Cícero entra na justiça contra o Fluminense para cobrar valor milionário. Entenda o caso




De acordo com o jornalista Hector Werlang, do portal GloboEsporte.com, o meia Cícero, que deixou o Fluminense em 2017, entre vendas, empréstimos e rescisões que o clube realizou, decidiu entrar na Justiça para cobrar R$ 7,6 milhões. Impetrada em 16 de agosto, a reclamatória foi a última etapa de cobrança da inadimplência tricolor. Antes da ação, que corre na 49ª Vara da Justiça do Trabalho do Rio, o jogador notificou o Flu duas vezes sobre o atraso nos pagamentos da rescisão contratual. Entenda o caso:

  • Fluminense e Cícero acertaram a rescisão em 11 de janeiro.
  • Pelo acordo, o Tricolor pagaria R$ 7.960.000,00 em 50 parcelas mensais.
  • Os valores variavam a cada 30 dias, começaram em 25 de janeiro e terminariam em 25 de fevereiro de 2021.
  • As duas primeiras parcelas foram quitadas em dia. Houve atraso na terceira (60 dias) e na quarta (67 dias).
  • A partir da quinta, os pagamentos pararam. O que gerou duas notificações do volante ao clube.
  • O Fluminense deve 46 parcelas a Cícero.

O valor total cobrado foi assim dividido: R$ 7.406.655,52 em verbas rescisórias e R$ 225 mil de multa. De acordo com o processo, o Fluminense firmou o último contrato com Cícero em 5 de junho de 2014, ainda na gestão Peter Siemsen, com término em 31 de dezembro de 2018. Ele quem balizou o acordo que gerou o processo.

O Fluminense entendeu que houve, afinal, o parcelamento da rescisão era menor do que o salário do volante. Ou seja: alongou o prazo do que tinha concordado em remunerá-lo. O valor da maior parcela, por exemplo, é R$ 324 mil.

Há uma audiência entre as partes marcada para o dia 9 de novembro. Caso o Fluminense seja condenado, porém, há um risco: ter de pagar o devido em uma única vez. O Ato Trabalhista, acordo que consome R$ 1,2 milhão por mês, para quitar dívidas antigas, evitando penhoras, ao menos por ora, não tem chance de ser suspenso.

Em 4 de janeiro, o presidente Pedro Abad, ao justificar a rescisão, alegou “mudança de perfil para o futebol” e disse que a decisão era “interessante ao clube e ao atleta” – a avaliação da relação de Cícero com o grupo pesou na decisão. Pouco tempo depois, ele acertou com o São Paulo, sendo afastado em 8 de agosto. O clube carioca preferiu não comentar a reclamatória do seu ex-jogador.

O portal GloboEsporte.com também procurou Cícero por meio da assessoria de imprensa, do empresário Eduardo Uram e do escritório Ambiel, Manssur e Belfiore Advogados, que o representa na ação. Todos preferiram não dar entrevista.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: GloboEsporte.com / Foto: Divulgação

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