Está difícil…




Odair Hellmann (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C)



Primeiramente, perder para o Grêmio, em Porto Alegre, não é o fim do mundo. Porém, isso não pode servir de desculpa para tapar o sol com a peneira. Desde que retornou da paralisação, o Fluminense disputou sete jogos oficiais. Empatou três e perdeu quatro. Marcou apenas dois gols e sofreu oito. Mas o presidente Mário Bittencourt disse, na última sexta, que só quem pode criticar é quem já deu dois treinos à beira do campo…

Pois é, veio a estreia no Campeonato Brasileiro. Apesar de suas já conhecidas limitações, o Fluminense jogou razoavelmente bem até a metade do primeiro tempo. Nada que encantasse, mas era até um futebol aceitável. Sistema defensivo se comportando bem, marcação encaixada e uma meia dúzia de boas escapadas. Teve até uma grande chance clara de gol através de um belo chute do Evanilson, que obrigou Vanderlei a fazer uma grande defesa.

No entanto, após os vinte e cinco minutos, o Fluminense abdicou de atacar. Postura inaceitável. O setor de criação do meio de campo sumiu de vez. Com Nenê e Marcos Paulo muito abertos pelos lados, Dodi e Yago até tentaram, mas não arrumaram nada. E jamais arrumarão, pois essa não é a praia deles. Um dos sérios problemas do trabalho do Odair Hellmann é justamente o de não conseguir fazer com que o time atue de forma compactada. Sendo assim, Marcos Paulo e Nenê, que deveriam atuar mais próximos, acabam não rendendo absolutamente nada. 

O gol sofrido foi uma falha geral. Nino deu “um passe” para o Diego Souza, mas o Egídio apenas assistiu. Um absurdo dos grandes!

A entrada do Michel Araújo até deu outra cara ao meio de campo. O uruguaio fez o jogo acelerar e ainda ajudou bastante na recomposição. Vale lembrar que ele prefere atuar como meia. O Odair realizou outras modificações, mas nenhuma delas fez grande diferença. Na verdade, o Grêmio ficou mais próximo de fazer o segundo gol.

Resultado esperado, mas a falta de evolução do futebol do Fluminense é algo que preocupa muito. A impressão é a de que o time parece cada vez pior. Não há construção de jogadas e nem organização ofensiva. Apenas míseros lampejos individuais. Mas a diretoria está satisfeita…

Está difícil acreditar em dias melhores.

Curtinhas

– Boa atuação do Luccas Claro. Jogou o feijão com arroz e não comprometeu. Considerando que futebol é momento, já pode sonhar com titularidade.

– Igor Julião e Egídio não existem, mas não existem mesmo.

– Muriel está muito bem.

– Na próxima quarta, contra o Palmeiras, será osso…

– Iniciei um trabalho no nosso canal do YouTube. Peço a força de todos vocês! Clique aqui e realize a sua inscrição no nosso canal do YouTube!

Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo