Reféns de nós mesmos




Levir Culpi sinaliza saída do Flu (Foto: Fluminense FC)
Levir Culpi necessita ser mais criativo (Foto: Fluminense FC)

É, meus amigos! Nossa vida de torcedor não está fácil. Atuações horrendas de nossa esquadra acompanhadas da incapacidade do treinador em mudar algo na equipe. Maior que nossa paciência com Levir somente nossa insistência em contar com um treinador de peso no comando técnico do Fluminense.

Muitos motivos levaram ao insucesso até agora. Sobretudo sua incapacidade de se reinventar. Como todo técnico de peso, Levir deu prioridade ao sistema defensivo em sua chegada ao clube. Ajeitou a casinha e organizou minimamente o ataque. Ganhou a Primeira Liga assim e quis dar sequência. Só que Campeonato Brasileiro é outra coisa.

Os grandes clubes do país costumam contar em seu staff com profissionais preparados para observar seus adversários, identificando seus pontos fortes e fracos. Após os primeiros jogos em que nosso rendimento foi apenas mediano, nosso time ficou manjado. Ficou fácil anular o Fluminense. É nesse momento que deveria entrar a figura do treinador.

Mudar o esquema tático, a disposição dos jogadores em campo, construir jogadas ensaiadas, gritar, espernear, etc., mas nosso treinador não faz nada. Ver ruir seu castelo e fica parado na sua área técnica como se assistisse a um concerto.

Exemplo maior disso foi contra o Palmeiras. Cuca fez uma mexida tática no time para o segundo tempo e o Fluminense não viu mais a cor da bola. Levir não conseguiu enxergar nenhuma alternativa para pelo menos minimizar o massacre palmeirense. Escapamos de uma goleada.

Não bastasse sua incapacidade em alterar o panorama de uma partida, observe aqui no Explosão Tricolor o conteúdo e a carga dos treinamentos do Fluminense durante a semana. Não treinamos em período integral nunca. Um time que não consegue ter um mínimo de articulação ofensiva não pode se dar esse luxo. Além disso, não se treina jogadas ensaiadas ou algo que possa surpreender. É sempre academia, coletivo e rachão.  

Para mim sempre esteve claro que Levir se blinda ao colocar os mais experientes em campo. Só que o custo para o time fica muito alto, pois joga muito espaçado e com dois jogadores lentos na última linha defensiva. Douglas, por exemplo, errou nos últimos jogos. Deve ser cansaço de correr por ele, pelo Cicero e ainda pela dupla de zagueiros. É demais!

E ainda tem a teimosia de nosso técnico em colocar sempre o Osvaldo. Até o Maranhão, que chegou tímido ao clube, já conseguiu jogar bem no domingo. Osvaldo teve destaque ao fazer dois gols na semifinal da Primeira Liga, mas ainda não fez NENHUMA grande exibição no Fluminense.

Enquanto a torcida clama por reforços, que são necessários, mas estão longe de ser nosso maior problema, eu continuo esperando. Esperando o momento em que nós como torcedores dermos o braço a torcer e reconhecermos que falhamos. Não é simplesmente pegar um técnico renomado e a mágica acontecerá. É preciso mais. Esse mais Levir não consegue nos dar.

Tabelinha:

1 – Diego Cavalieri enfim teve uma boa atuação. Resta saber se é o início de uma boa fase ou não.

2 – Ceifador para ontem no comando de ataque, com Marcos Jr no meio, com Samuel e Maranhão nas pontas. Joga fechadinho esperando o contra-ataque. Vai por mim, Levir Culpi!

3 – Não acho que o Fluminense precise de reforços para não cair. Para ser campeão é pouco, mas até um G-4 com esse elenco dá pra buscar. O problema é o desempenho coletivo.

4 – Eduardo Baptista treina atualmente a Ponte Preta que, com um elenco inferior ao nosso, está na frente do Fluminense no Brasileirão.

5 – Lugar de tricolor no domingo é em Edson Passos. Reclamamos que não tínhamos casa. Agora temos. Tem que ser lotação máxima domingo. Encontro vocês por lá!!!

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

Siga-nos no Twitter e curta nossa página no Facebook

INSCREVA-SE no nosso canal do YouTube e acompanhe os nossos programas!

SEJA PARCEIRO DO EXPLOSÃO TRICOLOR! – Entre em contato através do e-mail: explosao.tricolor@gmail.com