Hora de se redimir




Olá, amigos! Não deixemos a luz da esperança se apagar por uma derrota contra o líder do campeonato. Deu a lógica na partida do último domingo: Fluminense perdeu por 2 a 0 para o Palmeiras. Não é o Palmeiras o suprassumo do futebol mundial, mas o estilo palmeirense “casa” perfeitamente com as fragilidades da equipe tricolor.

Time do Fluminense tem a melhor zaga do campeonato, mas sofre quando joga contra ataques muito rápidos. A lentidão de Gum, Henrique e Cicero é um convite a um treinador que escala os times de acordo com o adversário. Talvez aí esteja a diferença entre Cuca e os demais treinadores. Por isso clamei por Cuca quando ele e Levir estavam disponíveis no mercado. Preferiram o Levir e tivemos que assistir duas derrotas para o alviverde paulista por 2 a 0.

Cuca abriu mão de ter um centroavante, injetou velocidade na frente e pressionou o Fluminense quase que o tempo inteiro. Coisa rara de um time conseguir. Na situação adversa em que se encontrava o Fluminense na partida, senti falta de algumas coisas que já me incomodavam faz tempo. 1) Alguém que “cante o jogo” durante as partidas. 2) Alguém que fique indignado no time. 3) Alguém que chame a responsabilidade.

Com certeza você nesse momento pensou no Fred. Não foi minha intenção, mas o centroavante reunia essas três características fundamentais ao time. Existe vida sem ele, mas suas características não podem simplesmente serem descartadas. Há de se encontrar soluções para encorpar o Fluminense nesses aspectos.

Mesmo com tudo isso, o Fluminense poderia ter saído com um resultado melhor. Porque, sejamos sinceros, tivemos uma chance com Wellington que não se pode desperdiçar. Já vi imagens de treinamentos em que ele, numa situação muito parecida, teve calma para definir o lance. Após driblar o goleiro palmeirense e ficar de frente para o gol, quis definir rápido a jogada. Perdeu o gol.

E ainda tomamos dois gols daqueles que dão raiva no torcedor. O primeiro gol palmeirense veio após Cavalieri sair errado do gol (Deficiência técnica do arqueiro tricolor percebida há tempos pelos tricolores e que não é corrigida). O segundo gol foi um misto de azar e falta de atenção: Jean chutou da entrada da área e Wellington Silva estava preparado embaixo das traves para interceptar a bola. Cavalieri no reflexo tentou defender e acabou tirando a bola da cabeça do Wellington Silva. Gol.

Só que o futebol é muito dinâmico. Hoje temos a oportunidade de fazermos tudo isso ser minimizado. Temos um difícil confronto pela Copa do Brasil contra o Corinthians de Cristóvão Borges. Primeiro jogo será na nossa casa: Edson Passos. É para jogar com inteligência e não tomar gols. Com o critério do gol fora de casa é preferível um 0 a 0 do que um 3 a 3 jogando como mandante.

Levir acenou com a entrada de Marquinho no time, na vaga do Marcos Jr. Aprovo com louvor a mudança. Dará qualidade no passe e a possibilidade de arremates a média distância. Corinthians virá tentando fazer o que o Palmeiras fez, mas os volantes que jogarão não dão a dinâmica que os volantes palmeirenses deram.

Enfim… nada como um dia após o outro. Aproveita, Fluminense! Se redimir em grande estilo com um grande resultado hoje será o combustível que o time precisa. A galera vai junto para fazer a parte dela. Façam a de vocês!

Tabelinha:

1- Marquinho brigando com Wellington Silva foi tudo que o torcedor queria ver: alguém que ficasse revoltado. Ganhou a galera.

2- Já estão julgando o Aquino por apenas uma partida? Por isso devem estar segurando o Rojas.

3- Jonathan e sua saga no departamento médico tricolor. Será que sai de lá esse ano?

4- Contando as horas para a partida de hoje. Gosto do campeonato brasileiro como é, mas torneio mata-mata é muito emocionante, mais ainda em se tratar do Fluminense. Então é sempre bom seguir o conselho do Levir de preparar nossas caixinhas de remédios.

Ruan Veiga / Explosão Tricolor