O Fluminense não aprendeu com 2013




Devolvam nosso Fluminense (Foto: Divulgação)
Devolvam nosso Fluminense (Foto: Divulgação)

Já passou da hora de enquadrar todo mundo no Fluminense. 

De 11 de novembro de 2012 até o presente momento, nunca mais vimos um time vibrante, guerreiro e que nos enchesse de confiança a ponto de batermos no peito e gritarmos para o mundo inteiro que o Fluminense é foda!

Infelizmente, ao longo dos últimos três anos, tivemos somente decepções e grandes humilhações.

Como esquecer do rebaixamento no campo de 2013? Sim, apesar da lambança do Flamengo, que acabou nos salvando, o Fluminense foi rebaixado no campo. 

E o ano de 2014? Quando a diretoria teve tudo para fazer de 2014 um ano para trazer a torcida de volta, com um discurso inflamado após o massacre promovido pela opinião pública de um sistema cada vez mais sujo e covarde, vimos um Fluminense com o famoso “mais do mesmo”. Mais porradas e humilhações. Como esquecer das goleadas para os reservas do Botafogo, América-RN e Chapecoense? Até eliminação para o Goiás na Copa-Sul-Americana rolou. E isso tudo com um senhor elenco. 

Veio 2015 e todos os setores do clube se conscientizaram que era um ano especial e que a paz deveria reinar nas Laranjeiras para que o clube pudesse encarar a nova realidade de andar sozinho sem o milionário apoio do antigo patrocinador. 

Cristóvão Borges foi mantido mesmo não arrumando nada no ano anterior, e o Fluminense contratou um pacote de reforços, sendo que a maioria pertencia a um empresário. Dos sete contratados, somente o Vinícius deu certo. No Estadual, um fiasco, mas a diretoria, que diga-se de passagem, possui elevado grau de complexo de vitimização, colocou a culpa somente na FERJ. Vale lembrar a maior invenção de todos os tempos nas Laranjeiras: a contratação do treinador Ricardo Drubscky na reta final do Estadual. 

Veio o Campeonato Brasileiro e as perspectivas não eram nada boas. Logo na segunda rodada, um sacode e a demissão do tal do Drubscky. Chegou o Enderson Moreira e o Fluminense reagiu com a garotada comandada por um inspirado Fred. A arquibancada foi no embalo e o time engrenou.

A coisa estava bonita, mas alguns sinais de sapato alto já eram visíveis, em especial, do nosso vice de futebol, que estava mais preocupado em aparecer mais do que os próprios jogadores. As imagens da Flu TV confirmam isso. Ele tem todo o direito de querer ser presidente do Fluminense, mas antes da eleição, temos este ano e um 2016 inteiro para encarar. O Fluminense é coisa séria e tem que estar acima de qualquer interesse pessoal. Não adianta querer mudar o destino. Fama e reconhecimento são coisas que chegam naturalmente. O Sr. Pedro Antônio, vice de operações especiais, que está tocando as obras do CT, é a maior prova disso. Este sim, tem feito a parte dele com total competência, a ponto de tirar do próprio bolso só para acelerar o sonho de um Fluminense mais forte em termos estruturais.

Infelizmente, o Fluminense desandou. E desandou feio. Culpa de quem? Ronaldinho Gaúcho? Flapress? Apito? Sistema? Cícero? Gum? Gerson? CBF? Oposição? Ex-patrocinador? Enderson Moreira? Torcida? Fred? Quem será o próximo Cristo? 

Não adianta mais tapar o sol com a peneira. O presidente Peter Siemsen tem que tomar alguma atitude interna. O Fluminense está sem comando, sem direção e totalmente perdido. Considerando o nosso histórico, digo com total certeza: entramos na briga para não entrar no Z-4. Podem me xingar à vontade, mas essa é a realidade. 

Nove derrotas em doze jogos é caso de INTERVENÇÃO EXECUTIVA em todo o Departamento de Futebol do clube. O Fluminense precisa de profissionalismo e, principalmente, de um verdadeiro choque de ordem. O futebol tem que ser cuidado por quem entende do assunto e não pode servir como trampolim político.

Solução? Quem está lá dentro tem que apresentar uma. Será que 2013 não serviu de aprendizado? Deveria ter servido. De qualquer forma, seguem algumas dicas:

1 – Troque o treinador amanhã. Se não tem boa opção no mercado, tente o treinador do time sub-20. Mas chega de piada do Posto Ipiranga.

2 – Sobre os medalhões, só quem está lá dentro, sabe o que está ocorrendo. O grande problema de afastá-los é o seguinte: quem pagará a conta? Como fica a situação do Ronaldinho Gaúcho que tem contrato até o final de 2016? Se for para “rachar geral”, que rache, pelo bem do Fluminense, mas alguém terá que pagar a conta, que diga-se de passagem, não é das mais baratas.

3 – Exija treinamento em período integral. E quando for somente em um turno, que seja realizado de manhã cedo para que os jogadores pensem duas vezes antes de invadirem as noitadas do Rio. Se alguém pisar na bola, rua! 

4 – Faça uma promoção nos ingressos. Já deveria ter feito para o duelo com o Grêmio pela Copa do Brasil. Em 2009, isso deu certo. 

No mais, só peço uma coisa: DEVOLVAM O NOSSO FLUMINENSE. Aproveito para avisar: não fugirei da dividida. Me pediram apoio e que eu pegasse leve. O apoio foi dado e com frequente presença no Maracanã. Chegou a hora da cobrança em todos os sentidos. Não é política ou interesse pessoal, é simplesmente o nosso Fluminense que está correndo um sério risco. Chega de vaidades, alienações, orgulhos e máscaras. A hora é de ATITUDE. E tem que ser para agora, pois a bola pune. E pune sem dó nem piedade.

Saudações Tricolores

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor