Não se brinca com gigante

Isso aqui é Fluminense, porra!

Entra ano e sai ano, os caras não aprendem que não se brinca com um gigante. E quando esse gigante é o Fluminense Football Club…

Antes do jogo, alguns comentaristas cravaram que o Palmeiras venceria. Teve gente falando que seria moleza! Sabem nada de história, futebol e, principalmente, do que o time de guerreiros é capaz de fazer quando o seu povo resolve abraçá-lo.

Quem é raiz da arquibancada, com certeza sentiu no esquenta do lado de fora, que a torcida estava com a faca nos dentes.

Dentro do estádio, a torcida cantou com vontade o hino mais bonito do planeta. E também não faltou vontade para xingar o carinha que saiu pela porta dos fundos das Laranjeiras.

No primeiro tempo, com a benção de João de Deus, Júlio César operou dois milagres que fizeram a diferença no final. Mesmo arrebentado de desfalques, com esquema tático ainda engatinhando e algumas peças novas, a rapaziada encarou o Palmeiras de peito aberto sem medo de ser feliz.

Da arquibancada, com a galera da Fiel Tricolor, e depois com a Young Flu, senti uma intensa vibração que parecia ter se perdido há tempos. Torcida cantando sem parar, olhos brilhando e uma exaltação de amor ao Fluminense que arrepiava a alma e acelerava o coração! Não deu outra: de canhota, Gilberto estremeceu o Maraca e incendiou de vez a massa! Que energia da porra, meus amigos!

No segundo tempo, os guerreiros voltaram com garra, entrega e vontade redobradas. Sim, a energia da arquibancada estava tão vibrante, que não tinha como a rapaziada não transformá-la em força para calar as bocas de todos os idiotas da objetividade no final dessa bela história.

Na saída, a massa veio arrepiando pelos corredores do Maracanã. Com a bateria nota dez da Fiel Tricolor, o povão cantou, dançou e gritou para o mundo inteiro ouvir: “ISSO AQUI É FLUMINENSE, PORRA!!!”

Mais uma vez brincaram com o gigante. E como falei no início do texto, com gigante não se brinca.

Forte abraço e Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo

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