Individual em prol do coletivo




Acordo terça-feira, abro o Twitter e vejo #Fred7Anos nos Trending Topics. Demorei a me dar conta que se passaram sete anos da estreia do Fred no Fluminense. Me parecem vinte. Tirando o vice da Libertadores, em 2008, os principais momentos que vivi como torcedor tricolor foram com o Fred na equipe.

Nos anos de 2011 e 2012, onde o capitão esteve no seu melhor momento no Fluminense, o via mais extrovertido. Sei que o Fred casou recentemente, mas não custa nada pegar uns moleques pra dançar alguma coisa. Isso motiva o grupo a ver as dancinhas no jogo. Isso deixa o grupo mais feliz, mais unido. E traz leveza ao ambiente.

Até porque tudo que se prometia no clube com a chegada de Levir Culpi está acontecendo. Uma semana e ele já colocou dois times diferentes pra jogar, já substituiu cacique por opção técnica e treinou o pessoal na segunda-feira após um clássico no domingo. Medidas impopulares que provocarão aquele “beicinho” de alguns. Foi corajoso.

Será muito difícil para o Levir implantar sua filosofia de trabalho no clube. Todos sabemos que o elenco do Fluminense é um grupo de amigos. Nesse grupo de amigos, tem um cara que respeita muito o clube. E pode ser determinante para a construção de um Novo Fluminense: Gum.

Gum não é um primor técnico. Nunca foi unanimidade nas Laranjeiras. Acho que não virará titular. Mas sua força de vontade e seu profissionalismo são exemplares. Depois de ser achincalhado por nós tricolores, ele poderia dizer que estava aborrecido com o tratamento que recebeu, por exemplo. Mas Gum diz:

Nunca tive medo de ir a luta. Estou aqui para ajudar, sempre trabalhando com alegria. O Fluminense vencendo eu vou ficar feliz”.

Esse é o exemplo que Levir busca. Sacrifício individual em prol do coletivo. Em todos os seus trabalhos Levir buscava sempre a compactação e a velocidade na transição ofensiva. Só se faz isso se você tiver um grupo muito bem fisicamente. O grupo tem que abraçar a ideia e se dedicar aos treinamentos. O Botafogo nos engoliu fisicamente.

Além disso, o jogo contra o Botafogo mostrou jogadores sem condições de executarem as funções em que são escalados. Cicero não agride como volante, Diego Souza não consegue ser o meia de criação (muito por conta de seu estado físico robusto) e Osvaldo não consegue ser atacante. Osvaldo ainda não conseguiu ser nada no Fluminense.

O quadro seria muito preocupante se não tivéssemos boas opções no elenco. Ao contrário de alguns, acho esse elenco muito bom. Só que subestimamos algumas peças como Gerson, Amorim, Eduardo e Marlon Freitas, só para ficar no meio de campo.

Se cumprir com o prometido e escalar no time quem produzir mais para o time, nós teremos uma escalação que ninguém chutaria em janeiro. Para o bem do coletivo.

Tabelinha:

1- Fluminense não escolhe quem a Dry World patrocinará. No máximo sugere.

2- Se a Dryworld vai patrocinar o Scarpa, é um indício de que ele não sairá do clube tão cedo.

3- Que papelão fez o Botafogo com a camisa do Jefferson. Mico injustificável.

4- Tinha torcedor tricolor reclamando que fizemos o gol por sorte. E o gol do Botafogo foi o que? Jogada ensaiada?

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

Foto: Divulgação

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