoto desequilibrou em alto estilo!

Vitória justíssima e muito merecida. E digo mais: 3 a 1 ficou barato para o Athletico. 4 ou até 5 a 1 não teria sido exagero algum.

A caminhada ainda é longa, mas é importante manter os pés no chão e calçar as sandálias da humildade. Até aqui, o time segue com um excelente sistema de marcação e uma bola parada fortíssima. No entanto, a vitória sobre o Furacão mostrou que dá para aumentar esse repertório. A movimentação ofensiva fez toda a diferença. Esse é o caminho para o Fluminense ganhar ainda mais força na reta final do Brasileirão.

Curtinhas

– Calegari está voando, Martinelli jogou de terno e Marcos Paulo teve atuação digna de nota 10. Xerém sempre foi o caminho!

– Por incrível que pareça, achei a atuação do Egídio bem honesta. No lance do gol do Athletico, ele chegou atrasado, mas é bom ressaltar que o Hudson foi quem dormiu no ponto.

– Sobre o Ganso, achei que entrou razoavelmente bem.

– Alô, Odair Hellmann! O dia que um clube grande não tiver qualquer tipo de pressão, pode fechar as portas. Apesar de tantos pontos de interrogações criados ao longo dos últimos trinta anos, isso aqui ainda é Fluminense Football Club!

Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo