Gigante do Beira-Rio é o Fluzão!




Fábio e Thiago Silva (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Gigante do Beira-Rio é o Fluzão! (por Lindinor Larangeira)

Depois da virada épica de 4 de outubro de 2023, novamente o Fluminense fez história no Gigante da Beira-Rio, o belíssimo estádio do Internacional.

A princípio, a escalação assustou um pouco: Thiago Santos na volância, Renê na lateral e o poste Everaldo no comando do ataque. Parecia mais uma daquelas noites de muita raiva para a torcida tricolor. Mas quando a bola rolou, surpreendentemente, o time entregou uma de suas melhores atuações do ano.

Um primeiro tempo taticamente perfeito, jogando e não deixando o Colorado jogar. Com as linhas muito bem compactadas, o Fluminense fechou as laterais do Inter, não dando espaços também para as triangulações centrais dos comandados de Roger Machado.

O primeiro gol surgiu quando, possuído por Paulo Henrique Ganso, Samuel Xavier, fez passe espetacular para conclusão de camisa 9, do 90, Kevin Serna, vice-artilheiro tricolor na temporada.

Na volta do intervalo, era óbvio que os gaúchos iriam buscar o empate. O Fluminense recuou demais, mas mesmo com todo o volume de jogo, o Inter dava pouco trabalho para Fábio, que apenas fez um de seus habituais milagres.

Renato demorou um pouco para mexer, já que era visível o cansaço de alguns jogadores. Quando a pressão da equipe local era mais forte, o Fluminense conseguiu um dos raros contra-ataques e contou com a estrela do treinador, a sorte e a coragem de Paulo Baya, e a colaboração do goleiro adversário. Naquele momento, a partida estava decidida.

Exceto Everaldo, com mais uma atuação bastante ruim, todo o time foi bem, inclusive os jogadores que entraram no decorrer da partida.

Thiago Santos fez uma partida bastante sólida, inclusive com momentos de ousadia, ao dar um lençol em um adversário. Renê foi muito bem defensivamente, embora discreto no apoio. Dos três que me preocupavam antes do início do jogo, só Everaldo não me surpreendeu. Muito esforço, briga com os zagueiros e com a bola, mas pouco agrega à equipe.

Fábio foi sóbrio e seguro, como sempre. Samuel e Guga cresceram bastante sob o comando de Renato. Do Monstro, falar é chover no molhado. Freytes fez um jogo muito consistente, pelo alto e no chão. Teve tranquilidade no passe e me lembrou o bom zagueiro canhoto do Alianza Lima.

Martinelli, o nosso Vitinha, fez outra partida muito boa. Nonato esteve bem na compactação do meio campo. Arias é uma força da natureza. E Serna, embora não seja brasileiro, é alguém que “não desiste nunca”.

Uma vitória gigantesca do Fluzão, no belo Gigante da Beira-Rio.

Agora é virar a chave para o Mundial.

PS1: Paulo Baya? Nunca critiquei… sqn.

PS2: A janela abriu, mas parece que Mário e Angioni continuam dormindo.

PS3: No mínimo, três reforços: primeiro-volante, meia e centroavante.

PS4: Ontem tivemos uma excelente arbitragem. Poderia ser esse o padrão do futebol brasileiro.