Nos últimos 8 anos Flu perdeu muitas disputas de pênaltis. Vejam as estatísticas. Treinar bastante é obrigação!




Amigos Tricolores!

Bola na cal!

Vamos falar de um fundamento que definitivamente o Fluminense não tem explorado bem.

Quem já não ouviu um tricolor dizer, na hora de uma disputa de pênaltis: “Ah, não quero nem ver. Já perdemos!”

E não é sem razão. Nos últimos oito anos (2008 pra cá) foram oito disputas da marca da cal, e sabem quantas o Fluminense ganhou?

DUAS!

Sim, somente DUAS! Duas em OITO!

E 25% de vitórias é muito pouco! É muito menos que o aleatório, que seria um aproveitamento de 50%! Se as decisões fossem no cara ou coroa, ou no par ou ímpar, certamente teríamos sorte melhor.

Resumo das disputas de 2008 para cá:

Flu 5 x 4 Vasco – 2008 – Semifinal da Taça Rio

Flu 1 x 3 LDU – 2008 – Final da Libertadores

Flu 5 x 6 Vasco – 2010 – Semifinal da Taça GB

Flu 2 x 4 Boavista – 2011 – Semifinal da Taça GB

Flu 4 x 5 Fla – 2011 – Semifinal da Taça Rio

Flu 4 x 3 Botafogo – 2012 – Semifinal da Taça GB

Flu 8 x 9 Botafogo – 2015 – Semifinal do Estadual

Flu 1 x 4 Palmeiras – 2015 – Semifinal da Copa do Brasil

Total: Flu 30 x 38 Adversários

Flu cobrou 45, converteu 30, perdeu 15 – 66,66% de acertos

Adversários cobraram 46, converteram 38, perderam 8 – 82,61% de acertos

Nossos 15 perdidos:

Goleiro defendeu 11 – Conca (2), Thiago Neves, Washington, Rodriguinho, Araújo, Tartá, Jean, Kenedy, Gerson e Gustavo Scarpa

Travessão: 1 – Alan

Para fora, por cima do travessão: 3 – Souza, Cavalieri e Gum

Os 8 perdidos pelos adversários:

Nosso goleiro defendeu 7 – Cavalieri (4), Ricardo Berna (2) e Fernando Henrique (1)

Trave: 1

Em oito séries, nenhum adversário nosso chutou para fora!

DERROTAS:

3 eliminações em semifinais de turnos de Estaduais (2 Taças GB e 1 Taça Rio)

1 eliminação em semifinal de Estadual (em 2015)

1 perda de título de Libertadores, e a consequente eliminação de uma participação no Mundial! (em 2008)

1 eliminação em semifinal de Copa do Brasil (em 2015)

Quanto dinheiro perdido, rendas, cotas, prêmios, exposição da marca, conquistas, títulos, prestígio, alegrias, festas…

VITÓRIAS:

1 classificação para final de turno (Taça Rio 2008, depois perdida para o Botafogo)

1 classificação para final de turno (taça GB 2012). Aqui, por sinal, a única grande conquista das oito que valeu um título depois! A final da Taça GB foi contra o Vasco, vitória sensacional por 3 x 1, e na final do Campeonato o Flu bateu o Botafogo por 5 x 1 no placar agregado.

Conclusão: Necessidade urgente de treinamentos diários, nem que seja por rodízio, acompanhamentos dos principais batedores de todos os times, scouts, estatísticas, preparo específico para goleiros, análises gráficas de vídeos e imagens, com ajuda de computador, enfim, tudo, inclusive uso da tecnologia em cada detalhe…

Muito treinamento, até para a comissão técnica ter parâmetros para escolher a melhor lista de cobradores, conhecendo todo o elenco. E para os que defendem que não adianta treinar muito, pois o que vale é o momento psicológico na hora das cobranças, asseguro: se você está bem preparado para uma tarefa, seu psicológico só vai ajudá-lo na hora de executá-la!

E todos devem treinar cobranças, inclusive os goleiros, não é mesmo, Cavalieri? Ninguém imaginava, mas foi na 11ª cobrança, de goleiro para goleiro, que o Flu dançou na semifinal do Carioca do ano passado, com um ridículo chute para a lua de nosso arqueiro.

Um bom goleiro pegador de pênaltis também é fundamental. Lembro que Fernando Henrique, por exemplo, raramente pegava um pênalti, acho que conta nos dedos de uma das mãos os pênaltis que defendeu pelo Fluminense. Ricardo Berna não era muito diferente. Diego Cavalieri tem se mostrado um goleiro muito mais eficiente no fundamento, apesar das duas disputas perdidas em 2015. Mas nos próprios pênaltis de jogo ele tem razoável desempenho.

Num futebol moderno, onde fortunas são investidas, contratos milionários, vagas em campeonatos importantíssimos é simplesmente inadmissível um descaso em relação a um fundamento tão decisivo, que, repito, em média uma vez a cada ano pode decidir um título, uma vaga numa final, uma vaga numa Libertadores, ou até num Mundial, como perdemos na final da Libertadores.

As disputas dos tiros livres diretos da marca do pênalti, como preferem os puristas, que consideram que a palavra pênalti designa a infração, que não ocorre no caso, são cada vez mais frequentes e previstas em todos os campeonatos atuais, menos o Brasileirão, por ser de pontos corridos.

Este ano a disputa nos espera ali, no Estadual, no Sul-Minas-Rio e na Copa do Brasil, pode ser numa passagem de fase, pode ser na briga por um título, pronta para nos assombrar de novo. Está prevista ali, nos artigos e parágrafos dos intrincados regulamentos, prontinha para pegar os incautos.

E como combater isso? Treinamento, muito treinamento, até para a comissão técnica ter parâmetros para escolher a melhor lista de cobradores, conhecendo todo o elenco. Acompanhamentos de cobradores de outras equipes, trabalhos específicos com os goleiros, enfim, uso da tecnologia em cada detalhe.

Montar um time caro e não prepará-lo adequadamente é jogar dinheiro fora!

Bom lembrar que pênaltis já deram o TETRA MUNDIAL ao Brasil, e já decidiram duas Copas do Mundo!

Pênalti não é loteria! Aliás, no caso do Fluminense, antes fosse! Pois uma loteria respeita probabilidades, e aí teríamos provavelmente ganhado quatro em oito.

Porque simplesmente não é possível perder seis em oito disputas, em oito anos! Perdendo uma Libertadores e 7 vagas em finais. Perder para o Boavista!

Com todo respeito ao Boavista, mas o goleiro do Fluminense é muito melhor, os cobradores certamente são muito mais técnicos, o trabalho de acompanhamento de adversários e o treinamento têm que ser muito mais profissionais no Fluminense do que no Boavista! Agora, se deixarem para “ver como fica na hora”, bem, aí, eu diria que o Boavista é até favorito, pois entra sem pressão.

Em 2015

Especificamente 2015 foi uma catástrofe na disputa de pênaltis para o Fluminense, nos profissionais e no sub-20.

O Flu foi eliminado da final do Estadual numa disputa das mais cardíacas, onde todo o time cobrou e o Flu acabou eliminado na sua 11ª cobrança, do goleiro Cavalieri, que mostrou total falta de habilidade e treinamento. Se o atleta não está acostumado a bater pênalti, a primeira dica seria bater rasteiro. Podem reparar, goleiros e zagueiros, quando perdem, não raro é isolando por cima do travessão.

Aquela disputa do Estadual só veio para mostrar que o certo é TODOS DO ELENCO TREINAREM COM FREQUÊNCIA, repito, até para o treinador e comissão técnica poderem saber os melhores, na importante elaboração da lista na hora da decisão.

Pois bem, no segundo semestre, nova e traumática eliminação, ficando fora da final da Copa do Brasil no momento em que o Santos estava em queda, e portanto o título era iminente, como o Palmeiras conquistou. E foi pífia a participação naquela disputa de pênaltis, com 4 x 1 para os adversários! E ainda tivemos que ouvir o treinador dizer que não treinou pênaltis nem na véspera do jogo. Lamentável, Eduardo Baptista! Nem conhecia o potencial dos cobradores!

A turma de Xerém, que é orgulho de todos nós, conseguiu duas eliminações em 2015! Saiu na 2ª fase da Copa do Brasil sub-20 contra o Figueirense, nas Laranjeiras, perdendo por vergonhosos 3 x 0 nos pênaltis, e a eliminação da Copa Ipiranga do Rio Grande do Sul, com os principais times do Brasil, perdendo nos pênaltis para o Atlético-MG, por 4 x 3, nas quartas de finais.

Pênalti na base

Os campeonatos estaduais do Rio de Janeiro, nas decisões abaixo dos juniores, ou seja, sub-17 inclusive, preveem disputa de um ponto extra em caso de empate de todas as partidas no tempo normal. Assim, todos os jogos empatados nos turnos têm disputa de pênaltis, uma medida importante para acostumar a garotada às cobranças.

Pelo que acompanho dos resultados de Xerém até que o Flu tem um razoável desempenho nessas disputas. Em 2015 tive a oportunidade, inclusive, de acompanhar a disputa da semifinal da Taça Rio de sub-15, contra o Botafogo, nas Laranjeiras, e gostei muito da eficiência da molecada, batendo com técnica diversas vezes, inclusive colocando algumas bolas no ângulo superior. O Flu classificou-se com uma vitória por 7 x 6, perdendo apenas uma cobrança.

Vamos, Fluminense, treinar pênalti não custa nada! E pode valer títulos! Vamos melhorar esse rendimento, pois oito decisões em oito anos é uma média muito alta para ser dada tão pouca importância, e “deixar ver o que acontece” na hora da disputa.

O futebol envolve muito dinheiro para ser encarado com descaso. No final do ano escrevi sobre a incrível marca negativa atingida pelo time: 15 meses sem fazer um gol de falta, em cobrança direta. Agora enfoquei as disputas de pênaltis.

Bola na cal e muito treinamento! Temos como batedor oficial o Fred, que até tem um aproveitamento muito bom. Mas ele é um só na disputa, e em 2015 nem participou das duas disputas (suspenso, não estava em campo contra o Botafogo, e contra o Palmeiras nem chegou a bater, pois seria o último e o time perdeu antes).

Todos treinando, do goleiro ao último reserva!

Vou cobrar classificação e títulos nos pênaltis! Diretoria, Eduardo Baptista: BOLA NA CAL! O Flu não pode mais bobear com isso.

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE  /  Explosão Tricolor

penaltis
Pênaltis: treinamento constante é fundamental!