Jornalista critica preço popular do Fla-Flu: “É uma aberração. Uma desmoralização”

Amanhã, no Estádio Nilton Santos, Fluminense e Flamengo disputarão uma vaga para a final da Taça Rio, que será disputada no próximo domingo. O clássico das multidões terá ingressos a partir de R$ 10,00 (preço que será cobrado aos sócios dos dois clubes que terão 75% de desconto). A notícia repercutiu positivamente entre os torcedores dos dois clubes. Considerando os tempos de crise econômica do país e a falência do estado onde diversos funcionários públicos não estão recebendo em dia, a opção pelos preços populares para os sócios da dupla Fla-Flu é algo que pode ser considerado como justo, mas, segundo o jornalista Luiz Fernando Gomes, do portal Lance!, tal medida é uma aberração e uma desmoralização.     

LEIA TAMBÉM: VÍDEO – Em Miami, Conca treina forte na areia sob o comando de Ronaldo Torres e avisa: “No futebol não podemos fechar as portas”

– O que você compra com R$ 10? Cinco panos de chão no ambulante da esquina. É verdade. Mas também pode assistir ao Fla-Flu da semifinal da Taça Rio, segundo turno do campeonato carioca. Parece piada, mas não é. A partir desse valor, os ingressos para o clássico de amanhã no Nilton Santos começam a ser vendidos hoje. É uma aberração. Uma desmoralização. R$ 10 é preço de entrada de jogo de várzea. É um ato de desespero da cartolagem para tentar levar ao estádio um torcedor afastado pelas mazelas de um estadual desinteressante, com jogos mambembes em Brasília ou Cariacica e um regulamento esdruxulo. Não é o ingresso barato, incompatível com o futebol profissional de hoje em dia, com os investimentos do Rubro-Negro para montar um time, e mesmo do Tricolor em crise, que vai resolver essa situação. É, sim, o fim do amadorismo dos dirigentes. É, sim, um calendário decente, um regulamento compreensível. Acima de tudo, é o respeito ao público, aos jogadores, aos clubes. Ao campeonato que já foi o mais charmoso e atraente do país. E que mergulha a braçadas rápidas em um poço sem fundo. Vale comprar os panos de chão. Para uma faxina geral no futebol carioca. E do Brasil – disse o jornalista.