Vitória sobre o Athletico-PR, substituições, sequência de Felipe Melo no time titular e muito mais: leia a entrevista coletiva de Fernando Diniz

Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva no Maracanã

O técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva após a vitória do Fluminense por 2 a 0 sobre o Athletico-PR, na tarde deste sábado, no Maracanã, pela 2ª rodada do Brasileirão. Confira abaixo todas as respostas do treinador tricolor:

Vitória sobre o Athletico-PR

“O momento é excelente. Tudo tem uma naturalidade. Os jogadores se dedicam cada vez mais e entendem que cada jogo tem que ser tratado como uma grande final. É difícil ter esse tipo de consciência. Tem uma coisa que temos que evitar ao máximo que é o relaxamento. Saber aprender quando perde e também quando ganha. Não acho que o time fez uma partida perfeita, longe disso. Nem no 7 a 0 nem na final contra o Flamengo. Temos coisas a melhorar. No segundo tempo demoramos a ler o jogo, e eles (Athletico) cresceram no jogo. Mas de maneira geral fizemos uma partida muito boa, com muito mérito. Em que pese o árbitro ter tentado arrumar um pênalti que não aconteceu.”

Sequência de Felipe Melo no time titular

“O Felipe Melo é tão bom que com 40 anos conseguiu jogar uma final com um x nas costas e fez uma partida impecável. A gente tem um ganho técnico. Óbvio que o Felipe não é o mesmo de 10 anos, mas é muito técnico, acima da média. Poucos conseguem passes de 60 metros no mundo. Ano passado ele teve dores fortíssimas, mas ele ama futebol e queria terminar de outro jeito a carreira. Infelizmente, a gente precisa ganhar e o Felipe jogar bem para a gente fazer isso. Espero que ele consiga, é um grande personagem do futebol.

Sobre a sequência. O Felipe Melo tem quase 40 anos, a gente joga de uma maneira que o zagueiro é exigido para construir, acaba correndo um pouco para frente ou para trás, ele está se adaptando. O mesmo vale para o Marcelo. A última vez, foi em 2019. O que o Marcelo fez em três partidas foi maravilhoso. A gente tem que saber a leitura. Pode ser que daqui a pouco o Felipe consiga jogar 100 minutos.”

Solidez defensiva do Fluminense 

“Sobre não tomar gol, o sistema defensivo são com todos os jogadores, claramente. Quando toma gol, a culpa é de muita gente que não sai na foto. O time está muito comprometido. É muito por conta do que o Ganso ou o Cano entregam na marcação. O time está comprometido.”

Substituições

“Eu troquei porque era o mais importante. Tinha jogado 75, achei que estava adequado. Não estou testando. Não era o jogo. A gente fez pelo respeito que a gente tem pelo adversário. Eles colocaram jogadores mais frescos. A gente colocou o Vitor que é rápido e Thiago Santos para proteger. A gente fez para o Fluminense ficar mais forte.”

Bom momento vivido pelo meia Paulo Henrique Ganso 

“O Ganso nunca fez corrida para trás. Até quando começou lá no Santos quando era destaque. A gente tem chavões que alguns jogadores acreditam e acabam prejudicando a carreira, que craque não corre, camisa 10. Mesmo os caras que estão em alto nível, como Messi, Mbappe, Ronaldo. Os caras quando deixam de correr prejudicam o time.

O Ganso de hoje talvez seja o melhor da carreira, se perguntar para mim. Genialidade não envelhece, e só fica mais aparente quando é solidário. Ele é solidário o tempo todo, com as pessoas simples do clube, com as pessoas mais jovens. Ele beneficia o todo e acaba se beneficiando. O Ganso é uma exemplo para gente e o sistema defensivo se beneficia muito, como com o Cano, Arias e Keno ajudam e são ajudados pelo sistema. A bola não deixa de passar por eles e para passar por eles, todos tem que ajudar. Em contrapartida, eles correm para ajudar a área defensiva. É uma troca justa.”

Críticas de parte da torcida ao volante Thiago Santos

“As pessoas têm uma necessidade grande de arrumar culpado. Tentaram desde o ano passado e começo desse ano encerrar a carreira do Felipe Melo, muita crítica, injustas. Como tentam fazer com Thiago Santos. Só um cara que não entende de futebol acha que ele entrou mal hoje. O Arias pode errar, o Ganso e Cano também. Mas o Thiago se errar uma vez, é ruim.”

Como manter o vigor e não cair de rendimento?

“O que aconteceu ano passado? Caiu? Ano passado o time fez seis, sete vitórias seguidas. Caiu? Dado momento não foi no final. Pergunta mais ou menos ruim. A gente perdeu três jogos no meio. No final, fez 7 jogos, fez 18 gols, tomou três. Terminou de forma absurdamente boa. Terminou como está neste momento. Melhor momento do Fluminense foi o final da temporada. A gente parte do pressuposto que é tudo mais ou menos igual. A gente tem que poupar. Os resultados vêm e não vêm não é por conta de análise fácil. Ano passado se o Fluminense teve três derrotas, ele foi o mesmo nos últimos sete e teve uma arrancada ótima.

Acho que venceu todos os jogos, se não me engano empatou com o Botafogo, teve uma arrancada ótima para ficar em terceiro. Se não ganha, alguém ia falar que o time não poupou. Tudo que não é norma, se der errado, a gente tem mania de fazer crítica, às vezes, ofensiva.”

Possibilidade de poupar jogadores contra o Paysandu

“Não sei se a gente vai poupar, a gente vai fazer o melhor para o Fluminense. A gente tem um jogador saindo do DM, que é o Martinelli. A gente tem uma rotina, a gente não roda muito, mas se achar necessário, a gente vai rodar, porque temos elenco. Vamos botar os melhores possíveis para vencer jogos. Vamos respeitar o Paysandu. Os times tem condições de ganhar, a chance de a gente ganhar é trabalhar e se esforçar muito. Se não a gente não tem chance.”

Por Explosão Tricolor

E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com