Os três trabalhos de Mano Menezes




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.

Os três trabalhos de Mano Menezes (por Lindinor Larangeira)

A expressão de “tanto fez, tanto faz” no rosto de Mano Menezes, após a inaceitável eliminação do Fluminense na Copa do Brasil e na vexatória queda na Libertadores, só reforçaram a impressão de que, mesmo com três trabalhos a fazer, o único em que vai ser cobrado a entregar o combinado é o de evitar o rebaixamento.

Agora, ele pode se concentrar na tarefa.  Uma batata muito quente deixada por Fernando Diniz, que Mano Menezes conseguiu esfriar um pouco, mas continua em alta temperatura.

Faltam 12 jogos e a conta para os teóricos números salvadores, quase sempre 45 pontos, é de seis vitórias. E essa conta tem que começar neste domingo. Não dá para deixar, mesmo fora de casa, de conquistar três pontos contra o lanterna e talvez o pior time do campeonato.

Outro jogo no campo do adversário em que a vitória é fundamental,  é um triunfo sobre o Vitória. Com isso, teríamos de ganhar, pelo menos, mais quatro jogos, tendo, com todo o respeito, a Cuiabá e Criciúma,  a obrigação de vencer no Maracanã.

Temos também, confrontos perfeitamente acessíveis contra times de camisa pesada, como Cruzeiro e Grêmio. Outra partida que temos o dever de ganhar é o jogo atrasado contra um clube de província, que virou potência continental.

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O que não podemos fazer é deixar para resolver a nossa vida na última rodada, enfrentando um Palmeiras que pode estar a uma vitória do título.

Essa situação crítica parece ter sido descoberta apenas agora pelo atual presidente do clube. Mário Bittencourt tem uma estranha blindagem, quase uma simpatia, por parte da grande mídia. O mandatário apareceu no noticiário pedindo apoio da torcida, mas não teve a dignidade de pedir desculpas. Desculpas pelo péssimo planejamento. Responsável pela caótica temporada.

Se a imprensa esportiva carioca é, com raras exceções, omissa e reprodutora de declarações, não sei ainda o que mais caracteriza esse personagem tão reverenciado pelos veículos de comunicação: a incompetência, a arrogância ou a vaidade. Talvez a última, que lhe valeu o sugestivo apelido de “pavão”.

Voltando ao treinador, que, pelo menos, consiga evitar o desastre. Não entregou dois dos três trabalhos, que, creio, não faziam parte do acordado com a direção.

Agora, Mano, cada jogo é uma decisão e “gestão de vestiário” é colocar quem estiver melhor em campo.

A conta reversa começa neste domingo. É vencer ou vencer.

PS1: Gabriel Pires e Renato Augusto até dezembro do ano que vem? É planejamento que chama?

PS2: Terans até dezembro de 28? É planejamento que chama?

PS3: Quando a imprensa vai acabar com essa estranha blindagem de Mário e fazer jornalismo de verdade?

PS4: Quando Angioni vai se aposentar?

PS5: O que fez Fred como dirigente?