Estratégia vitoriosa no Fla-Flu, formação com três volantes e um meia, jogo contra o Santos e muito mais: leia a entrevista coletiva de Marcão




Marcão (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Marcão concedeu entrevista coletiva no Maracanã

Após a vitória do Fluminense por 3 a 1 sobre o Flamengo, na noite deste sábado (23), o técnico Marcão concedeu entrevista coletiva no Maracanã. O treinador tricolor falou sobre a estratégia vitoriosa utilizada por sua equipe, formação com três volantes e um meia no segundo tempo, atuação de John Kennedy, jogo contra o Santos e muito mais. Leia a íntegra abaixo:

Estratégia vitoriosa no Fla-Flu

“A gente acompanha muito o Flamengo. Para ganhar desse time tem que trabalhar muito e ser muito intenso, tanto na parte ofensiva quando defensiva. Óbvio que queríamos, em um primeiro momento, marcar na intermediária deles. Em algum momento eles vão empurrando o adversário. Conseguimos tirar a pressão e a primeira bola deles. Sabíamos que em algum momento em que saíssemos da primeira pressão deles iríamos chegar no gol adversário. Os meninos entenderam isso. Parabéns à nossa preparação física, à nossa fisiologia. Sabíamos que tínhamos de fazer isso tudo para enfrentar essa equipe. E hoje aconteceu tudo o que planejamos.”

Desempenho do Fluminense

“Hoje sabíamos que para colocar a equipe do Flamengo na dificuldade precisaríamos de uma defesa alta. Tentamos algumas jogadas para surpreende-los e fazê-los andar para trás. Trabalhamos bem essa bola com o John e com o Luiz para ter a oportunidade de a gente jogar. A semana foi muito boa, muito organizada e muito bem feita. Eles foram perfeitos taticamente dentro de tudo que organizamos. Foram premiados com uma bela atuação dentro de postura tática. A família que criamos dentro do Fluminense… Eles são especiais. Esses caras são especiais.”

Atuação de John Kennedy

“É um jogador muito especial. Sabíamos que, em algum momento, iríamos utilizá-lo. Ele teve um processo um pouquinho atrasado por conta da Covid, mas é um jogador excepcional. Ele teve que pegar ritmo de jogo, pediu para jogar no sub-20, e isso acelerou o processo de retorno. Fez bons jogos lá – essa integração com Xerém é muito importante. Desde o momento em que ele se preparou, sabíamos que, quando precisássemos, iríamos utilizá-lo. É um jogador incrível, sabe se movimentar muito bem, achar os espaços, é goleador. Tem muita força e personalidade. Ele ainda vai nos dar muita alegria.

É um menino totalmente na dele, mas se agiganta quando está em campo. Não tem medo de ninguém. Ele nos dá essa segurança de poder contar com ele e que ele vai brigar com qualquer um. No extracampo é pacato. A gente olha no olho, e ele tem personalidade muito forte. Vai continuar nos ajudando.”

Apoio da torcida tricolor

“No início da semana a gente falou o quão especial é jogar com o nosso torcedor e vencer com o nosso torcedor. O nosso torcedor entendeu e apoiou o tempo todo, passou energia o tempo todo para os nossos jogadores. Eles sentiram que eles estavam juntos em cada bola dividida. Nossa torcida jogou junto, vai continuar jogando junto pela partida que esses meninos fizeram. Foram leves e arrojados. Conseguiram uma vitória que vai ficar marcada na história desse grande clássico. Eles depois foram lá retribuir todo esse carinho e respeito da melhor maneira possível. Hoje o nosso torcedor nos apoiou por 98 minutos ou um pouquinho mais.”

Opções para a posição de volante

“Na verdade a gente entendeu que estava jogando com três volantes, em algum momento jogou mais com André posicional, Yago e Nonato. Acho que a função do André é mais parecida com a do Martinelli. Hoje a gente entendeu que precisava mais de dois posicionais. Colocamos André e depois o Martinelli, que lê muito bem o jogo. Era um jogo para ele e não para o Nonato. Optamos por marcação forte por dentro, onde o Flamengo faz muita movimentação. Resolvemos preencher o meio-campo para anular essa movimentação do Flamengo. Acredito que Martinelli funcionou com André e Yago. E posicionou um pouquinho mais os volantes. Mas temos cinco volantes de qualidade. Hoje entendemos que era o Martinelli, amanhã pode ser o Nonato, pode ser o Martinelli.”

Formação com três volantes e um meia no segundo tempo

“Acho que vai de acordo com o jogo. Tudo que a gente planejou hoje acho que foi bem feito. Em algum momento que pediu que fortalecesse o nosso meio, e o Flamengo passou a forçar, e a gente fortaleceu por dentro com os volantes. Deixamos o Arias mais solto, um pouco mais aberto para puxar os contra-ataques. A gente entendeu que precisaria ficar com a bola. Não que seja engessada essa questão. Se a gente precisar fazer losango ou quadrado, faremos, mas esse jogo foi especial. Em algum momento pensamos em fazer uma força por dentro.”

Jogo contra o Santos

“Amanhã vamos parar para ver o jogo do adversário. Lógico que temos um ponto de partida do que a nossa equipe vem construindo. Vamos analisar depois que vermos o adversário. É curtir hoje, curtir amanhã, para na segunda-feira já pensar na grande equipe que é o Santos. Nosso torcedor foi maravilhoso. Saiu de casa, pagou ingresso, gritou com os nossos meninos até o final e foi premiado com o resultado.”

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Por Explosão Tricolor

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