Fora Mano Menezes!




Fora Mano Menezes! (por Lindinor Larangeira)

Renovar com Mano Menezes foi o grande erro de planejamento da diretoria do Fluminense em 2025. É o óbvio ululante. A permanência dele no decorrer do ano significa, se não uma temporada sofrida, como em 2024, um ano sofrível. Ou, como preferem alguns, uma temporada “água de salsicha”.

A ausência de ousadia e novas ideias do treinador proporcionaram mais uma atuação deprimente do time. Principalmente, no primeiro tempo do jogo de ontem. De parabéns a nossa torcida, que jogou junto o tempo inteiro.

Com uma estranha lógica, Mano optou por gastar um tempo, segurando o resultado de empate, quando isso significava o título para o adversário. E o placar zerado foi, além de mentiroso, um prêmio a um time que se eximiu de jogar futebol.

No segundo tempo, as substituições melhoram um pouco a produção da equipe, que conseguiu, ao menos, competir. Mas com o problema recorrente de, a partir dos 30 minutos faltar pernas. Mudou o preparador físico, mas parece que as deficiências da preparação não.

Que o Flamengo tem hoje um time e um elenco melhores, é óbvio. Porém, com a escalação de Filipe Luís, nos jogos das finais, com um time com menor poder de fogo, se tivéssemos um treinador com um pouco mais de imaginação e ousadia, seria possível conquistar o título. Bastava fazer o que qualquer torcedor percebeu: sem presença de área, o Flamengo jogaria pelos lados de campo. O que se viu nos dois jogos foram espaços generosos, verdadeiras avenidas, concedidas pelo Fluminense pelas beiradas.

A falta de compactação do time e a marcação, excessivamente, passiva também não tiraram o adversário da zona de conforto.

Outros pontos negativos, que não sabemos se serão corrigidos pelo atual treinador, são a lenta recomposição defensiva e a falta de alternativas na saída de bola. Basta qualquer adversário, seja o Flamengo ou o CSA de Maceió fazerem marcação alta para dificultar a vida do tricolor. Nem a opção da bola longa existe. Parece que o time não treina.

Sobre treinamento, quem abordou muito bem a questão foi o hoje comentarista, Felipe Melo. O ex-jogador, disse que “o Fluminense não consegue jogar com a bola no pé. Isso é treino”. Perfeito. Ontem, só acontecia algo de produtivo quando a bola caia nos pés de Arias, sempre com marcação dobrada e, às vezes, triplicada. Mesmo sendo um jogador muito acima da média, o colombiano não faz milagre. 

A constatação é uma só: o time continua sem qualquer padrão de jogo. A insistência em um 4-3-3 estéril, em que o ponta marca o lateral e não existem jogadas de triangulação pelas beiradas do campo, deixa o centroavante, seja ele Cano, ou Everaldo, que aliás, ainda não disse a que veio, com pouca ou nenhuma chance de concluir. O time também chuta pouco ao gol adversário.

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Repito pela enésima vez: o Fluminense não foi rebaixado no Brasileirão apesar de Mano. Com ele, tirando o jogo contra o Palmeiras e, talvez, a partida de ida contra o Atlético na Libertadores, o Fluminense não teve qualquer atuação, no mínimo, aceitável.

Não considero o elenco ruim, como muitos têm falado, mas com alguns desequilíbrios. Falta um reserva confiável para Fábio. Um lateral, de preferência ambidestro e dois meias criativos. Sobre centroavante, vou esperar mais um pouco para cornetar de vez o Everaldo. Porém, a contratação de Alerrandro traria uma alternativa muito mais eficaz.

Insisto: o grande problema do Fluminense na temporada não é o elenco , mas o treinador. O erro da renovação de contrato de Mano, quanto mais cedo for corrigido, pode ser a virada de chave na temporada.

Permanecer com ele significará um ano de coadjuvante, sem qualquer brilho ou conquista. Talvez o meio da tabela do Brasileirão e quedas nas quartas das Copas do Brasil e Sul Americana.

Sobre o Super Mundial, mesmo com um grupo fraco, em que nem o Borussia Dortmund assusta, talvez não se consiga passar de fase.

O maior sintoma do desalento do torcedor é que já chegamos perto dos 70 mil sócios. Antes do jogo de ontem eram pouco mais de 44 mil. Talvez, nesta semana, essa marca caia para a casa dos 30 e poucos mil.

Porém, parece que a diretoria não está nem aí. Se não houver uma atitude mais drástica, como a demissão desse profissional, que nada tem a ver com as tradições do Fluminense e a com a mística do Time de Guerreiros, será a prova de um clube à deriva.

Fora Mano!

PS: E o pavão, hein?! Virou avestruz…

PS2: O que faz Paulo Angioni no Fluminense, além de receber um polpudo salário?

PS3: Para que serve um scout que traz Paulo Baya, Vitor Hugo e Renê?