Fernando Diniz exalta seu trabalho à frente do Fluminense: “Um dos melhores da nossa história”






Fernando Diniz classificou o seu trabalho no Fluminense como um dos melhores da história do clube

Alvo de contestações de parte da torcida após a eliminação para o Flamengo nas semifinais do Campeonato Carioca, o técnico Fernando Diniz defendeu o seu trabalho no Fluminense em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira. O treinador citou os títulos conquistados pelo Tricolor sob o seu comando mesmo com orçamento inferior a outros clubes.

– Eu acho que o trabalho, se fizermos um olhar macro, talvez o Fluminense viva um dos melhores da nossa história. Temos que colocar as cores necessárias para observar bem a realidade. O futebol de hoje em dia é: as pessoas que tem mais dinheiro, levam uma vantagem significativa, porque tem os melhores centros de treinamento, conseguem contratar jogadores que nós não conseguiríamos. O orçamento que o Fluminense tem e as campanhas que vem fazendo de 2019/2020 para cá, sempre na Libertadores, chegando em finais de Estadual, ganhando, sendo bicampeão, ganhando Recopa, sendo em 2022 terceiro no Brasileiro. Não podemos comparar o tipo de orçamento que o Fluminense tem e querer comparar com quem tem três vezes mais e colocar tudo no mesmo cesto e achar que é a mesma coisa, porque não é. Aqui no Brasil ainda temos uma peculiaridade muito grande, porque temos pelo menos 12 camisas muito pesadas. Às vezes achamos que as 12 estão na mesma prateleira, com as mesmas chances de ganhar. E não são as mesmas. A gente consegue nivelar com um trabalho coletivo de muito gente, muitas mãos trabalhando.
– E com o apoio da torcida, porque a torcida foi decisiva em muitos momentos para o time. Essa conexão que ela tem com o time é um fator para em qualquer campanha que a gente tem nesse período em casa, dá para ver como faz diferença. A torcida nos leva muito para frente. É um trabalho que temos que exaltar e saber qual o tamanho do Fluminense. Um clube que fatura, pelo menos do que eu sei, 350 milhões por ano. E disputar com times que tem 700, 800, 1 milhão e pouco. Temos que ter essa noção, de olhar e saber onde estamos e qual a força que temos para lutar, quanto que temos que trabalhar. Tem que ter uma valorização e uma relativização do que acontece para gente poder estar mais perto do real. E o torcedor e vir junto. Porque essa força que a gente tem da torcida, precisamos muito deles. Muito mesmo. E que ele entenda cada vez mais. Isso é um fato.
– Outro fato é que o Fluminense está aprendendo a ganhar coisa grande, todos nós estamos aprendendo. A gente não tinha ganhado a Libertadores. Quando você ganha, uma conquista que exigiu quase que a totalidade da nossa energia, em um primeiro momento, você tem que aprender a não ficar fragilizado para os eventos a seguir. A gente está aprendendo. Os jogadores não fazem porque querem. A gente tem que depois de uma grande conquista, voltar logo pro prumo. Até o próprio torcedor, embora a torcida tem mais é que fazer isso mesmo. E acho que estamos aprendendo isso agora. Tivemos uma campanha que teve 4 de novembro, ainda conseguimos pontuar, ficamos em sétimo no Brasileiro.
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Por Explosão Tricolor

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