Pressão para vencer o Fla-Flu, preocupação para o confronto contra o Cerro Porteño, situação de John Kennedy e muito mais: leia a entrevista coletiva de Roger Machado




Roger Machado (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Roger Machado concedeu entrevista coletiva no Estádio Raulino de Oliveira

Após a derrota do Fluminense por 4 a 1 para o Athletico-PR, na tarde desta quarta-feira (30), o técnico Roger Machado concedeu entrevista coletiva no Estádio Raulino de Oliveira. O treinador tricolor falou sobre o revés sofrido por sua equipe, pressão para vencer o clássico contra o Flamengo, preocupação para o confronto contra o Cerro Porteño, situação de John Kennedy e muito mais. Leia a íntegra abaixo:

Derrota para o Athletico-PR

“É um dia de tristeza, reflexão… Imagino que o torcedor esteja muito decepcionado. Nós todos estamos. Às vésperas de um clássico, cria-se um ambiente de extrema pressão, mas nós temos que saber lidar com isso e trabalhar. Juntar os nossos cacos, lamber as feridas, tirar os ensinamentos e olhar para frente.

É um dia de muita reflexão em função do resultado elástico, mas principalmente da atuação distinta em dois tempos. Um primeiro tempo que, além de ter saído na frente, a gente conseguiu criar muitas oportunidades para ampliar e colocar uma condição mais confortável na partida. Embora o primeiro tempo tenha acabado 1 a 1, nós produzimos muito de uma forma até que não vínhamos produzindo.

E um segundo tempo, principalmente a partir do segundo gol do Athletico, que nós perdemos o controle da partida e acabamos com o placar elástico, que se traduz pelo segundo tempo, mas não por esse primeiro tempo que poderíamos ter saído na frente.”

Substituições

“Coincidência ou não, depois das mexidas o Athletico ganhou o controle do jogo. Até aquele momento, mesmo a partida parelha, o Athletico estava tomando mais as ações, chegando mais perto do nosso gol. As mexidas foram para a gente ter um controle maior do jogo no meio de campo com o Paulo (Henrique Ganso) e colocando o Kayky para ter profundidade e vitória pessoal pelo lado, empurrar novamente o Athletico para perto de seu gol e criar mais oportunidades. Mas nesse momento, de fato, o Athletico ganhou campo na nossa defesa e, em bolas de inversões, conseguiu a virada.

Depois, novamente com outras mexidas, a gente conseguiu com dois centroavantes, com o João (Neto) e Fred, voltar para o jogo um pouco, mas não foi o suficiente. Nos contra-ataques, o Athletico acabou sendo fatal.”

Marcação do lado direito ficou sobrecarregada com Cazares?

“Se um setor do time fica sobrecarregado em função da característica do adversário temos que nos resguardar. E no primeiro tempo, sobretudo, as jogadas mais fortes do Athletico foram por aquele lado. Eu tenho a perna de marcação mais forte, que é com o Yago, da perna do tripé e também um jogador de beirada, que atua naquela função, que hoje foi Cazares e, depois, o Kayky. Os jogadores individuais daquele setor foram vencidos em sua maioria.

Optamos por trocar a peça para empurrar o Athletico para dentro do seu campo, colocando um jogador mais ofensivo ao invés de um mais defensivo e perder a criatividade. Não foi um bom dia daquele setor, mas buscamos neutralizar aquele lado, colocando jogadores que pudessem empurrar o lateral para dentro do campo, para que pudesse haver uma dobra de marcação com Calegari em um momento defensivo.

Hoje, infelizmente não aconteceu. A gente agora busca motivar, lamber as nossas feridas, esse grupo busca sempre a recuperação de jogo para o outro. Hoje nos damos direito de nos sentirmos decepcionados, mas a partir de amanhã já temos que erguer a cabeça, motivar todo mundo, porque no final de semana tem clássico. Além do clássico, tem Libertadores e Copa do Brasil na sequência, e a gente tem que estar com a moral alta.”

Ausências e utilização de garotos da base

“Com as ausências no dia de hoje, as opções foram pelo (Matheus) Martins, que entrou muito bem no jogo, assim como o João (Neto). Jogadores jovens que nós temos que lançar mão, por vezes passando na frente de outros jogadores para ter como peso de opção, tendo em vista que alguns dos nossos jogadores mais jovens também não atravessam bom momento tecnicamente, como foi o caso do Luiz (Henrique), recuperá-lo de fora da relação, deixando a parir do treino recuperar sua confiança.

São as opções que nesse momento eu tive que lançar mão e que no dia de hoje acabaram não surtindo efeito as substituições. Essa responsabilidade é sempre do treinador, os jogadores buscaram sempre fazer o melhor, se esforçaram, jogaram com a sua qualidade, mas de fato o Athletico conseguiu levar vantagem nas substituições que as fez.”

Situação de John Kennedy

“Com relação ao John (Kennedy), ele está voltando depois da Covid, recuperando-se.”

Pressão para vencer o Fla-Flu

“Às vésperas de um clássico, penso que esse resultado mexe muito com a gente, pelo jogo e pelo placar. E no final de semana a gente tem um clássico importante. Essa instabilidade com Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil Libertadores acabam tirando um pouco dos trilhos o trabalho, que a gente espera retomar com saída de jogadores também do departamento médico, para gente buscar mais opções para esse clássico. Não tenha dúvida que o único clássico que a gente tem para disputar contra equipes do Rio de Janeiro, além de toda a responsabilidade que gera em cima desse jogo, também vai ter uma pressão aumentada em razão do resultado, da atuação e do placar.”

Preocupação para o confronto contra o Cerro Porteño

“Me preocupa, sobretudo, que esses 50 dias que nós temos de jogo quarta e domingo, a gente não consiga treinar alternativas para esses momentos que os resultados, assim como rendimento e atuação, eles deixam a desejar. A gente busca pegar o melhor momento tecnicamente de cada jogador dentro do elenco, tentar recuperar jogadores, que eles possam repetir seus melhores momentos que tiveram. E coletivamente a gente poder voltar a render o que há quatro rodadas estava fazendo.

A intensidade das nossas partidas caíram em função da sequência e naturalmente tecnicamente algum jogador vai se ressentir. Daqui para esses jogos (decisivos), não há muita mudança a fazer do ponto de vista de estrutura. O que a gente precisa fazer é recuperar os jogadores do ponto de vista emocional e dar confiança para que, dentro do modelo que a gente conseguiu os melhores momentos, a gente volte a fazer. É o que não dá é para que a gente entenda que é terra arrasada, que tudo está errado, mesmo diante de um resultado que nos entristece e tenho certeza que deixa o torcedor extremamente decepcionado, mas a gente tem que analisar com tranquilidade.

Hoje foi um dia ruim ou partes de um dia ruim que resultou em um resultado e atuação ruins. Porque se a gente tiver falando dos primeiros 30 minutos de jogo, a gente poderia ter um panorama diferente, mas não aconteceu, as oportunidades que criamos, não concluímos em gol. E o adversário, sim. Esse grupo está acostumado a reagir bem quando pressionado, porque sabe que não fez um bom jogo. Vamos recuperar todo mundo e olhar para frente.”

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Oitava rodada do Brasileirão 2021

Quarta-Feira (30/06)

16h

Fluminense 1×4 Athletico-PR – Raulino de Oliveira

Fortaleza 3×2 Chapecoense – Castelão

19h

Internacional 1×2 Palmeiras – Beira-Rio

Bahia 3×4 América-MG – Pituaçu

20h30

Santos 0x0 Sport – Vila Belmiro

21h30

Corinthians 0x0 São Paulo – Neo Química Arena

Juventude 2×0 Grêmio – Alfredo Jaconi

Quinta-Feira (01/07)

16h

RB Bragantino x Ceará – Nabi Abi Chedid

19h

Atlético-MG x Atlético-GO – Mineirão

20h

Cuiabá x Flamengo – Arena Pantanal



Por Explosão Tricolor

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