Mário Bittencourt explica parcelamento de premiações pendentes e tranquiliza sobre cláusula de inadimplência




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Por conta da pandemia do novo coronavírus, o Fluminense buscou um acordo com seus jogadores para redução salarial, ao invés de impôr o corte na remuneração. Sendo assim, uma das formas encontradas pelos dois lados foi colocar no papel as premiações pendentes de 2019, conforme o parcelamento descrito abaixo:

– 30% do valor recebido por ter chegado até as quartas de final da Copa Sul-Americana*

*premiação acertada na gestão Pedro Abad

– 10% do valor pela classificação para a Copa Sul-Americana 2020 através do Campeonato Brasileiro**;

**premiação acertada na gestão Mário Bittencourt

– Bicho pelas 12 vitórias conquistadas no Campeonato Brasileiro***;

***premiação negociada na gestão Pedro Abad e acertada na gestão Mário Bittencourt

O valor total se aproxima a R$ 2 milhões, que deve ser quitado antes do final do ano, assim como os direitos de imagem e salários que estiverem atrasados até dezembro. De acordo com a cláusula de inadimplência do acordo, se o Fluminense não honrar os compromissos dentro do prazo, a redução salarial será cancelada. Sendo assim, a direção será obrigada a pagar a diferença que havia cortado dos jogadores.

– Eles aceitaram fazer o acordo (parcelamento) quando tinham valores atrasados. A primeira conversa foi: “Presidente, e os atrasados, como vão ficar?” Falei: “Não consigo pagar agora. Se estou pedindo desconto é porque não tenho dinheiro nem para o salário. Se vocês me permitirem pagar os atrasados do jeito que eu puder…” E eles aceitaram de forma parcelada. Consegui jogar tudo dentro do acordo, fiz um grande parcelamento e ainda com redução. E vou me esforçar muito para tentar cumprir – declarou o mandatário tricolor.

Porém, a cláusula de inadimplência deixou os torcedores preocupados, pois o clube atravessa uma crise financeira que foi potencializada pela quarentena e pela paralisação dos campeonatos no país. Questionado se não foi assumir um risco muito grande com essa condição, Mário Bittencourt garantiu que não e tratou de apresentar a situação pelo lado positivo:

– Eu não me preocupo com a cláusula porque, em caso de não cumprimento, poderemos quitar ao longo do ano a diferença daquilo que eles abriram mão. O Fluminense não está tendo nenhuma penalidade. O acordo foi ótimo, maravilhoso. Estamos tendo um deságio bom nesse momento. Sendo assim, é importante para o clube, que está conseguindo manter os empregos também graças a isso e aos gerentes e diretores que abriram mão espontaneamente de parte de seus salários. Se por um acaso, em razão da enorme dificuldade que o clube atravessa, das penhoras que tem, se a pandemia continuar, aí vamos ter que rever o acordo. Pode repactuar até o meio do ano que vem, enfim… A gente vai se entender. Tenho certeza. Mas se depois de tudo isso, de se entender de novo e não cumprir, pode ter certeza que mesmo assim o Fluminense saiu com algum tipo de resultado positivo porque não tem juros, correção… É o que deixei de pagar parcelado para frente.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: GloboEsporte.com

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