Falando de política




Pequena análise de três candidatos à presidência do Fluminense: Pedro Abad, Pedro Trengouse e Celso Barros (ainda não confirmado). Já tive oportunidade de manifestar sobre eles, mas agora cabe uma rápida pincelada. Sobre o Cacá Cardoso não posso falar nada, pois ele até agora não apareceu.

Pedro Abad, em todas as entrevistas, prega uma gestão mais científica. Científica na análise das contas, no planejamento e, principalmente, na organização do clube. No entanto, no futebol, que é o carro-chefe do Fluminense, não me parece ser a melhor opção. Ele é apoiado pelo atual Presidente (e também pela Flusócio) e muito se parece com ele, o que nos deixa antever tempos sombrios no futebol.

O próprio Abad não parece respeitar a tradição tricolor: sugeriu transformar o Estádio das Laranjeiras em um shopping center. Ora meu amigo, futebol é futebol. Transformar a história viva do Rio em mais um conglomerado de lojas é, definitivamente, algo que não se admite. Não fosse só por isso, é patrimônio histórico legalmente reconhecido, já que é monumento tombado.

Pedro Trengouse me parece “meio voado”. Propõe discussões acerca de um novo modelo de gerir futebol, buscando alternativas fora do binômio receita de televisão + patrocínio de camisa. Ótimo! Mas toda proposição de debate deve vir com uma proposta efetiva. Se não tiver uma proposta antes de convidar pro debate, não passa de conversa de botequim. 

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Os quatro possíveis candidatos à presidência do Fluminense

Como se não bastasse, ainda propõe crowdfunding para contratação de jogadores. Lindo no discurso. Difícil de sair do papel. Estamos no Brasil e o camarada não está a fim de pagar para contratar jogadores (ainda mais com a ausência de transparência da atual diretoria). Com esse dinheiro o cara vai tomar cerveja e comer churrasco. Parece-me mais “um cidadão de universidade” do que propriamente alguém com visão e prática.

Celso Barros? Esse é adepto do “quanto pior, melhor”, desde que seja “no dos outros”. Quem não se lembra das dificuldades que ele impôs ao sair do clube? Claro que poderia ter feito diferente, ainda que a Unimed tivesse, realmente, sem condições de manter o patrocínio. Deveria ter saído do clube de forma gradativa e organizada, sem gerar grandes transtornos para o Fluminense. Mas, como brigou com Peter, tivemos dois vaidosos, cujo resultado foi péssimo para o time.

Nem se comenta a ação judicial que propôs contra o clube. Isso faz parte da divisão entre gestor e empresa. Contudo, o que se observa é que o seu intuito não era receber o que o Fluminense supostamente lhe devia (ou à empresa), e sim gerar ainda mais tumulto no clube.

Todos, contudo, deveriam explorar um tema que é caro a todo time: transparência. Ela não existe no futebol, e no Fluminense não é diferente. Com a transparência e o investimento na paixão da torcida, o clube irá bem, obrigado!

É isso! Pequenas análises melhoram o debate eleitoral este ano.

Ser Fluminense acima de tudo!

Evandro Ventura / Explosão Tricolor

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