Não se brinca com paixão




Não se brinca com paixão (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)



Somente o que sentimos, justifica o que fazemos

Em nossas vidas, há muitos momentos inesquecíveis. Na tarde de ontem, no Maracanã, a vitória do Fluminense sobre o América-MG, que garantiu nossa permanência na Série A, não terá nada de inesquecível. Tudo bem que o Castilho possuiu o corpo de Júlio César, Gum foi herói mais uma vez e o humilhado Richard saiu exaltado como herói por ter feito o gol que garantiu até uma classificação para a Copa Sul-Americana. Sim, isso tudo tem que ser destacado, mas jamais deve ser lembrado como um momento histórico do Fluminense. Na verdade, vivemos um momento pra lá de humilhante.
O Fluminense é gigante para ter que sofrer tanto e, principalmente, ser tão maltratado por uma gestão que fez de tudo para rebaixar o clube para a Série B. O pior foi ver o presidente Pedro Abad aparecer após o jogo como se nada tivesse acontecido e com os velhos papos furados de sempre. Alguém ainda acredita no que ele fala? O que ele conseguiu concretizar de positivo para o clube até hoje?
Sobre o jogo, deu dó. Em pleno Maracanã, vimos o Fluminense ser encurralado por um modesto e esfacelado América-MG. Ainda bem que o tal do “se” não joga. Caso jogasse, o primeiro tempo teria terminado com uma vitória mineira. Não tenho dúvida em afirmar que a FÉ de 35 mil tricolores, que estavam no estádio, entrou em campo e teve uma atuação de gala. Ainda bem que alguém lá de cima se amarra nas três cores que traduzem tradição. A benção João de Deus!
Após o apito final, muita emoção e alívio. Festa? Nada disso. A torcida apenas extravasou todos os tipos de sentimentos. Esse carrossel de emoções da arquibancada é algo que sempre estará acima de tudo e que jamais será destruído. É a essência do torcedor que mantém a chama acesa, apesar de caras como o presidente Pedro Abad e grupos como o da Flusócio teimarem em apagá-la.
Fica a lição para 2019? Pior que não. A luta pelos 46 pontos de 2019 já começou. E será ainda mais difícil. De qualquer forma, fica o recado: NÃO SE BRINCA COM PAIXÃO!
Vinicius Toledo