Planejamento no Fluminense: aprenda a construir a casa pelo teto




Mário Bittencourt (FOTO: LUCAS MERÇON/FLUMINENSE F.C.)



Salve, aristocrática torcida tricolor! Volto essa semana para perguntar ao amigo tricolor o seguinte: Por quê o Fluminense está “planejando” seu elenco sem a confirmação de um nome para treinador definido? Como jogadores recebem ofertas, fecham contratos, sem o comando técnico oficialmente anunciado? Os amigos concordam que isso é, no mínimo estranho, e no máxmo, um absurdo? Ah, Vitor, mas o técnico já está “acertado”, só falta anunciar… por quê não anuncia então, qual medo? Pois bem, esse “modus operandi” da direção de futebol do clube, na verdade, escancara o que os mais atentos já perceberam há tempos: o Fluminense é uma “egocracia”, ou seja, tudo é definido por apenas UMA pessoa. 

Influencers, youtubers, twiteiros e afins lotam nossas redes sociais de “possíveis reforços”, “sondagens” e “monitoramentos”, mas como, se não temos técnico? Mais uma vez a resposta está na gestão atual: o personalismo e o clientelismo escanteiam a possibilidade de uma condução profissional do futebol. Na prática, fica escancarado que QUALQUER nome que vier a trabalhar no Fluminense atual, deverá se submeter à este estado de coisas. Chegará para ser uma pequena parte da engrenagem, e não para controlá-la, suas ações serão limitadas por escolhas alheias e pré-definidas. Terá de se enquadrar, e no máximo, servir de escudo.

Na minha visão, o caminho deveria ser o inverso, profissionalizar o departamento de futebol, acabar com o fisiologismo e o paternalismo atuais, e se criar uma cadeia clara de comando, definida por questões puramente técnicas. Os exemplos de trabalhos vitoriosos no futebol brasileiro atual seguem essa cartilha, treinadores precisam de autonomia e segurança para tomar suas decisões, e não podem ser “reféns de elenco”, somente assim a empreitada pode dar certo, somando-se à isso, claro, a aposta em um nome de peso, que possua uma visão definida de futebol e que se adeque à realidade do clube: poucos investimentos e muita, mas muita atenção à base. 

Enfim, torço para que mesmo com as falhas, possamos montar um elenco competitivo, à altura das tradições do FFC.

Óbvio Ululante…

– Vejo a movimentação do Flu no mercado e me preocupo com a ausência de um meia de criação, nossa principal carência.

– Não tenho nada contra veteranos, mas por quê os que chegam estavam sem espaço no times de origem? Vale essa relfexão.

– Nossa busca deveria passar pelas laterais, meia e comando de ataque.

– Nenhum planejamento deveria escantear a importância dos moleques de Xerém.