Tiki-Taka é na Europa… Aqui é Fernando Diniz!




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Tiki-Taka é na Europa… Aqui é Fernando Diniz!

Buenas, tricolada! Aquele Barcelona de 2008/09, de Pep Guardiola, que contava com craques como Rafa Marques, Puyol, Piquet, Daniel Alves, Fàbregas, Xavi, Iniesta, Messi, Eto’o, Henry e Villa, dentre outros, tinha como característica um modo de jogar bola que encantava o Mundo.
Certa vez, um repórter esportivo brasileiro, atônito, maravilhado e surpreso com a beleza e a eficiência daquela maneira de atuar, dirigiu as seguintes perguntas ao então treinador da equipe catalã:
– Como o senhor descobriu a pólvora? Lapidou essa bela fisionomia no seu time? Inseriu o tic-taca? Reinventou o esporte e tornou um futebol físico, tático, de pegada forte e modorrento num espetáculo agradabilíssimo de se assistir?
Sem se fazer de rogado, Guardiola retrucou:
– Descobri? Reinventei? Eu? Oras, apenas pus em prática aquilo que vocês, brasileiros, nos ensinaram ao longo dos tempos, jogando um futebol que todos admirávamos… Posse de bola, troca de passes constante, muita movimentação, compactação, superioridade numérica, espera das melhores oportunidades para chegar ao gol adversário etc etc etc! O tiki-taka trata-se somente de uma terminologia da imprensa espanhola – e mundial. Contudo, é evidente, quanto maior a qualidade técnica dos atletas envolvidos no processo, mais facilmente conseguiremos implantar o nosso sistema de jogo!
O porquê deste meu preâmbulo inicial? Muito simples! Temos no Brasil hoje um camarada que pode recolocar o nosso futebol no patamar do qual jamais deveria ter sido retirado – a fórceps, que pensa e age como o referido técnico espanhol… ele tem nome e sobrenome: Fernando Diniz!
O malandro não reinventou táticas ou sistemas de jogo, tal qual não o fez o Guardiola. Mas reinventou o estilo vistoso de bater bola do nosso amado Fluzão. Além disso, resgatou o nosso gosto de torcer sem limites! Atualmente, temos fé e esperança de dias melhores. E olhem que o Diniz não conta com 1/100 da excelência daquele fabuloso elenco do Barça!

Sabemos que é cedo para cantarmos vitórias. O Diniz é um treinador jovem. Ainda em pleno e franco aprendizado, tem que controlar o seu gênio e seus impulsos. Ele até vai “pardalizar” muito, como no confronto diante do Antofagasta, do Chile, pela Sula – a propósito, uma prerrogativa de todo o técnico de futebol do planeta, mas ele é a aposta mais segura deste nosso futebol repleto de mesmices, de Felipões, Luxas, Marcelos Oliveiras, Levires Culpis, Abelões e tantos outros, que usufruem de táticas medrosas, são adeptos de ferrolhos, de trocar atacante por zagueiro e meia por volante, e via de regra entregam a jurubeba por causa destes conceitos ultrapassados. Como dizia o poeta, quem tem medo de cagar não peida. E o nosso atual técnico não demonstra o mínimo temor ou apego excessivo ao seu cargo. Ao contrário, Diniz reafirma a cada partida, a cada treinamento, as suas fortes verdades, opiniões e juízos sobre o velho e violento esporte bretão!

O curioso é que, recentemente, em resenhas pessoais e por intermédio de um dos meus grupos tricolores de Zap com alguns amigos bem chegados – Fábio Bonfa, PC, Cláudio, Paulo e meu irmão Sérgio -, houve uma divisão evidente sobre a chegada de Fernando Diniz ao Flu. A metade, eu inclusive, mesmo apreciando o seu jeito de propor o futebol, não acreditava no seu sucesso no Laranjal e até torcia contra a sua contratação.
Caramba, estabelecer aqueles frissons e infartos na torcida, com o nosso goleiro driblando os atacantes adversários sobre a linha do nosso próprio gol, era algo que não parecia concebível – talvez somente no Audax e no Oeste… em clubes de massa, tal hábito soava como kamikaze! Graças a todos os santos, pelo menos até aqui reconhecemos o nosso retumbante engano. Ah, e justiça seja feita, o Fábio era o maior entusiasta de sua contratação! Ave, Bonfa!

Se o Diniz dará certo em Álvaro Chaves é uma outra questão, são outros quinhentos. Jamais poderemos apostar fichas neste tipo de cacife. Aliás, nem mesmo o faríamos se o Fluminense contratasse o próprio Guardiola, Mourinho ou Ancelotti! No entanto, no que depender de determinados torcedores – como este que vos subscreve, da rapaziada que aprecia novidades e bom futebol, dos adeptos da boa revolução e da fuga do mais do mesmo, eu creio que o apoio ao seu trabalho será incondicional! O mercado está escasso de grandes treinadores. O Fluminense vem sobrevivendo em estado falimentar ano após ano. E não devemos nos esquecer, como mencionado, dessa nova aura que o Fernando Diniz trouxe pra dentro de nossas casas: desencavamos das profundezas um amor adormecido pelo nosso clube de coração, amor este que as últimas administrações fizeram questão de ignorar!

Falando nisso, até a política foi um pouco esquecida. Por exemplo, mesmo os incompetentes da corrente que manda e desmanda no clube há quase 10 anos e o nosso insosso e sem carisma Presidente deram uma respirada, observaram o repúdio da nossa galera às suas gestões sendo um bocadinho diluído na origem de uma nova convicção: a de uma ótima temporada em 2019. Diferentemente das últimas 4 ou 5 primaveras! Vamos nos revestir de paciência e aplausos, meu povo. Somos torcedores do Fluzão ou de caciques políticos?
Portanto, tricolores do Céu e da Terra, temos, sim, que abraçar o Diniz e este atual elenco do Flu. Os jogadores muito têm nos honrado e trazido sorrisos aos nossos desenternecidos e sofredores rostos e almas. Haverá percalços, existirão vieses contrários. Mas a nossa inabalável confiança, diante desta nova ordem, tem que ser exaltada – e externada contundentemente em forma de brados de paixão e ode ao infinito, grandioso e centenário Fluminense Football Club!
Panos rapidíssimos:
– Dá pra trazer a classificação para a segunda fase da Copa Sul-Americana. O empate foi um daqueles tais percalços.
– A Cúria chilena poderia canonizar o goleirinho do modesto Antofagasta, ou seja, criar o “Dia de São Hurtado”.
– Fernando Diniz, meu filho, dá pra você mandar o Caio Henrique escolher a posição em que quer jogar e o número de sua camisa? Ele está sobrando!
– Peralá! Menos de 10 mil cabeças no Maraca para a nossa estreia no torneio mais importante da temporada? Sem essa de dia e horário ingratos! Já vi o Maracanã com mais de 60 mil pessoas num domingo de manhã. Detalhe: no avant premiere do Flu na SEGUNDONA, contra o ABC, de Natal.
– Bem-vindos, Nino e Léo Santos!
– É quase obrigação o Fluminense atuar bem e vencer com algumas sobras o Resende nesta sexta-feira, na fornalha de Moça Bonita. O time necessita restabelecer a moral depois do tropeço na estreia na Sul-Americana.
– Vá com Deus, grande artilheiro Waldo! Que os campos de futebol do Éden sejam suficientes para você desfilar o seu imenso talento e exercitar o seu eterno faro de gol!
Até a próxima e saudações eternamente tricolores!
Ricardo Timon