Vaiar ou não vaiar o Fred?




Torcida do Fluminense tem que apoiar!
Torcida do Fluminense tem que apoiar sempre! (Foto: Divulgação)

Amigos Tricolores!

Um problema para o duelo de hoje. Vaiar ou não vaiar o Fred? Aplaudir ou não aplaudi-lo?

E como suportar o previsível corinho da torcida do Galo: “O Fred vai te pegar”?

No outro dia estava eu na arquibancada do Giulite Coutinho, mais exatamente no jogo da Copa do Brasil contra o Corinthians, quando uma amiga me questionou no intervalo, ao ver minha camisa tricolor da Dry World, número 9:  “Ei, PauloNense, por que você está com essa camisa do Fred?”

Respondi na lata: “Onde você leu Fred escrito aqui? É a camisa 9 do Fluminense Football Club.”

“Mas o Fluminense nem tem número 9 inscrito no campeonato, essa aí é do Fred”, insistiu ela, em tom provocador.

“Olha, a do Fred até é da Dry World, mas no momento tem outras cores.”

A Nove Tricolor já foi emprestada ao Fred, assim como já a vi em muitos craques, de Flávio Peito de Aço a Washington Coração Valente. Já vestiu Doval, Washington, Ézio, Cláudio Adão e Magno Alves, dentre outros… E até quando vestiu outros muito menos qualificados, como Amauri, Tulica e Parraro, estava eu a gritar e comemorar gols.

Vestiu a nove Tricolor e botou na rede estava eu lá a gritar e vibrar.

E são sempre camisas do FLUMINENSE!  Tanto que nunca fui de comprar camisas com nome, muito menos colocar nomes de jogadores depois de comprá-las.

Camisas com nomes tenho algumas réplicas, compradas após o fim da carreira, de craques como Rivellino e Assis, por exemplo.

A Nove do meu time de peladas, o Delta Football Club, essa sim tinha dono, e sempre foi minha. Enquanto jogávamos, lá na década de 70/80, era minha até acabar o time. E muito bem defendida, por sinal, honrada pelo Artilheiro do time que aqui se manifesta, em tom de nostalgia e de pouca modéstia.

A Nove do Fluzão… É do Fluminense Football Club, e se no momento não entra em campo, é da instituição, é de cada torcedor que a usa.

Porque jogadores vão e vêm, alguns até ficam por algum tempo, embora cada vez com passagens mais efêmeras, pressionados pelas circunstâncias do futebol moderno, desde o fim da Lei do Passe, que vinculava os direitos de um atleta a um clube, e assim criava um vínculo mais prolongado.

Hoje é difícil um atleta ficar mais de 3 ou 4 anos em um clube. E nem é mesmo muito recomendável, pois muitas vezes acaba se acomodando e instintivamente achando-se no direito de ter alguns privilégios. Nós, Tricolores, conhecemos bem alguns casos recentes.

Sem falar que a cada renovação vai exigindo um aumento significativo, normalmente bem acima da inflação, e muitas vezes incoerente e inversamente proporcional ao que pode oferecer, inclusive por muitas vezes chegar a uma idade mais avançada, onde já não consegue manter o mesmo ritmo físico e técnico.

O caso do Fred tem um pouco a ver com isso tudo. Em constantes entrevistas ele dizia que amava o clube, fazia juras de amor, mas no dia a dia ia cada vez exigindo mais vantagens, e achava que na função de capitão podia sugerir ou até vetar contratações de jogadores, técnicos ou demais profissionais. E a cada fim de ano pressionava dirigentes atrás de polpudos aumentos de salários, bem antes mesmo de se aproximar o fim de seu contrato, independentemente do momento financeiro do clube, pouco se importando se encerrara vínculo com o clube um patrocinador máster de décadas, e se nenhum outro aparecera.

A posição dele era cômoda: seduzia a torcida com seu discursinho demagógico e corria para o gabinete do Presidente, exigindo aumentos impagáveis. E com isso recebia um dos maiores salários do país, fora os privilégios de entrar em campo quando queria (na Florida Cup recusou-se!), e alguns motins para boicotar treinador, inclusive o último, em péssimo momento, no Campeonato Carioca, quando o time engrenava e estava havia 10 jogos sem perder e partia pra decidir o título, e ele se recusou a ser relacionado na partida contra o Volta Redonda, insatisfeito com uma ou duas de suas substituições promovidas por Levir Culpi, e reprimido por “orientações” que dava aos garotos, querendo que o jogo fosse para ele. Coincidência ou não o time até ganhou aquele jogo do Volta Redonda, mas logo no seguinte começou sua derrocada no Estadual e perdeu a Taça Guanabara, certamente já com o ambiente contaminado por seu “líder”.

Muitos não gostaram da saída, mas acho que o desgaste já era grande após oito anos de vínculo e crescentes privilégios, e até os que vão discordar no facebook não lembram que ultimamente mesmo sua presença em campo pouco representava, muitas vezes ele mal aparecia em campo e já não fazia a diferença havia tempo, principalmente num time que perdeu muita qualidade na criação e já não deixava ele na cara do gol toda hora. Títulos com ele não ganhávamos desde 2012, pois é bom lembrar que em nosso importante título em 2016, a Primeira Liga, ele teve pífia atuação de 52 minutos, sendo expulso com um lamentável bofetão no adversário, sendo expulso e justamente suspenso por 5 partidas, que representaram sua exclusão da competição.

Ah, e antes que me acusem de estar do “outro lado”, o do Presidente, devo dizer que acho que ninguém acertou nada nesse episódio. A negociação de Peter foi lamentável, queria se desfazer do jogador de qualquer maneira, desvalorizou o produto e aceitou sua saída de qualquer modo, sem exigir um valor justo ou uma contrapartida na negociação, como algum reforço vindo da equipe adversária. E ainda permitiu que o atleta vestisse a camisa do Galo nas Laranjeiras e gravasse entrevista de apresentação ao novo clube em nossa sede. Tudo errado!

E hoje, Amigos Tricolores? Vaiar ou aplaudir?

Eu particularmente estarei lá, e a princípio terei uma postura de total indiferença. Aplaudir um adversário não farei. Vaiá-lo? Bem, posso vaiá-lo como a qualquer outro adversário, em circunstâncias de jogo.

Sinceramente, deixar minha casa, me deslocar até Laranjeiras, onde vou pegar o ônibus que sairá da sede, às 17 horas (só vou porque estou de férias, o horário é muito ingrato), viajar até Mesquita e me focar em vaiar um sujeito está fora de minhas pretensões.

Musiquinhas da torcida adversária têm que ser sufocadas pela galera tricolor.

Meu foco é o FLUMINENSE!

Vou ver o Flu, torcer pelo Flu, pelos 11 atletas que iniciarão jogando e mais os 3 prováveis que entrarão ao longo do jogo.

O que me preocupa e o que mais lamentaria seriam desentendimentos entre tricolores pró e contra a vaia, desunindo a torcida e desfocando o que deve ser o objetivo de todos: TORCER PELO FLUMINENSE!

O próprio time, ou até o treinador, se tiverem outra preocupação em campo, poderão perder o foco e a concentração, comprometendo o objetivo, que é ganhar mais um jogo em nossa “casa” para tentar subir na tabela da competição. Já gostei da medida do Levir neste fim de semana, fazendo treinos secretos e blindando o time em relação a perguntas sobre o Fred.

Sinceramente não estou nem um pouco preocupado com a possibilidade dele fazer um gol e comemorar ou deixar de comemorar. É um problema dele, normalmente resolvido sem muita coerência, pois passou anos não comemorando gols contra o Cruzeiro e acabou indo jogar justamente no grande rival da raposa.

Jogadores passam, o FLUMINENSE é imortal! Pra cima deles, FLUZÃO!

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE / Explosão Tricolor

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