Saiba como o Fluminense poderá compensar financeiramente a queda na Copa Sul-Americana

Nas últimas três edições, o Fluminense chegou ao menos às quartas de final do torneio. Se chegasse até lá mais uma vez, arrecadaria US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 7,7 milhões). Só que, com a queda para o Unión La Calera, os tricolores só tiveram direito a US$ 300 mil (R$ 1,3 milhão). Ou seja, a diferença de R$ 6,4 milhões pagaria quase duas folhas salariais do futebol. Atualmente, o clube deve um mês aos jogadores.

Segundo o jornalista Rafael Oliveira, do jornal “O Globo”, o orçamento a ser enviado à votação (estima-se que em março) prevê resultado negativo se já consideradas as dívidas de longo prazo contraídas em anos anteriores. Ou seja, para evitar que este prejuízo seja ainda maior, será preciso compensar de outra forma a receita que viria através da Copa Sul-Americana.

Possibilidades

Neste dramático cenário, uma possibilidade seria melhorar a campanha nas outras principais competições em relação aos resultados do ano passado. Com as oitavas da Copa do Brasil e o 14º lugar no Campeonato Brasileiro, além da própria Copa Sul-Americana, o Fluminense embolsou cerca de R$ 20 milhões em premiações. Se chegar à semifinal da primeira competição, o que não consegue desde 2015, já conseguirá repetir o desempenho financeiro de 2019 sem depender da colocação que terminar no Brasileiro, cuja bonificação por posição alcançada deverá ser menor na próxima edição.

Caso os tricolores caiam mais cedo na Copa do Brasil (a estreia será na quarta, contra o Moto Club, em São Luís), o Fluminense precisará terminar na metade de cima do Brasileiro. A última vez que isso ocorreu foi há seis anos.

Frequência nos estádios ameaçada

Além da perda de receita de premiações, a eliminação na Copa Sul-Americana causou uma frustração na torcida que pode impactar a frequência de público nos estádios e até a adesão ao programa de sócio-torcedor. Uma nova versão do sócio-torcedor será lançada em breve e é cercado de expectativa pela diretoria. O clube projeta chegar a 50 mil sócios até o fim do ano (hoje são 23 mil) e garantir, com isso, uma receita anual de R$ 24 milhões.

Fred

A diretoria vê no retorno do Fred a possibilidade de mobilizar a torcida e, com isso, gerar dinheiro. Só que, em meio a um imbróglio jurídico com o Cruzeiro, a tendência é que sua contratação ainda leve algum tempo.

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