Final contra o Flamengo, mudanças táticas feitas por Odair, média de idade do elenco e muito mais: leia a entrevista coletiva de Nenê




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Nenê concedeu entrevista coletiva após o treino da manhã desta terça-feira

No início da tarde desta terça-feira (07), o meia-atacante Nenê concedeu entrevista coletiva no CT Carlos José Castilho. O camisa 77 falou sobre a final contra o Flamengo, mudanças táticas feitas por Odair Hellmann, esquema com três volantes, nova função no time, diferenças entre Fred e Evanilson, críticas em relação à média de idade do elenco e muito mais. Confira abaixo todas as respostas do jogador:

Final contra o Flamengo

“A gente vai ter que fazer valer dentro de campo, mostrar força mental, qualidade, união… A pressão realmente é muito grande, eles são favoritos, e nós demonstrarmos que dentro de campo tudo pode acontecer, está 0 a 0 ainda o jogo. Somos nós de sabermos tirar essa parte e não pensar no que estamos em dificuldade, mas no que estamos progredindo, no que fazer em relação ao jogo e conquistar a Taça Rio, que é o nosso objetivo.”

Postura para a decisão

“Mentalmente ser mais inteligente, saber a hora certa de ficar com a bola, jogar mais em profundidade, consciência de não errar o passe nessa primeira pressão deles. Acertar os passes e ter tranquilidade de ficar com a bola. Tranquilidade é aqui (aponta para a cabeça), não nas pernas. Os passes têm que ser rápidos, sair rápido da pressão para depois, eles não estando organizados, fazer eles também correrem e terem dificuldades para recuperar a bola e fazer o contra-ataque, que para mim é um dos maiores perigos do time deles.”

Desvantagem física 

“Sabemos que fisicamente eles estão melhores que a gente, é uma questão de mentalidade. Nós estamos com a cabeça tranquila, fizemos na nossa opinião o melhor em prol das nossas vidas. Primeiro a vida, depois pensar em ganhar alguma coisa. Continuo nessa afirmação, de contrariedade de estar voltando antes que seria o correto. É simplesmente a minha opinião.”

Importância do título

“Fico triste de ter que jogar com tantas pessoas ali do lado da gente em uma situação complicada (hospital de campanha). Mas é nosso trabalho. Continuo acreditando que era um pouco cedo para estarmos jogando, até pelo tempo para começar o Brasileiro e a situação que o Rio se encontrava. Me deixa triste jogar ao lado do hospital. O título seria bastante importante. Claro, seria só o segundo turno do Carioca, mas não deixa de ser uma taça. E jogando contra o Flamengo, que é muito difícil, seria bacana, daria confiança para continuar a caminhada e tentar jogar a final do Carioca.”

Mudanças táticas feitas por Odair

“Acho que ele está tentando encontrar uma variação. No outro estilo de jogo, com dois volantes, tínhamos um entrosamento grande, sabíamos como jogar, fizemos muito gols. Agora, com três, é encontrar formas variadas caso precise para um jogo do Brasileiro, ou no próprio Carioca mesmo. É para termos mais opções e não ficar só em um sistema de jogo. Essa é a maior mentalidade dele, acredito eu. É normal essa falta de entrosamento ainda, mas a gente continua a mesma coisa, conversando. O que não dá para ser treinado pelo tempo, tenta conversar, se organizar. Isso é pouco a pouco, fisicamente ainda estamos entrando no ritmo. É normal mais dificuldade nesse começo.”

Esquema com três volantes 

“Acho que pode funcionar, sim, é um sistema bem interessante, ficamos bem mais organizados defensivamente, levamos menos contra-ataques. É interessante para a gente usar. Cada time que formos jogar contra, o Odair decidir qual a melhor maneira, até para ter uma surpresa, os times não saberem o que vamos fazer, porque facilita. As duas maneiras para mim estão tranquilas, me sinto à vontade nelas. Cabe ao treinador decidir no momento do jogo, dependendo do adversário.”

Nova função no time 

“Em Bacaxá acabei jogando da mesma função que estava antes. Não que agora seja nova função, é uma variação. É mais uma opção para a gente jogar, com um volante a mais fico mais aberto do lado direito, com liberdade de vir para o meio organizar as jogadas. Mas não ultrapassar o campo como tinha dos dois lados. Nesse outro esquema não precisa porque tem um jogador a mais para ajudar mais o meio. Essa segunda função, que também posso fazer, seria um falso ponta-direta. Mas quem sabe a gente pode fazer jogadas de ponta também (risos)?”

Diferenças entre Fred e Evanilson

“Foi pouco tempo, nem pudemos treinar muito juntos. O Fred é um cara mais de pivô, segura a bola, às vezes está na pressão adversária e tem o desafogo nele. É um cara que é muito inteligente, sabe fazer um-dois, segurar a bola, em todos os cruzamentos leva perigo… O Evanilson é mais de profundidade, velocidade, dá mais opções em outro estilo de jogo, não no pé como o Fred. A diferença principal é essa, um é mais profundidade e velocidade, prefere a bola na frente para tentar ganhar na corrida, o Fred é mais pivô e em todas as bolas cruzadas mesmo marcado consegue cabecear, finalizar. São dois jogadores diferentes que podem nos ajudar em todos os jogos.”

Críticas em relação à média de idade do elenco

“Eu acho que é injusto porque até dois jogos antes de voltar a média de idade era a mesma e estávamos muito bem. Éramos o time que tinha feito mais gols na competição, melhor defesa… Isso (crítica) é uma coisa natural porque no futebol você vive de resultado. Mesmo tendo menos tempo de trabalho, se o time estiver desfalcado, eu mesmo tive corona por exemplo e treinei só quatro dias antes do primeiro jogo… Isso não se leva em conta, as pessoas que estão fora não acompanham, não sabem a realidade que vivemos. Mas estamos acostumados, não atrapalha em nada.”

Pressão sobre Odair 

“Não senti pressão com relação ao treinador (antes). Estou vendo agora, depois da volta, de não ter ganho os jogos. Se não tem resultado o futebol é assim mesmo, primeiro que sofre pressão é o treinador. Claro que temos muito o que melhorar, alguns jogadores novos, sistema novo, tem a coisa da pandemia, mas dentro de uma normalidade estão acontecendo nossos resultados. Temos que sempre buscar os resultados, a performance, eu sou muito assim também, mesmo se estiver bem tentar melhorar. Tem grandes chances de ser um grande ano e conquistarmos um resultado muito bom no Brasileiro.”

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Por Explosão Tricolor

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