Flusócio divulga estratégia que foi passada pela Diretoria




Confira na íntegra, a publicação lançada pela Flusócio, onde ela divulga a estratégia aplicada pela Diretoria para a contratação do novo treinador e a possibilidade de contratar novos reforços:

O Departamento de Futebol tricolor vive uma fase de transição. Uma mudança de modelo após mais de uma década. É uma tremenda responsabilidade nas mãos de Mário Bittencourt e Fernando Simone.

A terra arrasada temida por muitos contrasta com a manutenção da espinha dorsal, com a permanência de ídolos do antigo modelo, mostrando que o clube recuperou a credibilidade que antes só atribuíam ao antigo patrocinador, parte que agora descumpre seus compromissos.

Por outro lado, o primeiro grande teste do novo modelo veio justamente num campeonato onde a FERJ declarou uma guerra aberta ao Fluminense. Um cenário, sem dúvida, complicado.

No início do ano, a manutenção de Cristóvão foi controversa. Um técnico que rapidamente arrumou o time na saída de Renato Gaúcho e comandou algumas partidas com um futebol vistoso e bons resultados, mas que protagonizou também atuações vexatórias em 2014.

No conturbado ambiente da saída do antigo patrocinador, a decisão do Depto de Futebol foi dar uma chance ao Cristóvão. Decisão que o tempo rapidamente mostrou que estava errada, pois o time não evoluiu. Taticamente, o que se viu foi um bando em campo, mesmo contra adversários fracos, e raros momentos de brilho individual.

Era hora de mudar. E a necessidade de saída do Cristóvão era defendida pela maioria esmagadora da torcida já há algum tempo.

Mas entre os técnicos viáveis, qualquer um hoje seria uma aposta. Na impossibilidade financeira de trazer um dos nomes de ponta, a decisão mais fácil seria ir atrás do restrito círculo de técnicos medianos que se revezam entre os grandes clubes, alternando bons e maus momentos. No entanto, alguns nomes desse círculo foram tentados e pediram valores muito altos.

A decisão foi apostar no nome de Ricardo Drubsky. Decisão que, por fugir do óbvio, causa polêmica.

De fato, causa desconfiança na torcida o fato do novo treinador já ter muitos anos de carreira com pouco ou nenhum brilho. Mas o novo técnico é reconhecido no meio do futebol por suas boas ideias sobre táticas de jogo, onde é figura respeitada em congressos de especialistas na parte técnica.

Também é reconhecido pelo bom trabalho na transição de atletas da base para os profissionais. Lançou, por exemplo, Gilberto Silva nos profissionais Atlético-MG. No ano passado, treinando o Goiás, Drubscky apresentou ao Brasil o jovem Erik, goleador do time e eleito a revelação da competição.

Montou ainda o bom time do Atlético-PR que chegou à final da Copa do Brasil em 2013, nas mãos de Wagner Mancini. Ao se classificar para a finalíssima, Mancini reconheceu a importância de seu antecessor em entrevista.

O novo treinador e seu auxiliar vem com baixo custo, tendo o Fluminense a autonomia para escolher o responsável pela preparação física e todos os demais profissionais da comissão técnica.

Em época de responsabilidade financeira imperiosa para os clubes que aderirem ao PROFORTE, medida provisória que prevê o parcelamento de débitos fiscais mas pune com a perda de pontos os clubes que atrasarem salários e direitos de imagem, a aposta em Ricardo Drubscky é de fato conservadora financeiramente, admitida pelo próprio Presidente Peter Siemsen. Mas também abre espaço na folha de pagamento para o Flu contratar mais alguns reforços para o campeonato brasileiro. Esta foi a estratégia passada pela diretoria de futebol à Flusócio.

Restam apenas 4 rodadas nesse campeonato carioca e estamos a cerca de 1 mês para o início do Brasileirão. Há de se dar tranquilidade para o novo treinador trabalhar.

Sua missão será fazer nossa equipe evoluir taticamente, extraindo o melhor dos nossos promissores jovens e permitindo uma melhor avaliação dos nossos reforços. Mas ele também precisará mostrar resultados rapidamente, para vencer a desconfiança do torcedor.

Desejamos sucesso ao nosso novo comandante.”

 Por Explosão Tricolor / Fonte: Flusócio