Fluminense, uma equipe com vocação defensiva




VOCAÇÃOBoa noite, amigos. Hoje, o Fluminense foi derrotado pelo Vasco da Gama, no Maracanã. O resultado me trouxe uma certeza: o Fluminense é uma equipe com vocação defensiva.

O Fluminense alcançou a vice-liderança do Brasileiro e se colocou nessa rodada em posição de assumir a liderança jogando de maneira defensiva. Essa é a grande verdade. A equipe comandada pelo Enderson vinha priorizando a marcação durante as partidas. Infelizmente, para nós tricolores, hoje o time atuou de maneira completamente diferente. Partindo pra cima do Vasco como se não houvesse amanhã, como se o rival não pudesse contra-atacar. Fomos punidos severamente.

Logo após a partida, quando comentei que o Enderson foi infeliz na estratégia escolhida, muitos me questionaram, pois segundo esses torcedores, o treinador tricolor não teve medo, “colocou o time pra cima”. Mas vejam, é preciso ter um pouco de “medo”, a cautela faz parte do jogo e deve ser usada. Quando eu digo que o Fluminense é uma equipe com vocação defensiva, digo isso pelo simples fato de que os nossos defensores não conseguem suportar o time atacando da maneira como aconteceu hoje.

Quando o Enderson entendeu que o Giovanni não deveria apoiar com frequência, o jogador evoluiu. A mesma coisa aconteceu com o W.Silva, que passou a marcar mais. Como consequência, nosso setor defensivo todo evoluiu, pois os zagueiros passaram a ter uma cobertura maior. Foram várias partidas sem tomar gol.

O Fluminense não deve mudar essa filosofia que vem dando certo. A defesa tem que ficar bem postada lá atrás, com a qualidade na frente, a equipe consegue subir em bloco e aproveitar as jogadas de ataque.

E realmente não consigo entender essa aversão dos tricolores pela forma defensiva de jogar. O time do Corinthians, comandado pelo técnico Tite, joga dessa maneira. Conquistou grandes títulos jogando deste jeito. Nos ultrapassaram na tabela jogando assim.

O grande exemplo de equipe que obtém sucesso jogando assim é o Atlético de Madrid, do técnico Diego Simeone. A equipe espanhola joga de maneira compacta e sobe em bloco. Essa compactação com os jogadores próximos, reduz esforços físicos, limita bolas longas e, principalmente, os espaçamentos entre as linhas. Jogando dessa maneira, a equipe do treinador argentino conquistou quase tudo que disputou. Mesmo com limitações técnicas, se comparado aos fortes rivais.

Isso não é algo feio para o futebol, é bonito acompanhar uma equipe competitiva, o Brasileirão pede isso. É preciso manter uma regularidade. O Fluminense estava com essa regularidade. O nosso treinador caiu nas garras do Celso Roth, que, com toda certeza, rezou um bocado para que o Fluminense partisse pra cima da sua equipe. Pois com as duas equipes bem postadas, com estilo de jogo igual, nossa qualidade e superioridade técnica, com toda certeza iria aparecer dentro do confronto.

Vida que segue, amigos. Não existe hora para errar, pois errar nunca é bom. Mas existe uma obrigação para se consertar estes erros. O Enderson precisa definir uma maneira equilibrada para o Fluminense jogar. Existem momentos certos dentro de um jogo onde é necessário se imprimir um ritmo forte no ataque. Mas, o Fluminense pode ser considerado um time de marcação. E repito, isso não é ruim, é trunfo. Podemos não dar show, não fazer placares elásticos, mas essa é a maneira que irá nos colocar competitivos e fortes em busca do Penta.

Por Leandro Alves / Explosão Tricolor

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