Portal lista possíveis motivos para o jejum de vitórias fora de casa do Fluminense




Keno (Foto: Foto: Lucas Uebel / Grêmio)



Fluminense não vence fora de casa há dez jogos

Fluminense encerrou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro com a sua pior campanha fora de casa nos últimos 10 anos, somando apenas sete pontos de 27 possíveis. No entanto, o time tricolor segue disputando na parte de cima da tabela por conta de seu desempenho como mandante (invicto em 10 jogos).

A última vitória do Fluminense longe de casa foi no dia 10 de maio, contra o Cruzeiro no Mineirão. Na ocasião, o Tricolor venceu por 2 a 0 com gols de Ganso e Germán Cano. Deste então, são mais de três meses sem vencer fora, isso considerando todas as competições. Diante deste cenário, o portal “Lance!” destrinchou os números do time de Fernando Diniz no Campeonato Brasileiro para encontrar possíveis razões que expliquem o baixo rendimento.

Defesa frágil longe de casa

Primeiramente, olhamos para a defesa tricolor. Ao analisarmos a estatística de gols esperados permitidos (xGA), a diferença nos números é exorbitante. Em casa, o Fluminense cedeu um total de 7.2 xGA em 10 jogos, a segunda menor marca entre os 20 times (atrás apenas do Palmeiras). Já fora, a situação é oposta: são 17.8 xGA em nove partidas, sendo a segunda pior defesa no quesito em todo campeonato.

A estatística de gols esperados é uma métrica que soma as probabilidades de cada finalização ser convertida em gol. Ou seja, quanto mais provável de um chute entrar, mais “esperado” ele é e, assim, pode-se analisar o quanto um time cria (xG a favor) ou permite chances (xG contra/permitidos). O modelo de gols esperados utiliza uma base de dados com milhares de finalizações de características semelhantes àquela avaliada para fazer o cálculo da probabilidade de conversão.

Ausências no setor defensivo

Uma das razões para os números ruins da zaga é a quantidade de desfalques. Nos seis jogos disputados como visitante desde a vitória sobre a Raposa, o Flu não teve o quarteto titular completo em nenhum. Marcelo, com lesão na panturrilha, ficou fora dos jogos contra Botafogo e Corinthians; no empate com o Goiás, Samuel Xavier e Felipe Melo estavam suspensos; contra o São Paulo, Nino foi quem ficou fora, também por suspensão, e no último domingo, na derrota para o Grêmio, Felipe novamente não jogou.

Erros individuais

Além das ausências, outro motivo para a sequência ruim são os erros capitais. Durante as seis partidas citadas, o Fluminense levou três gols após perder a posse na defesa. Diante do Corinthians, Ganso forçou um passe que, após ser interceptado por Gil, gerou o contra-ataque para o primeiro gol dos paulistas; contra o Goiás, Martinelli foi quem falhou, perdendo controle da bola e sendo desarmado por Palacios, em lance que originou pênalti para o Esmeraldino; por último, mais um erro de PH Ganso, desta vez contra o Grêmio, errando outro passe que levou ao gol da virada dos gaúchos.

Bola aérea

A bola aérea também é enorme preocupação na defesa tricolor. Dos 10 gols sofridos no período analisado, seis vieram pelo alto. O gol da vitória do Botafogo, marcado por Victor Cuesta, e o de empate do Goiás, por Alesson, tiveram origem em escanteios. Os dois de Róger Guedes, pelo Corinthians, foram de cabeça. Além disso, contra São Paulo e Coritiba, o time também sofreu gols originados de cruzamentos.

Pontaria em falta

Já no ataque, o problema está na pontaria. Nas seis partidas analisadas, o Fluminense finalizou 76 vezes, acertando o gol em apenas 34 oportunidades, cerca de 45%. No quesito bola na rede, foram apenas três no período. Ou seja, arredondando, o Tricolor faz um gol a cada 25 finalizações. É inegável que, mesmo fora de casa, o time de Fernando Diniz continua tendo a bola e criando chances, no entanto, falha em converte-las em gols.