Vitória sobre o Fortaleza, sequência invicta do Fluminense, manutenção da escalação em meio à maratona de jogos e muito mais: leia a entrevista coletiva de Fernando Diniz




Fernando Diniz (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.)



Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva na Arena Castelão

O técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva após a vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Fortaleza, na noite desta quinta-feira (28), na Arena Castelão, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil. Confira abaixo todas as respostas do treinador tricolor:

Vitória sobre o Fortaleza 

“A gente teve um primeiro tempo muito bom, um controle excelente do jogo, criamos as melhores oportunidades e não cedemos quase chances. No segundo tempo, diminuímos a intensidade, o Fortaleza aumentou o ritmo, cresceu no jogo e teve momentos de superioridade, em que poderiam ter marcado.”

Redução do ritmo no segundo tempo

“A gente podia ter voltado mais aceso no começo do segundo tempo, depois que a gente acabasse cedendo espaço no decorrer do jogo, seja uma coisa mais natural. O Fortaleza acabou se lançando mais, arriscou mais, era o momento em que talvez tivéssemos que ter ficado mais com uma intensidade mais alta, com mais consistência para talvez sair desse risco que o Fortaleza estava oferecendo, encaixar uma boa saída e fazer o segundo gol, mas é difícil, o Fortaleza é uma grande equipe que conseguiu imprimir um ritmo e conseguiu ter sucesso, sucesso relativo no segundo tempo.

Não saberia te explicar por que exatamente o jogo mudou um pouco no segundo tempo e a gente teve menos controle. A parte física entra nessa questão, mas não foi só ela que determinou, porque nos 10 primeiros minutos a gente a gente já não estava igual ao que terminou no primeiro tempo. É uma coisa que a gente pode melhorar, a gente vai crescendo, corrigindo, e eu acho que a gente podia ter voltado com uma intensidade maior no segundo tempo.”

Sequência invicta do Fluminense

“Não fico preso à sequência, ela já está no passado. Não faz mais parte da história que a gente precisa escrever. A gente precisa continuar escrevendo história, a gente precisa se dedicar cada vez mais a melhorar a equipe, os adversários nos estudam, e nós os estudamos também. Temos o maior respeito pelos nossos adversários no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. A gente preparou tudo que precisava para enfrentar o Fortaleza, assim como foi contra o Red Bull. Não tem comodismo, a gente não pode se acomodar no campeonato, que é extremamente difícil, as partidas são desgastantes e as equipes são muito fortes.”

Manutenção da escalação em meio à maratona de jogos

“Costumeiramente, a minha lógica não vai só pelo dado fisiológico, pelos dados de futebol, ela depende muito de como os jogadores se percebem durante os jogos, quando começa a ter jogo sequencial. Tem jogador que você joga uma temporada inteira dobrando o jogo, até tendo uma idade maior, e o cara joga e aguenta. O jogador que diz muito. Dados fisiológicos é uma coisa, calendário é outra coisa, mas o preponderante é como a coletividade responde a isso, e a individualidade.

Para mim, não tem uma receita. Eu repito times e, pontualmente, quando acho que tem que trocar, a gente troca, mas não tem uma receita, uma lógica já pré-estabelecida de poupar ou não. Se a gente achar que precisa poupar, vai poupar. Se achar que precisa poupar o time todo, vai poupar. É uma possibilidade, mas para mim nunca vai ser uma receita, depende muito do que vamos perceber dos jogadores, da individualidade e também da coletividade durante o processo todo.”

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Ajudou estar em só duas competições?

“Isso é uma coisa muito difícil de você falar, geralmente quando você tem um elenco com número menor de jogadores, facilita. Para quem gosta de dar treino, é sempre bom ter semanas abertas para melhorar a equipe, porque quando a gente tem jogo cortado, no meio da semana e no final, como vai ser nessa, eu sempre procuro trabalhar muito vídeo, muito mesmo, o jogador sabe que a gente precisa trabalhar para corrigir coisas.

O vídeo a gente trabalha sempre, com semana cheia ou não, e eu arrumo um tempo para levar para campo fatores técnicos e táticos que eu acho interessantes, mas não é o ideal, o ideal é ter um número menor de jogos, ter essa sequência de jogos é muito desgastante, às vezes as logísticas são extremamente desfavoráveis, porque as distâncias no Brasil são muito grandes.

Hoje, por exemplo, vir para Fortaleza, a gente saiu do Rio de Janeiro ontem, tivemos que pegar o voo das 17h30, quase 22h estávamos jantando, o que não é o ideal. No segundo tempo, a gente teve um decréscimo físico muito natural. E o Fortaleza também faz isso com frequência, sai daqui, vai para São Paulo. Às vezes o que facilita é quando consegue ficar lá, mas o jogador tem um desgaste mental, fica longe da família, às vezes fica na mesma localidade para jogar, isso em termos físicos e fisiológicos ajuda um pouco. Mas quem joga três competições, se tiver um elenco mais enxuto, acaba sofrendo mais, com certeza.”

Fluminense tem o melhor futebol do Brasil?

“Tem um monte de gente que joga bem de diferentes maneiras, concordo que a gente está cada vez mais sólido, sabendo jogar os jogos, time que se doa muito. A gente mereceu ganhar o jogo hoje, porque o Fortaleza cresceu no jogo, mas não teve chance clara quase para marcar. A gente teve gol anulado no primeiro tempo, como eles tiveram no segundo, mas a gente soube se defender muito bem quando precisou se defender.

O Fortaleza é muito bem treinado, é uma equipe que eu gosto em todos os aspectos, do elenco bem montado, do seu treinador, que é excelente, no ano passado fez um trabalho que deu muito resultado, e o trabalho continua o mesmo, não está pior, o Fortaleza tinha muitas competições para disputar, a logística é complicada. No Brasileiro, está na situação que está porque não se explica muito, teve muitos jogos que o Fortaleza era para vencer e não venceu.

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É muito bem administrado pelo Marcelo, então é uma equipe que eu gosto em vários aspectos, queria declarar isso, porque de fato é o que eu penso do Fortaleza. A gente teve o maior respeito pelo Fortaleza, porque é muito difícil jogar aqui, o time é muito bem treinado, tem excelentes jogadores, a gente fez 1 a 0 aqui, mas lá na volta eles contam com todo o nosso espírito, a gente vai fazer o melhor para que a gente possa fazer uma grande partida no retorno.”

Equilíbrio entre as equipes

“Se você pegar esse elenco do Fortaleza, (tem) Thiago Galhardo, Lucas Lima, agora Otero, (Juninho) Capixaba, são jogadores que estavam nos maiores clubes do país, alguns jogadores de seleção. No América-MG tem jogadores assim, no Atlético-GO, então não tem jogo fácil, está tudo muito equilibrado. É só você ver como acontece quando um time que está lá embaixo pega um time lá em cima, são jogos duros, difíceis, aqui no Brasil é dessa forma que acontece. A gente precisa procurar trabalhar, não ficar preso àquilo que já fez, mas, sim, ao que precisa fazer para avançar nas competições.”

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Por Explosão Tricolor

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