Um Fluminense diferente




Primeiramente, um “Ufa”! Graças a Deus, o Fluminense voltou a vencer no Brasileirão. Com o VAR quieto no canto dele, o jogo foi justo em todos os sentidos. Ao contrário do que muitos pensaram, o fato do Internacional ter escalado um time quase todo reserva não facilitou em nada a vida do Fluminense. No entanto, a rapaziada do Diniz soube se impor desde o início da partida. Vale ressaltar que grande parte dos reservas colorados possuem boa qualidade técnica.

Na primeira etapa, faltou um pouco mais de calma para trabalhar melhor a última bola. O Fluminense conseguiu chegar com frequência, mas não conseguiu sair do zero antes do intervalo. De positivo, o fato do time ter tentado jogadas verticalizadas e arriscado até alguns lançamentos longos. Em alguns momentos, o time até deu uma pressionada na saída de bola do Internacional. Fica até a pergunta: será que o Diniz andou revendo alguns conceitos?

Após o intervalo, o Fluminense voltou com tudo. Sem medo de ser feliz, a equipe foi pra dentro da gauchada. O trio Allan, Daniel e Ganso trabalhou muito bem na transição e construção de jogadas. Com qualidade, triangulações e verticalidade, a rapaziada chegou lá. Primeiro com o Yony González. Depois, um gol contra, que foi pra lá de esquisito, mas que, se Deus quiser, foi o sinal de que a sorte voltará a andar conosco.

O placar de 2 a 0 deixou o Fluminense bem à vontade  na partida. A rapaziada poderia ter ampliado para 3 ou até 4, que não seria exagero algum. No entanto, já no apagar das luzes, o nosso Tricolor resolveu complicar o que estava fácil. Muriel falhou feio. Ele até realizou três grandes defesas, mas não poderia jamais rebater uma bola fácil para o meio. Como ele ficou um tempinho sem jogar, darei um desconto, mas confesso que já estou com o sinal de alerta ligado. O pequeno sufoco nos três minutos finais dos acréscimos, por conta de uma falha individual, foi algo totalmente desnecessário. 

Apesar do mole no final, o Fluminense saiu de campo com os três pontos. Vitória justíssima de um time que dá nítidos sinais de evolução em termos táticos. Fernando Diniz tem que seguir acreditando no que pensa, mas sempre respeitando algumas limitações do elenco e, principalmente, revendo alguns dos seus conceitos. Com base nos dois últimos jogos, o comandante parece que está saindo da mesmice. Tomara. Ganha o Diniz. E ganha o Fluminense.

Rapidinhas

Da água para o vinho?

Mais uma grande atuação do Igor Julião. Não sei o que aconteceu, mas o cara tá voando pela direita. Já pode ser considerado o novo titular da posição.

Mandou bem!

Digão foi outro que jogou muita bola. Além de defender bem, mostrou muita confiança para sair jogando.

Trio encaixado

Não é de hoje que digo que o trio Allan, Daniel e Ganso está muito bem encaixado.

Encapetado

Yony González infernizou a defesa do Inter. Uma das melhores contratações dos últimos tempos. A diretoria tem que dar um jeito de renovar o contrato dele. Vale o esforço!

Crescimento tático

Marcos Paulo não brilhou tanto, mas exerceu excelente papel tático, em especial, na recomposição. Na primeira etapa, o garoto deu dois desarmes em perigosos contra-ataques. Não tenho dúvidas de que o Diniz saberá lapidá-lo.

Caravana

O Explosão Tricolor está aguardando os retornos das viações para saber se realizará a caravana para o jogo de ida, contra o Corinthians, pela Copa Sul-Americana. A situação deve ser resolvida até a próxima terça-feira. Sendo assim, divulgaremos no site, no máximo, até quarta-feira.

Forte abraço!