Podia ser melhor, mas a vaga será nossa!




Amigos Tricolores, o jogo de ontem não começou no apito do juiz. Ele apenas anunciou o prosseguimento de um embate que se recusa a acabar. Teve apenas um intervalo de 8 anos…

É um confronto agitado, literalmente de altos e baixos, eis que jogado algumas vezes na altitude de 2.850 metros de Quito e outras no Maracanã, ao nível do mar.

Foram na verdade 7 confrontos, e temos agora 4 vitórias, 1 empate e duas derrotas.  Fizemos 11 gols e sofremos 10. O problema é que temos uma conta a acertar com o adversário, a Liga Desportiva Universitária, time equatoriano que nunca nos venceu no Maracanã, nem empatou, mas saiu daqui duas vezes comemorando títulos, uma com vitória nos pênaltis depois de perder por 3 x 1 e outra depois de tomar um 3 x 0 no lombo.

O Fluminense fez seu 31º jogo pela Copa Sul-Americana, em sua sexta participação. E o time nunca perdeu com o mando de campo! Completou uma invencibilidade de 16 jogos em casa na competição. Isso sem falar numa invencibilidade construída desde 5 de agosto de 1985, no Maracanã, sem perder jogos no estádio valendo por competições sul-americanas. A última derrota foi para o Argentino Juniors, por 1 x 0, e eu estava nesse jogo. Também estive nas 4 vitórias sobre a LDU.

Ontem foi um jogo escamado, difícil… Como das outras vezes, o time deles veio para fazer o antijogo, com muita cera, catimba, jogo violento, e infelizmente mais uma vez a conivência de um fraco apitador, paraguaio, que deixou o time adversário distribuir pancadas e deu cartões só em alguns casos, e para o Flu também os distribuiu, por eventual reclamação ou por nada… Resultado: Henrique Dourado está fora do jogo da volta, e até agora não entendi o motivo do cartão.

Se é verdade que dessa vez não temos um time tão forte quanto aqueles que decidiram a Libertadores de 2008 e a Sul-Americana 2009 contra a LDU, também é verídico o fato de que o time deles é bem mais fraco, antepenúltimo no limitado campeonato equatoriano e candidatíssimo ao rebaixamento, atrás, inclusive, do nosso recente adversário Universidad Catolica de Quito, convenhamos, um timeco.

E mais uma vez um pênalti muito claro não foi marcado no confronto, assim como naquela final safada de 2008, quando aquela ratazana argentina não marcou a falta em Washington dentro da área, quando arrancava para o gol. Ontem um zagueiro meteu a mão na bola, esticando o braço, e o paraguaio deixou seguir a jogada.

No final do jogo de ontem, após um festival de ceras, o apitador deu ridículos TRÊS minutos de acréscimos, e só estendeu depois para quatro porque teve mais cera dentro dos acréscimos.

Tenho, porém, uma certeza, em se tratando de Fluminense, e também em muitas situações na minha vida: no final tudo dará certo! Se uma situação não ficou bem, é porque ainda não chegou ao seu final…

EMBAIXADINHAS:

– Bacana a participação da torcida, que compareceu e garantiu um dos maiores públicos tricolores nos últimos anos em jogos de uma torcida: 45.977 presentes, para 42.270 pagantes. É como se muitos entendessem da mesma forma que eu, comparecendo para ver a continuação de um jogo que efetivamente recusou-se a terminar.

– Júlio César fez sua primeira defesa aos 26 do segundo tempo, mas também é verdade que o goleiro adversário mal foi testado, com muitas conclusões para fora.

– Bela cobrança de Gustavo Scarpa, que fez seu primeiro gol de falta no ano, o segundo do Fluminense (Sornoza já fez um).

– A zaga foi a reserva ontem, com Henrique e Renato Chaves vetados. Reginaldo ainda se recupera de contusão, e sobraram Frazan e Nogueira. Contundido durante o jogo, Frazan saiu para a entrada de Marlon Freitas, improvisado na zaga.

– Douglas mostrou boa movimentação e vem tentando pegar bom ritmo, e Sornoza vai voltando aos poucos. Aguardo ansioso pela boa forma dos dois, que serão muito úteis na arrancada que espero do Fluzão.

– Robinho entrou bem no jogo, fez boa jogada e parece que será muito útil, mas domingo ainda tem que cumprir suspensão pela expulsão atabalhoada da estreia.

O que é seu está guardado, LDU!  O Flu não fez questão de ganhar A Liga… Mas com certeza quer, e muito, ganhar DA Liga… Se Liga!  A vaga será nossa!

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE:  SÓ DÁ NENSE!!! 

A crônica de hoje dedico ao meu grande amigo José Carlos, tricolor apaixonado, amigo das arquibancadas, dos eventos, das peladas, do grupo de whatsaap Apaixonados pelo Flu, criado por ele. José Carlos está internado, mas recupera-se bem de uma cirurgia, e com certeza breve estará nas arquibancadas do Maraca novamente acompanhando nosso Fluzão.  Estamos contigo, Zé! No final, tudo dará certo! 

Por PAULONENSE / Explosão Tricolor

Tenho fé que a vaga será nossa! (Foto: Lucas Merçon / Fluminense)