Que idioma fala Roger Machado?




Roger Machado (Foto: Reprodução / FluTV)



Salve, aristocrática torcida tricolor! Estou de volta depois de um breve recesso para analisar o atual momento do nosso Fluminense, o que não é tarefa simples, convenhamos. Comecemos pelos resultados alcançados até aqui: classificados para as quartas de final da Libertadores e da Copa do Brasil, e com uma campanha irregular no Brasileiro, o que para nossos investimentos, não é de se jogar fora.  Entretanto, não podemos perder duas coisas de vista, primeiro: necessitamos de um título, segundo: o desempenho do time é pífio.

Podemos e devemos comemorar os avanços nas copas, mas como não somos cegos (como muitos na diretoria gostariam que fôssemos). Fica nítido que o Fluminense não possui um time, tem apenas onze jogadores com a mesma camisa correndo de um lado para o outro de maneira improdutiva. Ou seja, não há padrão de jogo, organização posicional ou jogo coletivo. Os setores não se aproximam, a transição ofensiva inexiste e os gols saem quase que por espasmos isolados ou erros do adversário.

Mas Vitor, então como avançamos nas Copas? Como toda regra, temos exceções. Em jogos pontuais, o time se encontrou, ou por talentos individuais, ou por mexidas do treinador – as entradas de Gabriel Teixeira e Caio Paulista são bons exemplos – de resto, mais do mesmo.

Assistir à um jogo do Fluminense atualmente se assemelha ao filme “Feitiço do Tempo”, em que o personagem principal revive o mesmo dia sempre que acorda, em um looping eterno. O esquema não muda, a escalação é sempre a mesma e até as substituições se repetem. Um bom treinador precisa apresentar soluções, variações, é pra isso que ele está ali. E observando de fora, a impressão que se tem é de que além da pobreza de opções e claras deficiências de comando, Roger ja não fala o mesmo idioma do elenco. Infelizmente.

O Óbvio Ululante…..

– Quem diria há três meses atrás que a ausência de Caio Paulista iria desmantelar o esquema tático do Flu? O mundo dá voltas….

– Marcos Felipe está se firmando como um dos pilares do time, definitivamente.

– Verdades difíceis de engolir: nosso miolo de zaga é a base do sistema de jogo do time.

– Com a queda de rendimento de Abel Hernandez, John Kennedy deveria receber mais oportunidades…

Vitor Costa