Vídeo: Casagrande detona estratégia adotada por Fernando Diniz no Fluminense: “Só funciona na cabeça dele”






Casagrande criticou a decisão de Fernando Diniz em escalar Martinelli na zaga

O Fluminense teve o volante Martinelli improvisado como zagueiro na vitória por 2 a 1 sobre o Colo-Colo, do Chile, na última terça-feira, no Maracanã, pela Libertadores. Apesar do triunfo tricolor diante dos chilenos, o comentarista Walter Casagrande criticou a estratégia do técnico Fernando Diniz.

– Rinus Michel, na Holanda e no Ajax, ele tinha zagueiros, só que os zagueiros saíam para o jogo. O Krol era um lateral esquerdo, depois passou para quarto zagueiro, depois passou para líbero, o Krol era um jogador que virava volante, até muito parecido com o Stones. Com o Arrigo Sachi, no Milan, tinha defensores, só que os dois laterais viravam pontas. Ganhou duas Champions, foi tetracampeão italiano e tudo mais, sendo ofensivo, marcando pressão, tendo toque de bola. E o Diniz quer fazer a mesma coisa com inversões que só funcionam na cabeça dele, na minha visão. É louvável, ok, quer arriscar, mas você jogar a segunda partida da Libertadores, em casa, contra o Colo-Colo, você vai logo de cara com um volante de zagueiro? Você pode fazer isso durante a partida, mas logo de cara? O Pedro Raul, do Corinthians, que não é um grande centroavante, é um jogador alto, um bom jogador. Se você coloca o Pedro Raul no Colo Colo, com aquela defesa do Fluminense de ontem, vai tomar gol de cabeça. 
– A defesa para o Diniz é só um detalhe. Isso daí nenhum treinador faz, o Diniz não é o cara mais moderno do mundo nem o cara que é super ofensivo, não é nada disso. Você pega o Guardiola, o melhor treinador do mundo há um bom tempo, Guardiola, Klopp, Ancelotti, esses caras ganham campeonatos muito mais difíceis do que os que a gente joga aqui. É Champions, Premiere League, Campeonato Espanhol, cada um na sua. Esses caras são ofensivos, mas jogam com zagueiros, zagueiros que sabem jogar, como o Stones, que é um zagueiro-volante. Quando o City pega a bola, ele arma a jogada, fica uma linha de três atrás e ele vai armar a jogada. Quando o adversário pega a bola, como o City marca pressão, dá tempo tranquilamente para o Stones voltar, não precisa ficar desesperado nem correndo para trás. É o estilo do Guardiola, e o time do Guardiola joga para cacete, um time que toca pra cá e pra lá, às vezes demora muito para finalizar, mas tem domínio.
– Esses treinadores são campeões dando espetáculo, mas usando os defensores de verdade, liberando esses defensores para virar um meio de campo, um ponta, um atacante, os caras jogam. O Real Madrid, a mesma coisa. E o Diniz acha que isso não é necessário. O Diniz não se preocupa tanto com o coletivo e a vitória do time, ele se preocupa mais com a tentativa de fazer uma história diferente no futebol. Ele é bom treinador, ele não é mau treinador, ele treina bem o time, mas eu acho que ele tenta fazer coisas defensivamente que no futebol não existe, que os grandes treinadores da história nunca fizeram isso e fizeram seus times jogar bem.

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Por Explosão Tricolor

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