Sem caça às bruxas




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Agora já era!

Primeiramente, um desabafo: “Não aguento mais ver o Fluminense perder clássico! Até quando, meu Deus?”

Deixando de lado a indignação por ter perdido mais um jogo para o medíocre time do Vasco da Gama, sou obrigado a dizer que o resultado foi injusto. Sei que futebol é bola na rede, mas não há como afirmar que a equipe não tentou.

Tudo bem, a atuação não foi das melhores, faltou  vibração na equipe, mas ainda assim, o Fluminense jogou mais que o seu adversário. Foram duas bolas no travessão e um pênalti escancarado no Bruno Silva, que foi ignorado pela arbitragem. O nosso volume de jogo foi maior, em especial, no segundo tempo.

Infelizmente, algumas atuações individuais comprometeram a performance da equipe. O que falar do Ezequiel? Lateral que prefere cabecear de primeira para o meio da área adversária ao invés de matar a bola no peito e ir ao fundo é de irritar até o mais otimista dos tricolores. E o pênalti cometido pelo Nathan Ribeiro? Inadmissível para um  jogador da experiência dele. Quem não passou segurança alguma foi o Rodolfo. Furou pelo alto e por baixo.

Um outro fator que também merece ser considerado é o péssimo estado do gramado do Mané Garrincha. Sei que ele estava ruim para as duas equipes, mas sejamos sinceros: prejudicou bastante o estilo de jogo proposto pelo Fluminense.

Sou contra qualquer movimentação de caça às bruxas. Perder clássico é péssimo, irrita profundamente, mas temos que deixar o Fernando Diniz trabalhar.

Por falar em trabalhar, Pedro Abad resolveu “assumir”, na prática, a função de presidente do Fluminense justamente na reta final do seu desastroso mandato. Após o apito final, o mandatário soltou o verbo contra o Campeonato Carioca e os frequentes erros de arbitragem contra o clube. Agora, presidente? Na final de 2017, o Fluminense também foi prejudicado. E o que o senhor fez? Nada. Ou melhor, no dia seguinte, sentou ao lado do presidente do Flamengo com um grande sorriso estampado no rosto durante a festa de encerramento da competição.

No restante, é apenas o início de um trabalho. Bola pra frente e vida que segue. Vamos comprar o barulho do Fernando Diniz e da rapaziada.

Recordar é viver…

“Minha relação com o Rubens é excelente e tenho tido uma acolhida muito boa. Tem coisas para ajeitar, mas o Campeonato Carioca tem melhorado”, disse o presidente Pedro Abad, no dia 28 de abril de 2018 durante a última eleição presidencial da FERJ vencida por Rubens Lopes.

Rapidinhas:

Ezequiel

Oscar Cox pode até me castigar, mas verdade seja dita: mil vezes o Igor Julião do que o Ezequiel.

Caio Henrique

Gostei da atuação dele. Foi bem na transição e ainda deu bons avanços. Tem potencial para ser titular e, principalmente, fazer o jogo da equipe rodar com mais qualidade.

Daniel

No primeiro teste de fogo, o garoto se limitou a dar passes para o lado e uma meia dúzia de boas inversões. Muito pouco para um meia de criação.

Marcos Calazans

Mesmo sendo canhoto, foi mil vezes melhor que o Ezequiel na função de lateral-direito. Até cometeu alguns erros ofensivos, mas não se omitiu em momento algum.

Forte abraço!

Vinicius Toledo