Mário Bittencourt explica porque a venda de Nino para o Tigres não foi sacramentada




Nino (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Venda não foi selada em razão da recusa por parte do Criciúma

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta-feira (07), o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, explicou porque a venda do zagueiro Nino para o Tigres, do México, não foi sacramentada. O mandatário confirmou que o clube mexicano ofereceu US$ 5 milhões pelo defensor tricolor. Dono de 60% dos direitos econômicos do jogador, o Tricolor buscou um acordo junto ao Criciúma, que detém os outros 40%, para receber uma fatia maior do valor. No entanto, segundo o dirigente, o clube catarinense não concordou com os termos do negócio, o que inviabilizou a conclusão da transferência.

– Compramos o Nino em dezembro de 2019. Havia uma opção de compra deixada pela gestão anterior. E faço um elogio ao contrato que foi feito. Achamos que era uma boa opção. Pagamos R$ 5 milhões por 60%. R$ 3 milhões tinha uma dívida que o Corinthians tinha de nos pagar pelo Richard. Não desembolsamos R$ 3 milhões. Repassamos esse crédito. E R$ 2 milhões pagamos parceladamente em parcelas mensais. Assim que voltou da Olimpíada. Até a Olimpíada ele não havia recebido nenhuma proposta. Qualquer proposta depende da nossa anuência e da vontade do jogador. Chegou uma proposta de valores semelhantes à essa do México. Logo depois da Olimpíada. Ele é um grande jogador, grande caráter e pessoa. Tem uma excelente família. Assim que chegou a sondagem, eu o chamei à minha sala. Eu e Paulo Angioni. Eu sabia que o sonho dele era ter carreira fora do Brasil, perto de fazer 25 anos. Ele falou que não queria jogar no mundo árabe. Isso era de momento, falo isso porque as pessoas às vezes mudam. Ele não teve interesse de jogar no mundo árabe. A proposta de salário do mundo árabe naquele momento era bem maior que a do México que chegou agora. Ambas bem acima do que podemos pagar. Ele não priorizava dinheiro e sim projeto. Ele me disse que proposta de Europa, México, América Central, qualquer lugar que ele considere bom para jogar e morar, que eu avaliasse desde que fosse bom para o Fluminense. No dia 22 de dezembro, ele mesmo me ligou e falou que tinha a proposta do México. Falou que era muito boa em termos de salário, projeto, vida, família e que gostaria muito de ir. Eu respondi que se fosse bom para o Fluminense eu cumpriria a minha palavra, como ele sempre cumpriu. Chegou uma proposta final de 5 milhões de dólares por 100% do jogador – disse Mário Bittencourt.
– Para a gente ficaria 3 milhões de dólares (cerca de R$ 16,8 milhões). Eu falei diretamente com ele, seu representante e ao presidente do clube do México, que se eu não ficasse com 4,4 ou 4,5 milhões de dólares (aproximadamente R$ 25 milhões), o Fluminense não faria. E eu precisava que o Criciúma desse anuência. Entendemos que ele vale mais que isso, mas não chegou nenhuma outra proposta e respeitando a vontade de jogador e todas as partes. Inicialmente achamos que o Criciúma iria aceitar. A primeira resposta verbal foi de que tinha interesse. Chegamos a fazer as minutas e em algum momento o Criciúma entendeu que queria um valor maior. O Nino é um dos nossos melhores jogadores, com contrato e gostaríamos que ele ficasse se não houvesse uma proposta. Quando veio a resposta do Criciúma, eu repassei que o Fluminense não faria a venda por ter o controle federativo. Eu liguei pro Nino e ele disse: “Não era para ser, não aconteceu. Sou feliz aí, entendo o senhor. Obrigado pelo empenho por tentar fazer o melhor acordo. Mas eu e minha família somos equilibrados e amamos o Fluminense. Eu me apresento segunda-feira para a pré-temporada”. Se chegar uma nova proposta boa pro Fluminense e para ele. Se as três partes fizerem uma boa equação. Se não, ele segue como nosso jogador – completou o presidente tricolor.



Por Explosão Tricolor

E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com