Renúncia moral




Renúncia moral

Por mais que eu esteja vivendo um cenário totalmente adverso, sempre carrego comigo o “0,01%” de esperança. No caso do Fluminense, estamos vivendo a pior crise da história do clube. Nessas horas, só vemos dedos e mais dedos apontando vários culpados, mas solução que é bom, nada!
Considerando o calamitoso cenário do clube, não há como não apontar o dedo para o presidente Pedro Abad e toda a sua base de sustentação. São oito anos à frente do Fluminense. Pegaram as maiores receitas da história e foram incapazes de diminuir um centavo da dívida. Vale destacar, que, até o final de 2014, cerca de 70%/80% da folha do futebol era bancada pela Unimed.
Um dos pontos que também merece ser destacado é a questão do Maracanã. O Fluminense tinha um Engenhão dentro do ex-maior do mundo. A despesa era mínima, ou seja, o lucro era certo. Os setores localizados atrás das duas balizas do estádio eram nossos. Com anuência da Flusócio, o ex-presidente Peter Siemsen assinou a mudança das condições no contrato. Resultado: do final de 2016 para cá, o Fluminense acumula um prejuízo de que já deve estar próximo de R$ 5 milhões.
Além da total falta de transparência, vimos o nome do Fluminense manchado de forma irresponsável. O presidente Pedro Abad teve a coragem de descumprir um acordo com o Ministério Público. A Instituição foi capa de páginas policiais com direito até a prisões de funcionários do clube. Lá de cima, Oscar Cox deve ter caído aos prantos.
Agora, o cenário é de um verdadeiro colapso financeiro. Mas o pior é que o presidente não aparece para dar um sinal de esperança. Sua base de sustentação política já está entupindo os bueiros da cidade. E, certamente, não sairá de lá nunca mais. Bem que o Murici Ramalho avisou lá atrás…
Conselheiros entraram com pedido de processo de impeachment. Na minha opinião, o movimento foi muito tardio. Com base em alguns itens do estatuto, eu e o meu amigo Evandro Ventura, pedimos o impeachment logo após o estouro da Operação Limpidus, no início de dezembro.
Diante do terrível cenário do Fluminense, o que falta para o presidente Pedro Abad renunciar? Gestão temerária, imagem institucional abalada e funcionários sem receber. Contra fatos não há argumentos, ou seja, a renúncia moral já é uma realidade. O Fluminense está sangrando sem parar. Chega!
Vinicius Toledo

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