Fã de Fernando Diniz, torcedor saudita revela que apoiará Fluminense no Mundial






Hussain Abdulaziz comprou ingressos para os jogos do Fluminense no Mundial 

Hussain Abdulaziz é um “árabe raro”, como gosta de se autodenominar. Apaixonado pelo futebol brasileiro, o morador de Jidá, na Arábia Saudita, rompeu a barreira do idioma e aprendeu a falar português para acompanhar os times do Brasil. Com o Mundial de Clubes em casa, está perto de viver um sonho: ver um time brasileiro atuando de perto.

– Eu vou torcer para o Fluminense. Sou torcedor do Al-Ittihad. Até se o Al-Ittihad jogasse eu torceria para o Fluminense. Comprei dois ingressos para esse Mundial, só de jogos do Fluminense (…). Gosto muito do Fernando Diniz. Se Deus quiser, quando acabar esse Mundial ele vai continuar na Seleção e vai mostrar o estilo dele. Ele chegou um pouco atrasado, estava com alguns compromissos no Fluminense e estava com a cabeça dividida. Mas se Deus quiser, ele vai mostrar o estilo de verdade dele.

A história de Hussain Abdulaziz com o futebol brasileiro começou na década de 1990, quando conheceu o Palmeiras da era Parmalat. Com o passar do tempo, passou a assistir todas as competições e a tentar entender o português. Algo que só foi possível quase duas décadas depois, quando encontrou um “professor brasileiro”.

– Comecei a aprender português por causa do futebol. Comecei a gostar naquela época do Palmeiras, o time da Parmalat. Escutei muito os narradores brasileiros. Em 2013, me encontrei com um amigo carioca que me ensinou os verbos irregulares.

O amigo é Thiago Melo, preparador físico do Al-Ittihad, time da Arábia Saudita que foi eliminado nas quartas de final do Mundial de Clubes para o Al Ahly, que será rival do Fluminense.

– Eu e outros brasileiros estávamos jogando vôlei na nossa folga em um condomínio na praia. Ele apareceu e soltou algumas palavras aleatórias em português. Aí chegou para mim e perguntou se queria sair para jantar, disse que gostava muito do futebol brasileiro. Nesse dia que saímos para jantar ele me perguntou se poderia dar aula de português para ele e que ele me pagaria para isso.
– Mas falei que não, não precisava de dinheiro, mas sim conhecer o país. Eu gosto de conhecer novas culturas e fazer amizade, essa coisa do carisma brasileiro, mesmo. Com isso começamos a sair, jantar… Ele ia lá para casa, levava o videogame, é viciado no Fifa e goleava todo mundo. Depois disso a gente estudava um pouco e saía para comer.
– Fui ensinando passo a passo porque ele não fala quase nada de inglês. Então era árabe e português. Extremamente difícil. Para ensinar que existiam palavras masculinas e femininas foi uma dificuldade enorme. Mas depois a tecnologia facilitou o contato e continuamos a amizade e conversando. Depois que fui embora em 2013, ele precisava de um auxílio no português e eu mandava. Depois de 10 anos eu retornei para Jedá, estava no Al Hilal como preparador físico também. E agora tive a oportunidade de retornar e reviver essa amizade.

Enquanto aguarda a estreia do Fluminense na competição, Hussain Abdulaziz revela que está ansioso para ver dois jogadores na Joia do Rei:

– Paulo Henrique Ganso e André. Eu gosto dos outros, mas esses são os que mais gosto. Para mim, André vai ser um dos melhores do mundo. Já escrevi na minha página no Twitter, em 2021, que ele seria um dos melhores do mundo em breve. Agora tem muitos clubes querendo ele.

Com Hussain na arquibancada, Fluminense e Al Ahly se enfrentam nesta segunda-feira, às 15h (de Brasília), pela semifinal do Mundial de Clubes. Quem vencer pega o ganhador de Manchester Ciy (Inglaterra) x Urawa Reds (Japão) na decisão, sexta-feira, mesmo dia da disputa do terceiro lugar.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte 

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