Investimento milionário questionável, passagens relâmpago e baixa qualidade técnica: as frustrantes contratações na “Era Abad”




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Contratação de Robinho foi a mais cara na “Era Abad”

Não é segredo para mais ninguém a situação caótica que o Fluminense vive em todos os sentidos. Além do drama financeiro, a política do clube está em ebulição. No próximo dia 20, o Conselho Deliberativo votará o pedido de impeachment do presidente Pedro Abad. No entanto, há quem garanta que não haverá o quorum necessário para iniciar a votação. Portanto, tudo indica que o mandatário tricolor seguirá mais um ano à frente do comando do Fluminense.

Deixando de lado a questão extracampo, a situação do futebol preocupa bastante. Ainda sem comissão técnica definida, o planejamento para 2019 já está muito prejudicado. Ou seja, o Fluminense largará atrás dos seus adversários. E o pior: com sério risco de debandada de jogadores. Até o final do mês, treze jogadores terão os seus respectivos contratos encerrados.

Histórico de contratações na “Era Abad” não é nada animador

Correndo o risco de sofrer uma debandada no final do ano, o Fluminense ainda tem outro fator que joga contra: o péssimo histórico de contratações da gestão de futebol na “Era Abad”. Entre 2017 e 2018, o clube contratou 22 jogadores, mas poucos conseguiram acrescentar uma qualidade aceitável à equipe.

Os únicos jogadores comprados pela atual gestão foram o volante Richard e o atacante Robinho. O primeiro foi vendido recentemente para o Corinthians pelo valor de R$ 4 milhões. Já o segundo, teve 55% dos seus respectivos direitos econômicos comprados por inacreditáveis R$ 7,5 milhões. No entanto, Robinho não engrenou com a camisa tricolor e terminou a atual temporada na reserva do rebaixado América-MG. A princípio, o jogador retornará ao Fluminense no início de 2019. Ou seja, dificilmente o clube conseguirá recuperar o montante investido na contratação do atacante.

Curiosidades dos dois anos de gestão de futebol na “Era Abad”

– Nenhum meia de criação foi contratado;

– Gastou incríveis R$ 7,5 milhões para adquirir 55% dos direitos econômicos do atacante Robinho;

– Contratados entre o final de abril e início de maio deste ano, os zagueiros Nathan Ribeiro e Luan Peres não ficaram nem três meses no Fluminense;

– Contratou apenas cinco jogadores de clubes da Série A: Lucas, Léo, Digão, Kayke e Júnior Dutra;

– No período pós-Copa, cinco atacantes foram contratados: Júnior Dutra, Everaldo, Kayke, Luciano e Bryan Cabezas;

– Mesmo com tantos atacantes contratados no pós-Copa, o Fluminense registrou o maior jejum de gols dos seus 116 anos: 803 minutos, ou seja, quase 13h30;

– Contratou nove jogadores de clubes que estão ou não em divisões inferiores do futebol brasileiro.

Lista de contratações realizadas na “Era Abad”

Goleiros

Guillermo De Amores (Boston River-URU)

Rodolfo (Oeste-SP)

Laterais-direito

Lucas (Palmeiras)

Gilberto (Fiorentina-ITA)

Léo (Flamengo)

Lateral-esquerdo

Marlon (Criciúma)

Zagueiros

Nathan Ribeiro (Al Rayyan-CAT)

Luan Peres (Ponte Preta)

Digão (Cruzeiro)

Paulo Ricardo (Sion-SUI)

Volantes

Richard (Atibaia-SP)

Airton (sem clube)

Dodi (Criciúma)

Jadson (Udinese-ITA)

Meias

Nenhum

Atacantes

Romarinho (Globo-RN)

Robinho (Atibaia-SP)

Luciano (Leganés-ESP)

Bryan Cabezas (Atalanta-ITA)

Júnior Dutra (Corinthians)

Everaldo (São Bento-SP)

João Carlos (Cabofriense-RJ)

Kaike (Bahia)

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Por Explosão Tricolor

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