Vitória para lavar a alma da massa pó de arroz. Apesar de alguns moles individuais, o coletivo funcionou. Na primeira etapa, o Fluminense foi Fluminense. Ou seja, mostrou a sua cara e deu o aviso de que queria ganhar. Postura de gigante. E olha que do outro lado tinha um Bahia reconhecidamente organizado e que luta por vaga no G-6.
Sem Ganso, o setor de meio campo ficou mais dinâmico, mas também ficou mais exposto. Sei que o tema é polêmico, entretanto, não há como fugir do debate e, principalmente, omitir o que ocorreu no Maracanã. Pelo menos nesse jogo, a coisa andou bonita na armação, porém, complicou um pouco na marcação. Nenê errou alguns passes, mas fez grande partida. Já o Daniel foi o dono do time.
O placar de 2 a 0 já na primeira etapa poderia ter sido 2 a 1 ou até 2 a 2, mas aí não é problema nosso. Futebol é bola na rede. E o Fluminense teve a competência para balançar a rede baiana por duas vezes.
Após o intervalo, o Bahia veio com tudo, mas aí apareceu um fator que vem fazendo a diferença no time de guerreiros: Muriel. Esse cara está agarrando muito, muito mesmo. Tomara que faça história com a armadura tricolor.
Três pontos fundamentais numa rodada que terá dois confrontos apenas entre os times do Z-4. Sendo assim, no mínimo, dois dos quatro levarão prejuízo. Dois empates então…
Na humildade do Marcão, que fala a linguagem do elenco, o Fluminense segue sua caminhada. Em termos de números, a performance é inquestionável: 3 vitórias e 1 empate, ou seja, um aproveitamento de 83,33%. Já na forma de atuar, houve o resgate do estilo da época do Diniz, mas com algumas variações, de acordo com o adversário ou situação do jogo. Os confrontos contra o Botafogo e Cruzeiro foram dois bons exemplos disso.
O legal disso tudo é que a arquibancada entendeu o momento do clube, apoiou a escolha pelo Marcão e comprou o barulho. Os 18 mil guerreiros e guerreiras apoiaram durante os noventa minutos. Foi de arrepiar!
A luta continua, galera. E o que é melhor: contra tudo e contra todos, o Fluminense segue mais vivo do que nunca.
Curtinhas:
– Ainda faltam 13 jogos. Não, o penta não vem. Vaga na Libertadores? Muito difícil, mas na Copa Sul-Americana é muito possível. De qualquer forma, o foco de momento é se afastar de vez da zona de risco. Portanto, a torcida tem que comprar o barulho do Fluminense!
– Gilberto teve uma boa atuação e ainda evitou um gol certo do Bahia. Depois de tantos ovos e tomates jogados, chegou a hora de bater palmas pro cara, né? Que continue assim.
– Orinho teve uma atuação digna.
– Sigo achando tiro no pé esse lance de vaiar jogador com a bola rolando.
– Quero agradecer aqui a todos os tricolores que vieram falar comigo no Maracanã. Isso é muito gratificante, pois é a confirmação de que o trabalho está no caminho certo. Reconhecimento do maior patrimônio do Fluminense é prêmio máximo!
Forte abraço e ST
Vinicius Toledo

