Planejamento é a chave para a vitória, Fluminense!




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.

Planejamento é a chave para a vitória, Fluminense! (por Lindinor Larangeira)

Planejar significa orientar ações presentes e futuras, visando atingir um objetivo, reduzindo as incertezas do futuro, possibilitando a tomada de decisões de forma antecipada sobre situações que poderão ocorrer. O planejamento é essencial para estabelecer uma direção clara para a organização, maximizar recursos, minimizar riscos, coordenar esforços, adaptar-se a mudanças e alcançar resultados.

Tudo o que o Fluminense não teve na atual temporada foi um planejamento consequente. Como o espaço que me foi cedido pelo Explosão Tricolor é um lugar de críticas e análises, mas também de sugestões para o fortalecimento de um clube tantas vezes campeão, vamos pontuar algumas questões, pensando no ano de 2025. Antes de ser um esboço de planejamento, neste texto, quero apenas levantar alguns pontos para reflexão.

Na próxima temporada, o clube terá o estadual, duas competições nacionais e duas internacionais. O Carioca, a Copa do Brasil, o Brasileirão, a Copa Sul-Americana e o Super Mundial da Fifa. Planejar para não ser apenas um pálido figurante nessas competições é preciso. Afinal, o planejamento é a chave para a vitória, Fluminense!

Antes de virada do ano, a barca tem que zarpar

O elenco tem que ser repensado. As oito contratações do início de 2024 se revelaram desastrosas. Alguns jogadores que têm contrato se encerrando no final deste ano não podem ter seus vínculos renovados. É limpar a área e enxugar a folha de pagamentos, dando espaço para contratações de melhor nível. Assim, Felipe Alves, Felipe Melo, Manoel, Diogo Barbosa, Marquinhos, Lucumí e, acredite, Yoni Gonzalez, não podem ter seus contratos renovados com o clube.

Sobre Felipe Melo, merece uma placa em homenagem pelos serviços prestados, discurso de agradecimento do presidente e a porta aberta para voltar, em breve e ocupar uma função no clube. Quem sabe, aquela que o Fred não deu conta?

Renato Augusto e Gabriel Pires têm contrato até o final de 2025. O clube deveria tentar uma rescisão amigável, que, por óbvio, não será aceita pelos atletas, ou algum clube interessado no futebol deles, o que parece também improvável. Já o vínculo de Antonio Carlos vence no final de 2026. O zagueiro participou de poucos jogos. Na maioria não comprometeu. Se não se conseguir um empréstimo para esse jogador, pode ficar para compor elenco.

Terans, que tem contrato até o final de 2028 e foi adquirido por R$14 milhões, poderia ser envolvido em alguma negociação. Tem mercado no futebol continental, sobretudo no Uruguai. Sobre essa transação, que avalio como um gravíssimo erro de planejamento, já que a maior prioridade no início do ano era a reposição de Nino, a título de comparação, Savarino, um dos destaques do Botafogo na temporada, foi adquirido por R$ 11 milhões pelo alvinegro. Portanto, mais do que a lógica do “é só dinheiro”, competência é um critério que gera resultados.

Elenco enxuto é o cacete…

“Gosto de trabalhar com elenco enxuto”, disse Fernando Diniz, no início de 2024. A frase é de uma infelicidade, de uma imprevidência e de uma falta de visão absurdas para um time que teria um calendário desafiador, incluindo no caminho uma Libertadores.

O elenco para 2025 tem que ser mais encorpado, jovem e forte física e tecnicamente. Incorporar nossos moleques da base e contratar alguns destaques da temporada, no Brasil, no continente e prospectar o mercado internacional. Esse é o caminho.

O treinador deve ser mesmo Mano Menezes, dentro da política do “mais do mesmo” da diretoria.
Cuca seria uma opção mais ousada, dentro da mesmice do futebol brasileiro. Juan Pablo Vojvoda ou Gustavo Quinteros, treinador do Vélez, poderiam trazer algo de novo, diferente do hype by Mário. Cuca seria difícil pela visão woke da direção tricolor. Vojvoda é uma espécie de rei em Fortaleza. Dificilmente viria. E Quinteros deve desembarcar no Porto de Santos.

Um treinador que me chamou a atenção pelo bom trabalho no Brasileirão foi Thiago Carpini.

Transparência

Um dos episódios que demonstrou a total ausência de transparência da atual direção foi a venda, por debaixo dos panos, de Luiz Henrique. A transação foi noticiada, a princípio pela imprensa estrangeira, já que o jornalismo esportivo nacional se transformou em entretenimento, ou, com raras e honrosas exceções, em verdadeira tragédia.

As estranhas transações de jogadores da base. As pedaladas no balanço. O “equacionamento da dívida”, e, mais recentemente, o tema SAF, são assuntos que parecem verdadeiros mistérios. Dignos de Agatha Christie.

E o que falar das constrangedoras, de parte a parte, coletivas do mandatário? Com pronunciamentos extensos e laudatórios, no melhor estilo “Rolando Lero”?

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Em coletiva de verdade não existe veto a mídias independentes. Não lembro de qualquer participação de alguns veículos, como NetFlu e Explosão Tricolor, nas coletivas deste ano. Parece haver uma seleção de mídias amigas. Aquelas que fazem verdadeira blindagem dos erros da gestão, terceirizando os equívocos. Que não são poucos.

Que em 2025, o clube não seja uma caixa-preta, mas uma entidade que preste contas ao torcedor.
Aliás, outro mistério insondável de Álvaro Chaves 41 é: o que faz o principal dirigente de futebol do Fluminense, o venerável senhor Paulo Angioni? Alguém sabe?

Relação com a torcida

Transparência e respeito é o que a torcida exige. Quem assina os cheques é a diretoria, mas, ao fim e ao cabo, quem paga as contas é o torcedor. Além de um ser movido pela paixão, tem que ser entendido também como cliente. E o cliente tem sempre razão.

É preciso aprimorar a comunicação com a torcida, o marketing do clube e o programa Sócio-Torcedor.
Uma singela e simples sugestão é a iniciativa realizada por diversas empresas, o “café com o presidente”. Essa ação tem baixo custo e aproxima bastante o colaborador da alta liderança, no caso das corporações. Em se tratando do clube, os sócios poderiam ser sorteados, participar de um bate-papo e um café com os dirigentes, visitar o museu e conhecer o clube. O marketing poderia formatar melhor essa ideia.

Outro ponto importante é manter o setor popular nas arquibancadas, para atrair o torcedor de mais baixa renda, não apenas nos momentos de sufoco.

Sugestões de contratações

Um elenco mais equilibrado para enfrentar uma temporada longa e desgastante. Com mais de um jogador para cada posição, sem grandes desníveis. O melhor exemplo desta temporada é o Botafogo.
Perdemos pilares do elenco, como Nino e André. Em 2025, Arias deve partir. Fábio, Ganso, Cano, Keno e Thiago Silva, atletas fundamentais, estarão um ano mais velhos. Kauã Elias é pretendido por clubes do exterior, e dizem que Martinelli também. É preciso pensar proativamente. Neste sentido, a partir do que vi na temporada, segue uma lista com vários atletas que poderiam, alguns deles, reforçar nosso time na temporada 2025. A relação é extensa e apresenta mais de uma opção por posição. Penso que, no mínimo, um time inteiro deveria ser contratado, e com menos recursos do que na atual temporada. Portanto, não se pode errar nas escolhas.

Segue a lista.

Goleiros:

Rafael Romo – (Universidad Católica do Equador – seleção da Venezuela); Gustavo (Criciúma); Gabriel (Juventude); Walter (Cuiabá); Tadeu (Goiás).

Laterais:

Martirena (Racing); João Pedro (Grêmio); Lucas Piton (Vasco); Juninho Capixaba (Red Bull Bragantino); Lucas Esteves (Vitória); Frank Fabra (Boca Juniors).

Zagueiros:

Wagner Leonardo (Vitória); Freytes (Alianza Lima); Ferraresi (São Paulo – seleção da Venezuela); Danilo Boza (Juventude).

Volantes:

Nardoni (Racing); Fernando Sobral (Cuiabá); Lucas Evangelista (Red Bull Bragantino); Hércules (Fortaleza); Fabinho (Palmeiras).

Meias:

Lanzini (River Plate); Quintero (Racing); Vina (Al Jubail); Matheuzinho (Vitória).

Atacantes:

Alerrandro (Vitória); Soteldo (Grêmio – seleção da Venezuela); Mastriani (Athletico); Lucas Barbosa (Juventude); Cuello (Athletico); Pitta (Cuiabá); Bolasie (Criciúma); Cannobio (Athletico).

Creio serem nomes melhores do que os que foram apresentados como balão de ensaio, durante esta semana.

E você? Tem sugestões também? Cartas para Mário Bittencourt, Rua Álvaro Chaves, 41, Laranjeiras.

PS1: #ForaAngioni

PS2: #SAFComMarioCEONAO

PS3: Igor Rabello? Depois de Gabriel Pires ainda querem reforçar o DM?

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