Reaprendendo a ser grande




Olá, amigos! Antes de mais nada, queria comentar sobre a arbitragem. Fluminense não foi prejudicado? Foi sim. Muito. Mudou o resultado da partida e de quebra temos um jogador machucado graças a uma entrada criminosa que não foi nem assinalada. Só que vemos constantemente várias equipes reclamando de arbitragem neste campeonato, principalmente em relação aos clubes paulistas. 

Entrada criminosa do Seijas no Wellington
Entrada criminosa do Seijas no Wellington

Não serei leviano em acusar A, B ou C. Nós tricolores sabemos que para conquistar algo no futebol brasileiro precisamos passar por cima de tudo, incluindo os homens do apito. Não deveria ser assim, mas é. Todas as últimas conquistas do Fluminense foram cercadas de péssimas arbitragens. Enquanto não existir a profissão de árbitro de futebol será assim.

Arbitragem a parte, me impressiona a evolução desse time do Fluminense. Reclamei aqui neste espaço por diversas vezes que Levir não trabalhava o time taticamente. De uns dois meses pra cá, a coisa mudou de figura. Vemos um time com uma mínima estrutura tática (o que já é alguma coisa no pobre futebol brasileiro) e com alternativas interessantes de jogo.

Foi visível o domínio do Fluminense no jogo contra o Internacional. Inter que vinha em crise e acabou demitindo seu treinador. Não é fácil dominar um time assim, ainda mais com sua torcida empurrando (ou tentando empurrar) o time. Fluminense jogou com consistência, coisa que não estávamos mais acostumados. Falando em costume…

Por três anos (2013, 2014 e 2015) viramos time de meio de tabela. É difícil tirar esse ranço. Dói admitir, mas estávamos ambientados a condição de coadjuvante. Não digo simplesmente nós torcedores, mas sim a instituição como um todo. O protagonismo, entre outras coisas, exige do time de futebol ser copeiro, malandro. Fluminense tem que voltar a ter esse espírito.

Esse era um jogo para passar por cima. Fazer três, quatro gols. Inter não conseguia se armar ofensivamente. Já ganhávamos a partida por 1 a 0 e, numa subida de contra-ataque, o time se abre como se tivesse que buscar o resultado desesperadamente. O ataque não vinga e o venezuelano Seijas recebe no meio de campo (lá pela ala esquerda) avança e faz um bonito gol de longe. 

Na última coluna falei que Cicero compensava sua falta de agressividade, mas alguém tem que ser agressivo nesse meio de campo. Cicero, como quem não levou muita fé na jogada, apenas cerca de longe, Douglas (1° volante) volta correndo e simplesmente é ignorado pelo meia Seijas, tamanha a facilidade em driblá-lo. 

Cícero acordou! (Foto: Mailson Santana / Fluminense FC)
Cícero não marca tão forte (Foto: Mailson Santana / Fluminense FC)

No segundo gol então foi absurda a falta de concentração. Samuel, que muito tricolor pedia como centroavante (e que não foi bem jogando centralizado), deixa o jogador adversário cabecear tranquilamente na primeira trave e Fernando Bob aparece no meio da área pra marcar. Sozinho. Novamente Douglas, com sua postura passiva, deixou o jogador do Internacional finalizar.

Não estou crucificando-o, sempre fui entusiasta desse atleta. Agora não dá para aturar tamanha passividade de um “cão de guarda”. Que tenha sido apenas um fato isolado e ele se apresente daqui para frente sempre concentrado e aguerrido. Mesmo com o mole nos dois gols, nosso time tem que se manter concentrado. Assim como também não crucifico Willian Matheus por causa do 1° gol. A engrenagem tem que absorver essas pequenas falhas individuais.

Para alçarmos grandes voos, é preciso que o time feche essas brechas e se imponha como time grande.

Tabelinha:

1- Time do Fluminense fala pouco em campo. Isso também dificulta a coesão do time.

2- Esperando punição severa ao Seijas por entrada covarde no Wellington.

3- Tô doido para ver o Rojas jogar. O garoto tem jeito de adolescente atrevido. Não sou de me animar muito com vídeos de jogadores, mas o dele me impressionou. Aguardemos!

4- Começando a achar que a diretoria está certa em não renovar com o Jonathan.

5- Muito obrigado, Rogério 050Micale! Quebrou o galho do Fluminense e não levou o Gustavo Scarpa para a Olimpíada. Seria titular do meio de campo com MUITA facilidade. Mais uma vez: Obrigado!

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

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